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Coleção de Frases e Pensamentos de Newton Jayme

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1.451 frases

“É mister tombar
no abismo da dor
para erguer-se
nas asas da liberdade.
Só quem morre em si mesmo
pode renascer pleno de eternidade.”

― Newton Jayme

“Aqui...
A vida é imensa!
É vasto o céu!
É abissal a criação!
É chama acesa —
ardência que não cessa,
Semente viva a rasgar o chão!

Oh, vida intensa!
Luz de alvorada em riste,
Ainda que um sopro triste,
Ou um instante em agonia,
Um soluçar de poesia...
Ou um minuto, apenas,
De sofreguidão!

Seja lágrima ou riso,
Desalento ou solidão,
Seja dor que o peito encerra,
Ou saudade que aterra —
Ainda assim...
É vida em renovação!

E quando enfim
Nos vier a Morte,
Como estação que muda o vento,
Como outono que leva a flor,
Não será fim, não será dor...
Será renascimento!

Pois a Morte, ó viajante,
É apenas outra estrada,
É o nascer do dia palpitante —
Semente eternamente lançada
Na terra santa da Criação!

É manhã de esperança,
É sol nascente
em outra dimensão...
A Morte é a vida em dança!
É sempre aurora de ressurreição!”

― Newton Jayme

“Flor com espinhos —
mesmo assim dá seu néctar
aos passarinhos.

Flor com espinhos —
dá seu néctar às abelhas
e aos passarinhos.”

― Newton Jayme

“O amor se alimenta do perto,
Do olhar que se encosta sem pressa,
Do abraço que chega meio encoberto
De um jeito que o tempo não impeça.

Se demora, é só pra dar gosto,
Se recua, é só pra te ver sorrir.
Não censura desejo no rosto:
O amor, quando é bom, não sabe cobrir.

É no toque que escapa, no beijo que fica,
Na pausa que diz o que a fala complica.
No corpo que entende, no cheiro que chama,
É ali que o amor se consuma e se derrama.

Mesmo quando inventa que esquece,
Mesmo quando finge que não sente nada,
O amor se esconde, mas logo reaparece
Num gesto banal, numa palavra calada.

É que o amor, se for ardente, não agoniza,
Por dentro, ele se prende, se guarda e eterniza.
Antes que termine o primeiro ato, já deixa saudade,
Feito samba que se apaga na noite, mas acende intensidade.”

― Newton Jayme

“A tarde temida
se vai, tão tímida,
tomando tudo —
até os versos que escrevo...

A tarde bebe
até o brilho do sol,
que se despede em dor,
maltrata o coração.
O dia se desfaz —
resta a solidão.

Ah, como a vida é breve,
como é fugaz o amor!
Na dança do crepúsculo,
ressoa um lamento — um clamor!

E a tarde bebe até o fim da luz,
e o sol, cansado, chora ao se pôr...
Nas sombras, dança a memória;
ronda o peito um antigo amor.”

― Newton Jayme

“Há pensamentos, ais de amor,
dores que moldam corações,
insônias, segredos,
planos e intenções...
que a alma solitária escreve —
são palavras, poesias, inspirações...
que só outra alma apaixonada
sabe encontrar,
ler nas entrelinhas,
decifrar, sentir...
transformar em realidade
aquilo que um dia foi silêncio.”

― Newton Jayme

“O amor é o encontro de duas loucuras,
De almas que se lançam às alturas,
De bocas sedentas por outros lábios,
De rimas que ferem além dos sábios.

O amor é sal que arde nos corpos,
Fogo que acende os poros.
Não é matar, mas incendiar desejo,
Na inocência voraz do beijo.

No guardanapo, risquei o verso,
Sem saber que era um ousado poeta.
Esqueci a timidez — revelei meu universo.

O coração desmoronou, acendeu a luz secreta,
Na curva do instante, o tempo virou reverso,
E o dia virou noite: amor numa hora imprevista.”

― Newton Jayme

“Música — discagem direta à imensidão,
Sensibilidade que desarma a solidão.
Fio de som que desperta os adormecidos,
Memória viva de amores esquecidos.

Trilha sonora de pares ousados,
Impulso dos fortes, sonhos alcançados.
Refúgio da alma, vela em meditação,
Porta entreaberta para nova visão.

Ah! Nas cordas do tempo a alma se estende,
E em cada acorde o espírito se rende;
O delírio real acontece sem permissão.

É sopro invisível — guia encontros e fontes,
E o instante, em asas, rasga horizontes —
Música é mistério, enfeitiçada voz do coração.”

― Newton Jayme

“Ah… é bom sentir tua chegada,
No passo suave da saudade calada.
A noite dança entre brisa e paixão,
E meu amor se rende à tua direção.

Entre sonho e realidade, me perdi,
Teu nome — prece que nunca esqueci.
Ah… ouvir-te é vento a me tocar,
Sussurros que fazem meu ser levitar.

Na noite de sedução e afinação,
Sou poema vivo em tua mão.”

― Newton Jayme

“Quando a tarde se despede no céu-mural,
E o infinito borda de rosa o temporal,
Vens tu, com teu sorriso de manhã,
A lembrar-me que o amor ainda é imortal.

Tuas mãos, cordas vibrando no coração;
Cada gesto, uma nota de paixão.
Se me tocas, o silêncio vira som,
E o passado se dissolve em emoção.

Ah… como é bom te ouvir chegar,
No ritmo lento da saudade a pulsar.
Ah… nesta noite de brisa e paixão,
Meu amor se lança em tua direção.

Já nem sei se é lembrança ou se é real,
Mas teu nome clama em prece musical.
Pelas ruas onde o tempo sozinho se perdeu,
Meu caminho é volta — no que a alma escolheu.

Ah… como é bom te ouvir chegar,
Feito vento a sussurrar no meu olhar.
Ah… nesta noite de alento e sedução,
Sou poema em teus braços, em tua afinação.”

― Newton Jayme

“Compreendo assim:
a dor da saudade é o corpo
sempre querendo voltar
a um tempo ou lugar
onde a alma
jamais deixou de estar.”

― Newton Jayme

“Para o santo que vive o amor,
a morte é, espontaneamente,
o desejo de uma boa noite...

É um ato de humilde adormecer
para ao antigo Éden retornar,
renascer...

É um parto da vida,
posse da terra prometida,
tal qual uma boa semente
lançada e germinada no chão
para a glória eterna da ressurreição!

É o fechar e abrir de um olhar,
igual ao pulsar de um instante:
de um deitar, de um dormir...
de um sonhar, de um sentir...
de um levantar, de um sorrir...
após um rápido atravessar
pela última estação do trem,
em meio a um divino e airoso
alvorecer da vida no infinito além...
borboleta que deixa o casulo também
e se sente livre no azul do céu!

É preciso seguir...
sempre em busca
do Alvo maior.
Partir...
sem nunca
deixar de existir.

É urgente ir,
despertar,
desvendar paragens,
voltar da viagem,
chegar à paterna
residência celestial.
Contemplar
jardins, oásis,
miragens
da vida real:
sol sem ocaso,
tempo sem marasmo,
brilho da eternidade sem fim
do corpo e da alma que recriei,
que plantei e modelei para mim.

No término da história,
tudo é libertação
na casa do Pai,
na seara do bem...
O voar
é um perene florescer,
festa do coração
num viver vitorioso,
sem rusga
e sem nunca
mais entardecer
nem sofrer.

É a colheita plena
da existência humana,
vindoura e duradoura:
ir do biológico
ao corpo espiritual,
bem distante do envelhecer,
bem longe do fenecer ou morrer,
na fulgurante aurora do eterno existir do ser.”

― Newton Jayme

“Onde há chama, pulsa o desejo.
Chama - o ardente amor.”

― Newton Jayme

“Se o tempo curva o corpo à dor do dia,
o amor levanta a alma... e a faz poesia.”

― Newton Jayme

“O bem resiste ao mal que se alastra,
o trigo vinga, o joio se arrasta.”

― Newton Jayme

“A mais bela jornada rumo a Deus
renova a alma ao atravessar o coração.”

― Newton Jayme

“Quantas músicas,
frases, flores, poemas,
ainda vão nos marcar?

Quantos cheiros,
lugares, pessoas, gestos,
vão colorir a vida da gente?

Quantos planos,
lembranças, sentimentos,
ainda vamos dividir
pelos palcos,
jardins, paragens,
esconderijos da existência?

Quantos delírios,
febres, pesadelos,
fantasias, dores de amor,
iremos suportar
na busca incessante
da eternidade dos sonhos?

E no meio dessas perguntas,
uma certeza se faz ouvir:

Lembro bem:
Ontem éramos dois,
hoje somos nós.

Eu me guardei no seu coração,
você achou espaço no meu.
Estamos unidos,
selados pelo amor eterno.

Agora sei:
mesmo sem você aqui,
não estaremos sós,
pois no amor,
ninguém é metade.

Você e eu:
um só inteiro,
uma só carne,
um só espírito.

Ah! O amor é imortal...
É sempre mais forte que a morte.”

― Newton Jayme

“Palidez...
É o efeito do tempo na flor,
as rugas que o rosto ganhou —
fios por onde correm
as lágrimas do coração.

Não há maquiagem perfeita
para um mundo
em constante transformação
como o amor...
Ele revitaliza a vida,
revelando quem somos,
e abre o caminho
para a juventude se impor de vez.”

― Newton Jayme

“Sopra o vento,
e a vidraça,
reflexo no olhar estremece...
Na sombra, um vulto —
és tu, saudade!
Que rompes da noite do tempo,
E mostras-me, em névoa e claridade,
os rostos que a alma não esquece!”

― Newton Jayme

“Como astro em meio ao abismo!
Tu vieste — ó fulgor celeste! —
Rasgando a treva onde a alma geme,
E fizeste do meu pranto: festa,
Da minha noite: alvorada agreste!
Ó redenção que em luz me veste,
Teu amor — meu tempo de ressurreição!”

― Newton Jayme

“Como sol na escuridão,
você fez da noite
meu dia, nova estação,
um tempo de ressurreição.”

― Newton Jayme

“Noite em silêncio,
teu olhar acende o sol —
nasce meu dia, nova estação.”

― Newton Jayme

“Sem ousar,
é impossível amar.

Ousar é ter coragem,
virtude dos bravos.
Viver — presença, inteireza.
Envelhecer — tempo, aprendizado.
Morrer — entrega inteira,
rendição serena.

E amar, envelhecer,
morrer, renascer —
tudo se curva ao tempo,
tudo clama por coragem.
São vozes da alma,
na eterna dança do alvorecer.”

― Newton Jayme

“Sem ousar,
sem viver,
sem envelhecer,
sem fenecer,

no declínio
da tarde,
sem anoitecer,
sem amanhecer,

— é impossível amar.
— é inconcebível sobreviver.

Ousar — é rasgar os céus com o peito nu!
Viver — é sangrar amor em cada instante!
Envelhecer — é colher os frutos da eternidade!
Fenecer — é ajoelhar-se à beira do infinito triste.

Amar é uma verdade inevitável —
desamarra o chão da alma,
nos faz viver,
voar alto no silêncio do céu,
aprender, crescer e renascer,
ressurgir na imensidão imutável,
como quem se atreve, enfim, a alvorecer.

Amar?!... Ah, amar —
é desatar os grilhões da terra,
romper os abismos da alma,
lançar-se ao voo sem asas,
cantar alto no silêncio das dores,
despedaçar-se mil vezes... e renascer!

Amar é clarão que vaga e não se apaga,
clarim de aurora nos vales da noite,
o homem em chamas, no berço de quem ama,
— que se ergue, enfim, para alvorecer...
e nunca mais largar a vida para morrer!”

― Newton Jayme

“No palco da dor — eu! Ator do destino!
Caí! — e da queda nasceu-me o ensino.
Sorri... Que ironia! Chorei... Mas prossegui!
Na dor encontrei a lição que nunca perdi!

Se a vida é passagem, sou sombra e esplendor.
Se a morte se impõe, sou brasão, filho do amor!
Qual semente que, em trevas, repousa silente,
E ao sol ressurge do chão — valente e celeste!

A lágrima canta a lição do sorriso,
E a dor, escultora, modela o juízo.
No rosto que chora, há traços da trama
Da vida que insiste, da alma que clama!

E a velhice?... É o sussurro da infância perdida!
É um livro de lutas nas linhas da terra prometida.
E a existência, eterna, nos traz de verdade
Os passos de outrora — vencendo a saudade!”

― Newton Jayme

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Newton Jayme

Newton Jayme

Membro desde: 12/03/2013

Frase do Dia

“Amar é somar, multiplicar e dividir, nunca subtrair.”

— Carlos Hilsdorf

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