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Marcelo Monteiro
Gabriel Delanne refuta René Sudre — ensaio comparativo

Introdução

O confronto entre Gabriel Delanne (1857–1926) e René Sudre (1880–1968) sintetiza, no início do século XX, um debate-chave sobre a interpretação dos fenômenos mediúnicos: de um lado, investigadores espíritas que reivindicavam uma postura experimental e de acumulação de provas; do outro, historiadores e psicólogos da nova parapsicologia que buscavam explicações psicológicas ou reducciónistas. Ao analisar as obras e métodos de ambos, percebemos que a refutação de Delanne a Sudre não é simplesmente uma réplica doutrinária, mas uma crítica metodológica sustentada em evidência documental e critérios de controle experimental.

René Sudre: posição crítica e reduzionismo psicológico (breve exposição)

René Sudre — jornalista científico e divulgador da parapsicologia — articulou uma visão segundo a qual muitos fenômenos ditos “espíritas” podiam ser interpretados à luz de processos psicológicos (alterações de consciência, sugestões, imaginação coletiva) e de mecanismos naturais ainda mal compreendidos. Sudre procurou sistematizar uma métapsychique que colocava ênfase em modelos internos e psicológicos, evitando explicações “sobrenaturais” ou teleológicas. Essa postura o tornou figura influente nas discussões científicas sobre o problema.

A estratégia retórica e metodológica de Delanne na refutação

Delanne respondeu ao reduzionismo de várias maneiras complementares — não só polemicamente, mas metodologicamente: