Coleção de Frases e Pensamentos de Marcelo Monteiro


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Marcelo Monteiro
527 d.C. – Justiniano assume o trono do Império Bizantino, tendo Teodora como imperatriz. Juntos, governam Constantinopla com grande firmeza política e religiosa.
532 d.C. – Revolta de Nika. Teodora se destaca ao convencer Justiniano a não fugir, garantindo sua permanência no poder.
548 d.C. (28 de junho) – Morte da imperatriz Teodora, em Constantinopla, provavelmente em decorrência de câncer.
553 d.C. (5 de maio a 2 de junho) – Realização do II Concílio de Constantinopla, reunindo bispos e teólogos. O encontro teve como objetivo reafirmar dogmas cristãos e combater doutrinas consideradas heréticas.
Após 553 d.C. – Surge a tradição de que Justiniano, influenciado por Teodora, teria condenado a crença na reencarnação. Contudo, historicamente, ela já estava morta havia quase cinco anos, sendo impossível sua participação no evento.
A distorção histórica.
Muitos textos populares afirmam que Justiniano e Teodora decidiram juntos proibir a crença na reencarnação durante esse concílio. No entanto, o registro histórico mostra uma inconsistência: Teodora não estava mais viva. Assim, a associação direta da imperatriz ao evento é anacrônica, fruto de lendas posteriores que procuraram fortalecer a ideia de uma influência conjugal em decisões políticas e religiosas.
Conclusão:
A narrativa histórica evidencia que Teodora jamais poderia ter participado do II Concílio de Constantinopla, pois já havia falecido. O mito, no entanto, permaneceu, talvez por causa da forte personalidade da imperatriz, lembrada como uma das mulheres mais influentes do Império Bizantino. Sua memória foi, de certa forma, transportada para o concílio por meio da tradição popular, mas a realidade documental é clara: quando o evento se realizou, Teodora já descansava no silêncio da morte há quase cinco anos.

Marcelo Monteiro
Gabriel Delanne refuta René Sudre — ensaio comparativo

Introdução

O confronto entre Gabriel Delanne (1857–1926) e René Sudre (1880–1968) sintetiza, no início do século XX, um debate-chave sobre a interpretação dos fenômenos mediúnicos: de um lado, investigadores espíritas que reivindicavam uma postura experimental e de acumulação de provas; do outro, historiadores e psicólogos da nova parapsicologia que buscavam explicações psicológicas ou reducciónistas. Ao analisar as obras e métodos de ambos, percebemos que a refutação de Delanne a Sudre não é simplesmente uma réplica doutrinária, mas uma crítica metodológica sustentada em evidência documental e critérios de controle experimental.

René Sudre: posição crítica e reduzionismo psicológico (breve exposição)

René Sudre — jornalista científico e divulgador da parapsicologia — articulou uma visão segundo a qual muitos fenômenos ditos “espíritas” podiam ser interpretados à luz de processos psicológicos (alterações de consciência, sugestões, imaginação coletiva) e de mecanismos naturais ainda mal compreendidos. Sudre procurou sistematizar uma métapsychique que colocava ênfase em modelos internos e psicológicos, evitando explicações “sobrenaturais” ou teleológicas. Essa postura o tornou figura influente nas discussões científicas sobre o problema.

A estratégia retórica e metodológica de Delanne na refutação

Delanne respondeu ao reduzionismo de várias maneiras complementares — não só polemicamente, mas metodologicamente:

Marcelo Monteiro
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Frase do Dia

Este som é sobre individualidade, sobre como pesquisar e descobrir novas informações e usar sua força para atacar Sistemas iguais ao da América, que continuam a roubar, violentar e assassinar pessoas. Em nome da liberdade, este som chama-se Bullet in the Head (Bala na cabeça).

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