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Coleção de Frases e Pensamentos de Newton Jayme

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1.336 frases

“A palavra só respira
quando nasce da alma —
ou floresce nas atitudes.”

― Newton Jayme

“Com flores — dádivas belas —
se cobre a dor sem guarida,
como o véu sobre as estrelas
no luto sereno da vida.”

― Newton Jayme

“Com flores se estanca a chaga,
que a alma em pranto revelou...
Pois há perfumes que embalam
a dor que o mundo trouxe e calou.”

― Newton Jayme

“Hoje eu quero ser porta — e não grade sombria,
Não cela de ferro, nem laço, nem prisão.
Quero ser clarão, amanhecer, alegria,
A fresta que leva ao sol do coração.

Porta que se abre ao passo da liberdade,
Que deixa escapar os orvalhos do amor...
Escancarada ao tempo, à eternidade,
Ao voo das almas, ao clamor redentor!

Quero levar flores — bálsamo em ferida,
Perfumes que acalmam a dor e a ausência,
Sentimentos feitos de luz e de vida,
Sementes lançadas na terra da esperança.

Porta do lavrador — que ao chão se curva e ora,
Com mãos calejadas e olhar sonhador...
Cultiva futuros, aduba a demora,
E colhe, entre as pedras, as rosas do amor.

Quero ser passagem, e não labirinto,
Ser voz da alvorada, tambor do clarim!
Porta das revoltas — no céu labirinto,
Onde as asas do povo despertam por fim!

Erguei-vos, portas mudas do mundo adormecido!
Que entre a luz! Que passe o povo redimido!
Há sangue nas pedras, há fogo no chão,
Mas há flor nas mãos que empunham o pão.

A liberdade — estrela que não se apaga —
Desce em raios por sobre a noite que vaga.
E o amor, feito sol em manhã de verão,
Abre asas no peito e acende ressurreição!

Ó multidão! Sede porta, ponte e estrada!
Sede terra lavrada e bandeira hasteada!
Pois quando o homem se encontra e se levanta,
O céu se inclina, o universo se encanta!”

― Newton Jayme

“Ó luz que corta o véu da madrugada,
E prende o tempo em lâmina sagrada,
Tua centelha — em sombra desenhada —
Faz da memória um templo, uma alvorada!

Na curva do retrato, a dor descansa,
Sorri o amor, explode a esperança,
E até a morte, em súbita bonança,
Se curva ante a beleza que se lança.

Fotografia! — harpa muda da existência,
Que canta sem voz, que grita sem ausência,
E guarda o mundo em pranto ou alegria...

Tu és a musa em forma de clareira,
Poesia viva, forma passageira,
A eternidade em veste fugidia!”

― Newton Jayme

“Fotografia, espelho de um instante,
Que prende em luz meu riso e meu olhar,
Tu mostras quem eu fui, num lampejo errante,
E o que ainda sou, sem tempo disfarçar.

Mas nada sabes do que em mim germina,
Do ser que há de ressurgir depois da estrada...
Teu foco é cego à alma peregrina
Que sonha após a noite dissipar.

Tu calas o porvir que me habita,
Não vês a chama oculta e infinita
Que escapa à ilusão da eternidade.

Capturas só as marcas na pele da jornada,
Mas não a flor do ser — ainda fechada —
Que só se abre no fim, na liberdade.”

― Newton Jayme

“Salve o pendão que fulge entre as estrelas!
Salve o clarim que ruge em Laranjeiras!
Fluminense! Teu nome é chama viva,
É luz que rompe as sombras traiçoeiras!

Do alto das arcadas centenárias,
Brada o teu grito ao tempo e à razão:
“Seja o campo a arena da glória,
Seja a vitória a nossa oração!”

Oh, tricolor de lutas imortais,
Teu peito é lar de heróis e trovadores!
No manto teu — grená, verde e paz —
Repousam mil sonetos de amores!

Teus passos são marchas de um povo altivo,
Tua torcida — um canto vibrante, sem igual.
Não é só futebol! É paixão, é sonho vivo,
É alma, é fé, é fúria transcendental!

Rivelino ergue a bola aos céus sagrados,
Como se fosse um facho reluzente!
E o povo vibra, os deuses estão calados:
Quem chora é o gol... quem canta é o Flu valente!

Se tombas, és relâmpago em combate!
Se vences, o universo é teu pendão!
Fluminense! Teu nome — o céu arrebate,
Em três cores, tremendo, Pátria-coração!”

― Newton Jayme

“No estádio molhado de glória e promessa,
Desfila o Fluminense; o campo é sua passarela.
Com passes de samba, cadência travessa,
Vestido em grená, branco e verde aquarela.

Tem gente que nasce para amar sem medida,
Eu mesmo, confesso, fui pego de vez.
No berço da infância, no susto da vida,
Me vi tricolor sem dó de nenhum freguês.

E mesmo que às vezes o time vacile,
Que o zagueiro falhe e o chute vá torto,
É nele que eu creio, é nele que brinco,
É nele que morro, dele fiz o meu porto.

Do gol de barriga ao pó da derrota,
O Flu é lirismo, é febre, abre fronteiras.
É dor disfarçada de riso na patota,
É baile no céu da mística Laranjeiras.

Oh, clube das lendas, da fé, das voltas por cima,
De Nelson, de Newton, de Rivelino, de Cartola...
Me ensina a torcer feito fervor de luz matutina,
Com charme, com samba e muito toque de bola.”

― Newton Jayme

“O túmulo está ali — escancara o velado alçapão...
Ai de nós, se, num passo incauto, o chão
se rompe — e a vida escapa e cai em vão!

A caridade, quando é cultivada,
torna a alma, enfim, mais leve — iluminada.

É lei do tempo: a queda é derradeira...
Mas... haverá, no fim da sombra inteira,
um Deus de perdão, com braços de luz verdadeira?”

― Newton Jayme

“O túmulo armadilha se abre — tentação,
Velado alçapão que ao tempo desfaz...
Ai de nós, se num passo em falso, a paz
Se rompe — e a alma cai em solidão.

A vida, sutil, finda a breve ilusão,
E o solo da carne, em sombra, jaz tenaz.
Mas quem cultiva o bem que Cristo traz,
Carrega em si a centelha da fé: ressurreição.

A caridade, em flor, quando regada,
Suaviza o pesar da longa caminhada,
Torna a alma, enfim, clara, leve e iluminada.

E então, talvez, no abismo que avança,
Abra-se outra fenda — de esperança —
Com Deus, ao fim, selando a imortal criação.”

― Newton Jayme

“O amor é a senha que abre portas,
casulos, túmulos, corações —
mas o segredo, ah, o segredo
mora no mistério
de cada alma,
nas contrações e emoções!”

― Newton Jayme

“O amor!... — essa chama que rompe as barreiras,
Que rasga os abismos, que assoma os umbrais...
Abre portas, casulos, sepulcros, fronteiras,
E acende, nos peitos, seus laços fatais.

Mas o segredo?... — esse vulto que passa,
Misterioso, em silêncio, em cada existência...
Oculta-se, etéreo, na sombra da graça,
No abismo da alma... na dor... na consciência.”

― Newton Jayme

“O amor!...
É a senha divina que rompe as correntes,
que escancara as portas do tempo e da carne!
Abre casulos! — e neles, a vida desperta.
Abre túmulos! — e neles, a alma ainda canta!
Abre corações! — e neles, o mundo recomeça!

Mas o segredo?...
Ah!... o segredo não se dá, nem se mostra —
esconde-se, como névoa, nos olhos do ser.
Cada alma o guarda em silêncio profundo,
como um astro que brilha sem querer ser sol!”

― Newton Jayme

“O grande ator nunca deixa o palco —
nem mesmo ao cair o pano.
Após seu papel,
resta-lhe o céu,
como troféu soberano.
O ensaio é o primeiro cenário;
o segundo, a vida real,
sem nenhum relicário.”

― Newton Jayme

“O amor não espera por ocasião,
pois a ocasião é sempre o amar.”

― Newton Jayme

“Sou a sede do teu corpo em tempestade,
A fome do teu coração em pleno anseio.
Se queres o suor do amor, sou vaidade,
Sou lábios que se abrem — sou doce beijo.

Se é dia, não importa: o quarto é noite,
E, se é noite, relâmpagos são luzes.
O que mata a dor não é o açoite,
É o amor que liberta — até em cruzes.

Se choras, minha poesia é teu riso,
Flor que se abre após a chuva quente,
Qual anjo que desce e recria o Paraíso.

Sei ser calmaria quando o céu se faz insurgente,
Mas grito em trovoada pra proteger teu sorriso,
Pois quem ama inventa o cenário — amor plangente”

― Newton Jayme

“Sou sede em tua carne em tempestade,
Fome em teu coração em pleno anseio.
Se queres do prazer a lealdade,
Sou lábios, sou calor, sou par sem receio.

Se é dia, o quarto guarda a noite, abre o véu,
E, sendo noite, a luz são teus lampejos.
O que alivia a dor pode vir do céu,
Mas também o nosso amor — febris desejos.

Se choras, meu poema é teu abrigo,
Flor que renasce após a chuva ardente,
Anjo a recriar o Paraíso num Éden antigo.

Sei ser silêncio quando o céu se agita,
Mas grito em tempestade, eternamente,
Pois quem ama o amor cria — e o reinventa.”

― Newton Jayme

“Sou sede em tua carne, em tempestade,
Fome em teu coração, febril desejo.
Se queres do prazer fidelidade,
Sou lábios, sou calor, sou par sem pejo.

Se é dia, o quarto é noite em pleno véu;
Se é noite, em teu olhar brilham lampejos.
O que alivia a dor não vem do céu,
Mas nasce em nosso amor — febris ensejos.

Se choras, meu poema é teu abrigo,
Flor que desperta após a chuva ardente,
Anjo a recriar o Paraíso antigo.

Sei ser silêncio quando o céu se agita,
Mas grito em trovoada, eternamente,
Pois quem ama o amor cria — e o reinventa.”

― Newton Jayme

“Sou sede em tua carne! Alma em brasa viva,
Vontade que te arrasta em vendaval.
Se queres do prazer a chama altiva,
Sou beijo que consome — o bem, o mal!

Se o dia arde lá fora, aqui é noite,
E a noite em teu olhar fulgura estrelas...
A dor? Não vem do amor, mas do açoite
De quem teme sentir e não sabê-las.

Se choras, meu cantar é teu alento,
Flor que se abre à luz do firmamento,
Anjo que ergue o Éden do chão ferido!

Sei ser silêncio ao céu que se amotina vívido,
Mas sou trovão, se a sombra te domina...
Pois quem ama, é por Deus também ungido!”

― Newton Jayme

“O amor que se divide,
multiplica-se em retorno,
elevando-nos
até o céu da eternidade.”

― Newton Jayme

“O ALTO PREÇO DO AMOR A DOIS

Não se case…
Se você não sabe ceder,
pois amar é, às vezes,
recuar para seguir junto.

Não se case…
Se pedir perdão
pesa demais no seu orgulho,
porque amar é se despir de vaidades.

Não se case…
Se perdoar lhe parece perda,
quando, na verdade,
é ganho silencioso do amor.

Não se case…
Se você não quer abrir mão
de certos prazeres, pois o “nós”
exige renúncias sinceras.

Não se case…
Se seu mundo gira
apenas em torno de si,
porque o amor verdadeiro
amplia horizontes.

Não se case…
Se você preza mais
a solidão do que a partilha,
pois casamento é companhia,
até no silêncio.

Não se case…
Se só deseja seguir
seus próprios caminhos,
porque no amor se escolhe
caminhar juntos.

Não se case…
Se assumir erros
fere demais seu ego,
já que no amor se cresce
ao reconhecer as falhas.

O casamento
não é palco de perfeições,
mas um terreno fértil
onde se cultiva o caráter.
Se o seu desejo
é viver apenas para si,
então talvez o amor a dois
não seja para agora.

Casar é viver um para o outro,
e muitos desistem porque
procuram apenas ser felizes,
esquecendo-se de fazer
o outro feliz também.

Casar é belo.
Mas nunca foi dito que seria fácil.
É preciso coragem para amar até o fim.

(versão de Newton Jayme)”

― Newton Jayme

“SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA
(Poema Devocional)

No berço de Lisboa nasceu a luz,
Que em Pádua brilhou com tanta fé,
Santo Antônio, discípulo de Jesus,
Pregava o amor, sua bandeira era Javé.

Nas mãos, o Menino em doce visão,
No coração, o Cristo inteiro.
Com pão aos pobres, e compaixão,
Foi servo humilde, Martelo verdadeiro.

Buscava o perdido com ardor,
Erguia os caídos com ternura,
Falava da cruz com tanto amor,
Que sua palavra era cura.

Santo do povo, guia e farol,
Do lar, dos sonhos, da esperança,
A cada prece, és como o sol
Que aquece a fé e a confiança.

Intercessor das causas do amor,
Dos corações que querem união,
Semeia paz, dissipa a dor,
E acende a chama da oração.

Ó Antônio, santo tão amado,
Ajuda-nos a bem viver,
Com o Evangelho como legado,
E o céu como nosso entardecer.”

― Newton Jayme

“O amor namora todo dia...
Mesmo nos dias nublados,
Quando o cansaço pesa
e o silêncio fala mais alto.
Ele manda mensagem
sem motivo,
Dá boa tarde com afeto,
E reencontra no outro
o que jamais quer perder...
Pois o amor, sendo amor,
não adormece:
Ele vive, ele vibra...
Anoitece e amanhece.”

― Newton Jayme

“O amor namora todo dia.
Não espera datas,
flores, ocasião.
Ele é rebeldia
e se faz no gesto miúdo,
no olhar que entende o mundo,
no toque que acalma a mão,
no verso, na rosa, na poesia...

Namora no café coado,
na coberta repartida,
na paciência estendida
quando a alma está cansada.
E a esperança, ainda acesa,
brilha calma no coração.

Namora no riso bobo,
no “chega aqui” sem razão,
no silêncio que se entende,
na presença que não mente,
na ternura do começo,
na firmeza da conexão.

O amor namora todo dia,
porque sabe que o tempo voa.
E quem ama de verdade
se enamora sem demora,
cuida como quem reza,
ama como quem perdoa
e sempre ao outro se doa.”

― Newton Jayme

“Clamores que ressoam
na noite eterna,

Vozes que se erguem
nos ventos selvagens,

Sussurros que brotam
do fundo do abismo,

Ruídos que buscam
o que o tempo apagou.

Gritos que rompem
o silêncio sombrio,

Gemidos que não
se rendem ao calar...

E o poeta,
com alma desperta,
reconhece e sabe:

Que o mundo,
um dia,
acordará,
E, em paz
e em prece,
se levantará...
E o amor recitará...
VIVERÁ!”

― Newton Jayme

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Newton Jayme

Newton Jayme

Membro desde: 12/03/2013

Frase do Dia

“A única diferença entre um capricho e uma paixão eterna é que o capricho dura um pouco mais....”

— Oscar Wilde

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