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Newton Jayme
Coleção de Frases e Pensamentos de
Newton Jayme
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1.451 frases
“
Eis-me, perdido, em veredas sombrias,
Na contramão febril do perdido Amor...
Trago no peito os farrapos de um dia,
Mapas rasgados do que foi esplendor.
Os caminhos... mudos, vazios, quebrados,
Destinos trocados sem norte ou razão;
E o silêncio — ai de mim! — trespassando
Como punhal a ferida sangrante do coração.
Não é que eu busque o abismo ou a morte,
Mas cada curva murmura teu nome...
E sigo — errante, sem fé, sem suporte —
Por trilhas onde a saudade consome.
Lembranças são sombras que se entrelaçam,
Negação é a lona do circo que me cobre a tez...
Sem redenção, sem culpa ou sentença,
Apenas a dor que jamais me consola e se desfaz.
Mas quem sabe — ó destino cruel e impiedoso —
No fim dessa estrada sem flor, com dor, enfim,
Não me reencontre, vencido e misterioso,
A contramão... levando-me de volta a mim.
Pois onde tremem reticências no ar,
Não cabe um ponto final a selar.
Que o amor seja eterno enquanto fluir!
”
―
Newton Jayme
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“
COMO VOU INDO?
Talvez só um pouco sentimental,
Com o passo amarrado em algum lugar,
Entre o bem e o mal,
A vontade de te amar
E a saudade de um gole do teu café.
Vou… sozinho, mas inteiro,
De vez em quando, sorrindo à toa,
Numa esquina qualquer de nós dois.
Às vezes, tropeço num perfume teu
E sossego, sem saber por quê.
Não me pergunte mais do que vê,
Nem me escute se eu disser que esqueci.
A gente aprende a mentir em pé,
Só pra não doer demais
Quando você acorda aqui...
No lado esquerdo do peito,
Onde você mora, no meu coração.
Sim, tive amores — uns de aluguel,
Outros que quase viraram céu.
Mas, no fundo, eu sei:
Teu nome mora quieto
Num canto empoeirado
De um tempo, de um velho troféu.
Não me pergunte o que não doeu,
Nem repare se eu não cantar pra ninguém.
É que eu danço sozinho
Pra enganar meus passos...
Mas vivo esperando
Que você venha,
Como anjo que só me faz bem.
Então, como vou indo?
Simplesmente… sorrindo…
Às vezes, chorando…
Como quem finge opção.
Mas, toda noite, sem querer,
Te busco na sala, no quarto,
No interior, na solidão.
Como vou indo?
Na expectativa,
Esperando por você,
Que me tire desse engano,
Que me encontre
Onde eu me perdi,
Viajando na contramão do amor...
Vem.
Que a sede de te amar
É o que me consola,
Tudo que me salva de mim.
Se queres saber
Como eu vou indo,
Vem...
Pois essa sede de te amar
É delírio que me conforta,
Que me salva de mim.
Vem...
Que eu preciso tanto ser feliz.
O amor é parceria, é par...
Estou por um triz!
Vem!
”
―
Newton Jayme
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“
Adormeci!
Atravessei sonhos,
pesadelos,
o breu da noite...
E sobrevivi!
Em plena manhã,
na clareza do dia,
amanheci!
O sol incandescente
clareia,
incendeia
meu corpo tão só,
esparramado na areia,
feito miragem entregue ao caos.
Quer o ar
pleno em gotas,
quer respirar...
quer luz, ação
e muito paladar!
Meu ser não quer só expiar,
quer também experimentar
o sal, a chuva, o vendaval.
Ah, quem me dera um beijo,
a experiência de um místico levitar,
meu corpo envolto
num desejo mais que satisfeito,
abraçando o simples,
o rústico,
o natural perfeito.
Meu ser também
quer se aventurar,
dominar a tempestade,
nas águas bravias
sem ocaso, caminhar.
Quem me dera, atraído,
encantado pelos
mistérios do alto-mar,
nos lábios de uma mulher,
num canto suave,
perder-se no espaço
de tanta água a lhe banhar.
Deixar-se seduzir,
afogar-se,
à guisa da lira —
perdição dos navegantes.
Ou, quiçá, salvar-se,
puxado por uma mão.
Sair do mar, libertar-se,
saciar a sede de muito amar,
inverter a magia do encanto,
coberto por um manto,
nu, num recanto
azul de tanto mar.
Chega de solidão,
de viver como refém.
É tempo de descobrir
que é preciso
ir além do além,
para desvendar o prazer
de se deitar e amar
nas brancas areias do mar.
”
―
Newton Jayme
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“
VINHO NOVO, ROUPA NOVA, HOMEM NOVO
(Newton Jayme, poema etiológico)
No tear da história, um rasgo surgiu,
Remendo em pano velho — o tempo ruiu.
Não se costura o Céu em veste cansada,
Nem se encerra o Espírito em alma fechada.
O vinho é novo, fecunda a verdade,
Mas o odre antigo se rompe, sem caridade.
O amor velho — preso à lei, ao egoísmo —
Recusa a Cruz, tropeça no abismo.
Ergue-se o clamor da água e do vento,
Sopro divino, sagrado renascimento.
Pois ninguém vê o Reino, nem pisa o chão,
Sem lavar os pés, sem abrir o coração.
O homem velho resiste, no próprio trono,
Teme perder poder, prestígio, a pose de dono.
Mas o Evangelho não cabe em moldura gasta:
É pão que se parte e reparte — é graça que basta.
Vê: o homem novo caminha, despido,
Vestido apenas do Ágape, fiel e ungido.
Ele serve, partilha, comunga o pão,
Reconhece Cristo na dor do irmão.
No pobre, no justo, no oprimido,
Vê-se o Verbo, o Senhor escondido.
E ao vinho do Reino se entrega inteiro:
Casamento eterno com o Cordeiro.
Quando enfim soar a trombeta em glória,
E o tempo findar sua velha história,
Ouvirá o homem novo, em paz e fervor:
"Vinde, bendito de meu Pai — o Céu é Casa do Amor."
(Inspiração: Mateus 9,14-17)
”
―
Newton Jayme
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“
O amor vem sem pressa, sem fazer barulho,
Se senta comigo, me alucina, no canto da sala.
Me serve um silêncio, me acende um desejo...
Dá brilho ao quarto, sabor ao meu beijo...
Sorri meio moleque, mas nunca se cala.
Me olha de lado, me desarma, me fala baixinho,
Com voz de sedução, com tom de promessa.
Me toma nos braços, me desmancha sozinho,
Depois volta sorrindo, pedindo atenção,
Puxando conversa.
O amor não tem hora, nem quer despedida,
Se perde no tempo, mas sempre regressa.
Me invade no sono, me acorda despida,
E mesmo cansado, me faz rebeldia...
Em toques de amor, escreve poesia.
Já veio em retrato, já veio em poema,
Já veio calado, puxando um dilema.
Já veio chorando no fim de uma cena,
E foi ficando — sem criar nenhum problema.
Trouxe um lençol,
trouxe um resto de vinho,
Ficou na cozinha,
varreu o pudor,
a minha frieza.
Cantou desafino,
dançou desatino,
dormiu no meu ninho,
E no ápice de tudo consagrou:
“Eu sou parte da vida, da tua beleza.”
O amor não tem hora, nem quer despedida,
Se perde no tempo, mas sempre regressa.
Me invade no sono, me acorda despida,
E mesmo cansado, me faz rebeldia...
Em toques de amor, escreve poesia.
No meio da tarde, quando se faz partida...
Deixa sua ausência — não sua companhia.
Só tem saudade... quem é feliz todo dia!
”
―
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“
A primeira estrela! — não ornamento dos jardins,
Mas relâmpago audaz que rasga os confins!
É furor, é clarão — sopro etéreo, divino!
— É a voz de Elis em céu cristalino!
Seu nome? Mulher! Tempestade e luz!
Diva e chama que o tempo não reduz!
Na ribalta do tempo — altiva, acesa —
Vanusa ruge em plena realeza!
Surge Ney!... qual profeta em canto imortal,
Se veste de flores — primaveril sinal.
O palhaço soluça... e em riso, sangra;
Na lágrima firme, teu beijo ainda embriaga.
Do pó da saudade, a vida floresce,
E em voz de artista, a dor resplandece!
Quem sonha e canta — jamais esmorece!
Bastaria a luz do dia... e o amor a ergueria em prece!
O infinito palpita, tem alma e calor!
No canto que insiste, vibra e tem cor!
Vanusa! — além do tempo, és viva emoção!
Tua voz é um astro em canção no céu da imensidão!
”
―
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“
A primeira estrela não é só flor-de-lis,
É furacão, é facho, é sopro de Elis.
Seu nome? Mulher. Estrondo. Diva. Musa.
Na ribalta do tempo, ruge a voz de Vanusa!
Surge Ney, em cena — mística, feito ritual.
Se veste de flores, é primaveril setembro.
O palhaço chora rindo, em gesto visceral;
Na lágrima firme, teu beijo ainda lembro.
Do pó ressequido, a vida molhada se ergue.
Uma artista: mudança viva, arte em rebeldia.
Quem canta seus sonhos não esmorece —
Bastaria a luz do dia... e o amor a ressuscitaria.
O infinito tem reflexo e pulsa em coração.
A alma de quem canta insiste, vibra, resiste!
Além do tempo, Vanusa é pura emoção — vive!
”
―
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“
Não é na carne apenas que se inscreve
A chama viva dessa estampa sem fim —
É marca ardente, é luz que não se escreve
Só no corpo… mas arde dentro de mim!
É tatuagem intensa, feita em firmamento,
Gravada a fogo — em sombra ou em clarão —,
Que atravessa a dor, o tempo, o pensamento,
E acende o amor no peito em combustão!
Segue além da viagem, em alto brado,
Veste o espírito em serena túnica de luar...
E o destino, pasmo, ao vê-la ali cravado,
Nem ousa à cinza, nem tenta apagar!
Não some ao longe como a vã miragem,
Nem fenece ao vento como um estandarte...
É eterna! É imortal! — é alma em tatuagem,
É corpo e céu, é eu e você... selados pela arte!
”
―
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“
Só os mortos sabem viver —
porque não precisam.”
(Fragmento de um
pensamento póstumo)
Deita-te comigo, amor,
no chão do esquecimento,
E olhemos, febris, o céu —
seu pausado movimento.
Quem sabe, na névoa fria
que das estrelas vem,
A dor se desfaz,
e a ventura, cadáver,
sorri também.
A noite é sempre o útero
onde o amor incendeia,
Enquanto minh’alma,
mórbida,
em tua presença clareia.
Quero morrer! —
mas que a estrela,
em fulgor tardio,
Permaneça acesa, suspensa
sobre o abismo do meu frio.
Quem vive, arrasta o corpo até o fim do ser,
E o morto... este vive, sem precisar morrer.
Na carne, o peso — na ausência, a leveza:
Há mais vida na sombra do que na vã beleza.
Vive o cadáver no sonho
que arde no pensamento,
Paira no tempo,
além do último lamento.
E o que respira...
jaz preso ao esquecimento.
Deita-te, amor, comigo
entre as flores do jardim,
E aos céus ergue os olhos —
que as estrelas sorriem por mim!
Talvez no fulgor que lampeja
da esfera infinita,
A alma, que sofre e sonha,
enfim se agita... se excita!
A noite é um palco de fogo,
de beijos e de luar,
Onde o Amor,
como um deus,
se põe a reinar!
Quero morrer! —
mas que a estrela,
brilhando em teus olhos, fulgure,
E no lume do teu peito, minh’alma
encontre a cura e a luz que perdure.
”
―
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“
Que valem, dize, as estrelas sem a noite,
Se o céu, em fogo, não clama por clarão?
Que é do fulgor, se a manhã já desponta
E o amor, calado, não sente o coração?
Não! — As estrelas são lágrimas de amante,
A brilhar nos véus profundos do sofrer...
São olhos vivos, que, na sombra fulgurante,
Despem o céu do seu frio, do seu não ter!
Na tela casta, alva, sem contraste ou mágoa,
Não vibra a chama! Não nasce a cor!
Só na treva — onde a paixão é água e frágua —
Explodem o verso, o grito, um samba feito de amor!
Pois só no abismo o coração se acende,
E o pranto é luz quando se faz clamor!
No passo que dança, a alma enfim se entende:
Estrela e samba são formas de partilhar calor!
”
―
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“
Que valor têm as estrelas,
sem a escuridão?
Que brilho extasia,
quando já reina o clarão?
Nenhum.
As estrelas são olhos
de quem ama, a piscar.
Na tela branca,
não há como se ver
explodir de luz ao amar...
”
―
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“
Que o fervor do instante
seja tão arrebatador,
que o tempo,
tão somente,
seja um mero detalhe:
um êxtase da eternidade vivida.
”
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“
E se a labareda apagar,
que reste a brasa,
a memória afetiva,
incandescente,
do que foi luz um dia.
”
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“
Não me prometas eternidade, só presença inteira enquanto for arte conjugar o verbo amar.
”
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“
Quando o Filho do Homem — auréola em brasa,
Descer do céu, num júbilo de amor infindo,
E os anjos cantarem a vinda que a guerra arrasa,
Julgará as nações com olhar de Juiz bem-vindo...
Dirá aos justos: “Vinde, ó bons cordeiros!
Me destes pão quando a fome era chaga,
Vestistes o nu, visitastes os enfermos, parceiros,
E em cada gesto minha face em esperança afaga.”
Mas os justos dirão: “Senhor, quando foi isso?”
E Ele, com voz de ternura e carinho:
“Quando um irmão padeceu no teu serviço,
Foste ao meu lado no escuro caminho.”
Sim! Cristo está nas vielas da favela,
No olhar da mãe que geme sem ter pão,
No corpo escravo da criança tão bela
Que varre a rua e dorme sem colchão.
Está no negro açoitado pela fome,
Na pele parda do que implora abrigo,
Na mão que pede e já nem ouve o nome,
Na cruz do pobre que morre sem amigo.
Ó cristão! Que fazes nos templos de ouro,
Se o Cristo clama entre os que têm ferida?
Se o Rei dos reis, largando trono e tesouro,
Fez-se mendigo em nossa própria vida?
Levai-lhe água! Dai-lhe o vosso manto!
Curai-lhe a dor com mãos de compaixão!
Pois o Senhor — que chorou tanto, tanto —
Habita agora o triste ser do irmão!
E ai daquele que ao sofredor vira o rosto,
Pois no final ouvirá, como em castigo:
“Tu me negaste o pão, negaste o encosto...
Agora parte — e vai colher teu joio por trigo!
”
―
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“
Há mar!
E, na amplidão do mar,
Cada gota d'água
é um desejo de amar!
”
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“
Na barca abalada
pelo vento e pelas águas,
o medo dos homens rugia
mais alto que o mar.
Mas ali, deitado
sobre o travesseiro do tempo,
Jesus dormia...
como quem conhece
o fim da história antes do começo,
como quem sabe que a tempestade
tem hora marcada para chegar —
e para passar.
Os trovões gritavam,
as ondas ameaçavam,
e Ele, sereno, repousava.
Não por indiferença,
mas por confiança absoluta
no Pai que sustenta
os céus — e o abismo.
Era o sono da paz invencível,
da fé que não se assusta com o caos.
Enquanto os discípulos tremiam de pavor,
o Mestre ensinava, em silêncio,
que mesmo nas noites mais escuras,
Deus permanece fiel — e no controle.
E ao despertar,
não repreendeu apenas o vento,
mas o coração ansioso dos seus amigos:
“Por que temem, homens de pouca fé?”
No fundo, o milagre maior
não foi acalmar o mar,
mas ensinar que a verdadeira paz
não vem da ausência da tempestade —
vem da presença d’Ele na embarcação:
no altar ou no mar profundo do nosso coração.
”
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“
A saudade só rema contra o rio,
Se quero ir ao remanso do futuro,
Ela retorna ao tempo mais escuro,
Levando o coração ao desafio.
No louco delírio, queres mais do estio,
Mas sou a solidão — tempo firme e puro.
Amor é contraste, nunca é porto seguro:
Só há calor onde antes houve calafrio.
O que ficou do ontem? A semente
Que um gesto simples quis deixar no chão —
Desejo antigo de ser feliz novamente.
Mas hoje é o palco do meu coração.
Mesmo após o cair do pano silente,
A alma ainda busca o céu na imensidão.
”
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“
A saudade só rema contra a corrente;
Se quero descer ao remanso do futuro,
Ela insiste em voltar ao passado insistente —
E o presente, onde fica, tão obscuro?
Se queres o sabor doce da jaboticaba,
Eu sou a acidez do tempo, do limão.
O amor é contraste — senão, se acaba...
A luz só tem brilho no seio da escuridão.
O que sobrevive do tempo passado
É a semente que, um dia, lancei no chão:
O querer ser feliz num dia atrasado.
O hoje é o palco vivo do coração;
Mesmo após a cortina se fechar,
Ele busca romper o breu da imensidão.
”
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Ó alma da flor, sutil perfume a bailar,
Choro silencioso que o ciúme vem entoar!
Amada e beijada, seduz as borboletas,
Mas pisada e oprimida, choram as violetas.
Entre espinhos brada o pesar da dor,
No silêncio do tempo ressoa o furor!
Humilhada, porém forte, em festa resplandece,
Pois a ternura eterna jamais perece.
Em pétalas veladas segredos a revelar,
Perfume que invade o ar, sem nada cobrar.
Morre no outono, sim, para o renascer,
Na dança dos ventos volta a florescer.
Flor que, mesmo triste, ousa em sorrir,
É no sofrimento que aprende a florir!
Seu ciclo é infinito — amor, luz e verdade —
Luz que brilha forte para além, além da eternidade.
”
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“
A alma da flor é seu perfume,
Seu choro, talvez, seja o ciúme...
Amada e beijada, atrai borboletas;
Pisada e oprimida, choram violetas.
Oculta entre espinhos, clama por mim,
No silêncio do tempo, sussurra: “fim.”
Mas mesmo humilhada, vive e floresce,
Pois sua ternura é alma, jamais fenece.
Em pétalas guarda segredos e cor,
Perfuma caminhos, mesmo sem valor.
Se morre no outono, é por renascer...
Na dança do vento, volta a viver.
Flor que, mesmo triste, insiste em sorrir...
Pois é na dor que mais se aprende a florir.
Seu ciclo é silêncio, amor, beleza e verdade,
Luz que resiste para além da eternidade.
”
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O Altíssimo desce, e se faz criança,
pra levantar o homem ao seu destino.
Vem sem coroa... mas com esperança,
traz no olhar o céu do Deus Menino!
Se fez pequeno o Eterno Infinito,
pra que o pequeno em Deus se agigantasse;
desceu do trono — o gesto mais bendito —
pra que o barro, em luz, se transformasse!
”
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“
KÉNOSIS
que amor
inexplicável,
paradoxal:
um oceano
desaguando
por inteiro
num riacho...
O Infinito
acolhido pelo finito,
o Altíssimo
descendo ao mais íntimo.
Em Cristo Jesus,
assim se cumpriu plenamente:
o Amor se fez carne,
apequenou-se,
entrou no tempo,
nasceu da Virgem Maria,
para resgatar, habitar,
e caber — insondável mistério! —
no coração da criatura humana.
Sim!
Deus se faz pequeno
para morar em nós.
”
―
Newton Jayme
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“
Esvaziou-se a si mesmo, assumindo
a condição de servo.” (Filipenses 2,7)
Oh! Que mistério santo e inexprimível!
Que amor tão alto, e no entanto, tão gentil!
Deus, que governa o Céu incompreensível,
desce ao chão pobre duma gruta infantil!
Um mar sem margens — vasto, sem medida —
deságua inteiro num regato estreito...
O Infinito se entrega à nossa vida,
no coração do homem faz Seu leito!
O Verbo eterno, em glória inatingível,
abandona a luz pura do trono altíssimo,
reveste a carne, veste o pão visível,
e em Maria se torna o Deus Santíssimo!
Nasce entre palhas... geme no silêncio...
Os anjos cantam! A terra se estremece!
A cruz o espera, e o madeiro, propenso,
já pressente o sangue que o Amor oferece!
Ó paradoxal despojamento!
O Rei se curva! O Senhor se esvazia!
Vem redimir-nos — não por mandamento,
mas por amor, por pura epifania!
Sim! Deus se encolhe... e no altar do peito
faz Sua casa! Mora, respira, ama...
Na alma humana, esse espaço tão estreito,
abriga agora o Fogo que não se chama!
“Deus se fez pequeno para morar em nós.”
(Cf. São Bernardo de Claraval)
”
―
Newton Jayme
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“
O suor que me escorre, em silêncio, na pele,
Não é só do labor — é da dor, é da alma!
É do amor que não cala, é do grito que impele,
É do peito que explode, é do íntimo que clama!
É o orvalho que brota no campo dos homens,
É a lágrima branda do corpo em missão.
É sal que consagra o herói que não dorme,
É o selo divino da dura e laboriosa paixão.
Se vem do trabalho, é suor de vitória!
De mãos calejadas, de pés sem descanso…
Mas se é da emoção, é perfume, é memória,
É sangue que pulsa no peito em avanço!
Ó suor, companheiro da luta sofrida,
Teu brilho é de sol sobre a face vencida.
Tu molhas o chão, mas também a esperança,
És bênção que vem da mais pura criança!
E quando és lágrima, és luz do segredo,
És o céu que revela o que é mais profundo:
O amor, o desejo, o clamor e o medo,
O clímax sagrado dos seres do mundo!
Ah! Que nunca te sequem da fronte do justo!
Sejas tu por esforço ou por sentimento,
Serás sempre um poema, um sagrado arbusto
Que brota do peito em sutil luta e movimento.
”
―
Newton Jayme
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Newton Jayme
Membro desde:
12/03/2013
Frase do Dia
“
É preciso ser duro, mas sem perder a ternura, jamais...
”
—
Che Guevara
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