Coleção de Frases e Pensamentos de Marcelo Monteiro


Frases própriasFrases de outros autores

210 frases




Marcelo Monteiro
Eles vivem.
Ante os que partiram, precedendo-te na grande mudança, não permitas que o desespero te ensombre o coração.
Eles não morreram. Estão vivos.
Compartilham-te as aflições, quando te lastimas sem consolo.
Inquietam-se com a tua rendição aos desafios da angústia, quando te afastas da confiança em Deus.
Eles sabem igualmente quanto dói a separação.
Conhecem o pranto da despedida e te recordam as mãos trementes no adeus, conservando na acústica do espírito as palavras que pronunciaste, quando não mais conseguiam responder às interpelações que articulaste no auge da amargura.
Não admitas estejam eles indiferentes ao teu caminho ou à tua dor.
Eles percebem quanto te custa a readaptação ao mundo e à existência terrestre sem eles e quase sempre se transformam em cirineus de ternura incessante, amparando-te o trabalho de renovação ou enxugando-te as lágrimas quando tateias a lousa ou lhes enfeita a memória perguntando porque… Pensa neles com saudade convertida em oração.
As tuas preces de amor representam acordes de esperança e devotamento, despertando-os para visões mais altas da vida.
Quanto puderes, realiza por eles as tarefas em que estimariam prosseguir.
Se muitos deles são teu refúgio e inspiração nas atividades a que te prendem no mundo, para muitos outros deles és o apoio e o incentivo para a elevação que se lhes faz necessária.
Quando te disponhas a buscar os entes queridos domiciliados no mais além, não te detenhas na terra que lhes resguarda as últimas relíquias da experiência no plano material… Contempla os céus em que mundos inumeráveis nos falam da união sem adeus e ouvirás a voz deles no próprio coração, a dizer-te que não caminharam na direção da noite, mas sim ao encontro de novo despertar.
Espírito Emmanuel; médium Francisco Cândido Xavier - Livro: Retornaram Contando.

Marcelo Monteiro
Frederico figner e a casa Edison.
Casa Edison – O Som que Deu Voz ao Brasil
Com a experiência adquirida nas vendas e demonstrações de fonógrafos, Frederico Figner decidiu, em 1900, abrir uma loja no coração do Rio de Janeiro, na Rua do Ouvidor, nº 107. O estabelecimento recebeu o nome de Casa Edison, em homenagem ao genial inventor americano Thomas Edison, símbolo do progresso técnico e da revolução sonora que se anunciava.
Inicialmente, a Casa Edison dedicava-se à importação e revenda de cilindros de cera e discos Berliner, produzidos na Alemanha. O público brasileiro, até então, conhecia apenas gravações estrangeiras. O som nacional ainda não havia encontrado seu espaço.
Foi então que Figner, visionário e ousado, teve uma ideia que mudaria para sempre a história da música no Brasil: gravar artistas nacionais. Em 1902, convidou Antônio Costa Moreira, conhecido como Cadete, e Manuel Pedro dos Santos, o Bahiano, oferecendo-lhes mil réis por cilindro gravado. Logo depois, uniu-se ao grupo o carismático Eduardo das Neves, o popular Dudu, palhaço e cantor de talento reconhecido, que eternizou lundus e sambas com sua voz vibrante.
Nascia, assim, o embrião da indústria fonográfica brasileira. A Casa Edison deixava de ser apenas uma loja de fonógrafos para se tornar a primeira gravadora do país — e também da América do Sul.
Em 1902, o lançamento do primeiro catálogo da Casa Edison marcou uma virada histórica: ali estavam listadas as primeiras gravações sonoras genuinamente brasileiras, abrindo caminho para a consolidação de uma identidade musical nacional.
Mais que um empreendimento comercial, a Casa Edison foi um marco cultural e afetivo: o ponto de encontro entre a tecnologia e a alma popular do Brasil.
Foi ali, entre fonógrafos, vozes e sonhos, que o Brasil começou a se ouvir.

Marcelo Monteiro
Marcelo Caetano Monteiro - Em nome do Grupo de Estudos Espíritas Frederico Fígner de Manhumirim Minas Gerais, em sua divulgação do Espiritismo realizou a palestra intitulada:
"A Verdade do Evangelho em Nós:
O Compromisso Espírita Além das Palavras."
Em 2019, às 19:00 na Casa Espírita Manoel Soares, em Manhumirim – MG, Marcelo Caetano Monteiro, tarefeiro do Grupo de Estudos Espíritas Frederico Fígner - Manhumirim-MG. proferiu uma palestra que ficou marcada pela profundidade de suas reflexões. Inspirado pelo Evangelho e pela Codificação Espírita, destacou a necessidade de que a fé, a renúncia, a transformação moral e a autenticidade dos espíritas não se convertam em mera retórica, mas em vivência real. Sua fala, registrada na frase que ecoa até hoje, ressoou como um chamado à consciência:

"Que os modelos da fé vivificante, da renúncia condoída, da transformação moral no homem de bem do qual exalta o Evangelho e que nós espíritas salientamos e não a nós mesmos, não permitamos que nos seja uma hipocrisia."

Aspectos Filosóficos.

A filosofia espírita, consolidada por Allan Kardec, nos lembra que o homem é um ser em processo de aperfeiçoamento, convidado à realização do bem pela razão e pela moralidade. A palestra de Marcelo Caetano Monteiro dialoga com essa visão ao questionar a coerência entre discurso e prática.
Em O Livro dos Espíritos, questão 918 e relembra a 886, Kardec apresenta o retrato do verdadeiro homem de bem, cuja conduta se pauta no amor ao próximo, na indulgência e no desapego às vaidades. Filosoficamente, isso significa que a verdade só encontra sentido quando encarnada no ser, e não apenas proclamada em palavras.

Marcelo Monteiro
Galeria da Mediunidade Extra (XCVII)

Reverendo G. Vale Owen – O Pastor que Escutou o Céu

No silencioso coração da Inglaterra vitoriana, quando a fé se via desafiada pela ciência e o materialismo tentava impor-se como dogma, um sacerdote anglicano começaria a viver a mais profunda das revoluções interiores. George Vale Owen nasceu em Birmingham, a 26 de junho de 1869, e desde cedo trilhou o caminho do ministério religioso. Estudou no The Queen’s College, em Oxford, e no Birmingham & Midland Institute, distinguindo-se pela erudição e pela sinceridade de propósito.

Aos 24 anos, ordenou-se sacerdote em Liverpool, iniciando sua missão pastoral em Seaford, mais tarde em Fairfields e St. Mathews, e também nos subúrbios de Liverpool e nas cercanias de Oxford. Era um homem de fé lúcida, profundamente cristão, cuja devoção encontrava expressão no serviço silencioso e na palavra pastoral.

Mas o destino, que guia as almas para além das fronteiras do dogma, o aguardava com uma experiência transformadora. Em 1909, a morte de sua mãe abriu-lhe uma porta inesperada. O luto o conduziu à meditação e, em 1913, surgiram as primeiras comunicações mediúnicas vindas do além — mensagens repletas de ternura e sabedoria, que ele reconheceu como provenientes de sua própria mãe.

O homem de púlpito tornava-se, então, um médium consciente. As provas espirituais que recebeu dissolveram-lhe as antigas resistências, levando-o à conversão ao Espiritismo. A partir de então, o reverendo passou a receber comunicações de elevado teor filosófico e moral.

Marcelo Monteiro
Eurípedes Barsanulfo: “Fui Até Lá em Espírito”

Era comum Eurípedes Barsanulfo entrar em transe mediúnico, no curso de uma aula. Quando voltava, explicava aos alunos o que de bom fizera naqueles instantes. Certa vez, após o transe, ele, sorrindo, argumentou:

– Prestem atenção. Acabo de estar em uma residência, atrás da igreja do Ro­sário, fazendo um parto difícil. O marido não sabe que já é pai e está a caminho daqui. Vem a cavalo e com roupa de mon­taria. Ele está, neste momento, apeando em frente o colégio. Vai agora subir os degraus da escada. Quando ele entrar na sala os senhores devem ficar em pé e depois sentar. Atenção, ele vai entrar...

E o homem com chapéu e roupa de montaria entrou muito aflito, pedindo a Eurípedes Barsanulfo que fosse urgentemente fazer o parto, pois a mulher estava passando muito mal.

– Acalme-se, respondeu o médium, sorrindo. Fiz o parto há cinco minutos.

– Não é possível, ‘seu’ Eurípedes. Há cinco minutos eu teria visto o senhor pelo caminho.

– O senhor não me viu porque fui em espírito. Mas, eu vi o senhor. Pode voltar para sua casa, sossegado. A meni­na que nasceu é bonita e forte.

O homem, porém, duvidou e, temen­do pela vida da mulher, levou Eurípedes Barsanulfo de volta. Ao ver o médium, a esposa, com a filhinha deitada ao lado, exclamou:

– O senhor não precisava vir de no­vo, ‘seu’ Eurípedes... Eu e o bebê esta­mos passando bem!

Eurípedes Barsanulfo, então, regres­sou rapidamente ao colégio para continuar a aula interrompida.

Fonte: Eurípedes Barsanulfo, o apóstolo da caridade, ed. Correio Fraterno.

Marcelo Monteiro
Marcelo Monteiro

Membro desde: 06/02/2023

Biografia: Autodidata, escritor, expositor, musicista, historiador, livre Pensador. Fundador e participante de diversos pontos culturais de sua cidade. Manhumirim - MG.

Frase do Dia

Amar é somar, multiplicar e dividir, nunca subtrair.

Autores populares