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Coleção de Frases e Pensamentos de Newton Jayme

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867 frases

“Que estranho paradoxo é o viver:
Enquanto a vida nos rouba o vigor,
Quem padece encontra-se a renascer,
Pois morrer é transitar livre no amor.

O bem que habita em você,
E o afeto que sou em mim,
Modelam o ser que te vê,
E a vida que nos abraça, por fim.

Quem se entrega ao tempo, feito grão,
Renova-se com o fôlego do amanhecer,
A chuva que lava a terra fecunda o coração.

É para o alto que se voa, para o Criador,
Quem se doa à existência, a cada estação,
Edifica, noite e dia, seu paraíso com louvor!”

― Newton Jayme

“Amando, aprendi a essência,
a cultivar e colher o que é vital,
a semear o que transcende o tempo,
e a recolher o eterno no suave
compasso de se doar.”

― Newton Jayme

“Saudade não é questão de lonjuras,
é questão de viver bem pertinho,
ali, muitíssimo dentro, no coração,
no mais profundo interior
do íntimo da gente...”

― Newton Jayme

“Daqui a pouco me verei no tempo, perdendo tempo,
Viverei a angústia de estar na vida... sem vida.
A alma desejando asas para voar, o corpo tão lento.
Onde estará o vigor do passado, a juventude decaída?

Mas hei de buscar no infinito o brilho que resta,
Nos pequenos gestos, na memória que ainda aquece.
Mesmo que o futuro me retire o verso e a festa,
Há em mim um fogo que não se apaga, que cresce.

Ah, nos sonhos do passado, ouço a lembrança
Do que fui, do que sou, do que ainda serei.
Embora o corpo se desgaste, resta a esperança.

E na última estação, onde a luz já se apagou, talvez:
Carregarei a paz que resta e o destino que colherei,
Pois a vida é eterna, e é morrendo que renasço outra vez!”

― Newton Jayme

“Ágape é o amor que transcende,
Que não espera, que tudo entende.
É o abraço que acolhe o irmão,
É a entrega sem nenhuma condição.

Não se mede, não se calcula,
É a paz que se espalha e acumula.
É um fogo que nunca se apaga,
Dispersa o mal que no mundo vaga.

Não é orgulho, não é vaidade,
Mas pura estima e generosidade.
É o olhar que vê o outro em seu viver,
E, ao seu sofrimento, se faz compreender.

Ágape é o silêncio entre os que "palavram",
É o gesto que cura, as ações que lavram.
É o amor que se dá sem querer retorno,
É uma bênção de Deus, o mais belo adorno.

Ele vibra em nós, invisível e forte,
O ágape que guia, que traz o norte.
É a verdade sem fronteira, sem fim,
É a vida que arde em você e pulsa em mim!”

― Newton Jayme

“A saudade é o porto onde me perco,
Nas ondas silenciosas do teu nome.
A brisa que toca a pele é um cerco,
Um sussurro que me chama ao lume.

Os barcos passam, mas não há volta,
Nem estrela que guie os meus passos.
Fico aqui, mirando a solidão revolta,
Esperando o retorno do teu abraço.

As horas se esticam, como trajetória
De um horizonte que nunca se encerra,
E o teu olhar, perdido na memória,
É o farol que ilumina a longa espera.

Sim! A saudade é o porto onde me perco,
Um refúgio sem partida ou chegada.
Cada segundo que passa, até me esqueço,
Pois cada parte de mim está em ti na jornada.”

― Newton Jayme

“A saudade é um porto
onde me perco a esperar por ti.”

― Newton Jayme

“Oh, silêncio! Sombras que se estendem
No abismo do tempo, profundo e sem fim!
Onde as estrelas, solitárias, tremem
E a vida, aflita, perde-se em seu confim.

Vento errante, que beijas as palmeiras,
E o murmuro das águas a se espalhar,
Oh, tu, que és o último sopro das relvas,
Leva-me contigo, leva-me ao teu altar!

E o homem, solitário e destemido na sua luta,
Ergue os olhos, febril, ao céu sem ostentação,
Mas o firmamento, cruel, se fecha e se oculta,
E a alma naufraga na desesperança e na aflição.

Mas, ao fim da aventura, onde a angústia morre,
Onde o tempo se faz resplandecer em cada viver,
Há um amor puro que brilha, reina e socorre,
A redenção se revela, trazendo consolo ao ser.”

― Newton Jayme

“Quando o último alento a vida ceifar,
Perder-se-á a visão, do campo infinito,
Do outeiro distante, onde o vento a bailar,
Me conduzia ao fim da tarde, o coração aflito.

Dir-se-á que a alma, ao fim da vida, à sombra fria,
Guardará as canções da terra e do amor,
Ou perder-se-á no abismo da cruel agonia,
Dissipando a razão, no poço de dor?

Quem sabe, ao além, um fio de lembrança
Leve ao peito o sorriso e a esperança,
E o ser renasça, na luz de outro dia.

Mas, ah! que a morte, feroz, não apague a chama
Da parceria que, eterna, incendeia e reclama
A memória, que em fulgor se perpetua feito poesia.”

― Newton Jayme

“Quando vier o respirar derradeiro,
Perderei a bela visão do outeiro,
Aquela colina, emoldurada pela janela,
Até o entardecer que o tempo pincela.

Será que a alma, ao além, conserva a memória,
Ou será tudo perdido como vã trajetória,
Quando a morte ceifar a vida, como um incêndio,
E tudo repousar numa eterna prece de silêncio?

Mas, quem sabe, em algum lampejo distante,
A memória finda recupere o riso e o enredo,
E volte num sopro saudoso a um passado errante.

Em cada lembrança, esvaem-se os passos em momento,
Deixando para trás o amor e o diário em segredo,
Como a chama que luta para brilhar a cada tormento.”

― Newton Jayme

“A verdade se oculta
no que se revela,
e se revela
no que se oculta.”

― Newton Jayme

“A minha felicidade
é uma conquista inventada,
um sonho real, esboçado.”

― Newton Jayme

“Quem me fixou o olhar, assim tão sutil, mas pleno,
Como o mar que no despenhadeiro se arrebenta,
Rouba-me o peito, que em breve se doa sereno,
E, em tua fúria, o amor se conquista e desorienta.

Oh! Olhos teus profundos como o abismo,
Que brilham, fascinando o desejo ardente;
Navego inerte nas ondas do teu olhar insano,
Sou escravo da tua luz, sedutora e fervente.

Aquele que me nota cruel no desejo e querer,
Arranca-me o coração, em suave ferocidade;
Faz-se fogo no peito a consumir-me ao ver,
Eu sou teu, perdido e ansioso, sem saudade.

Ah! Que loucura esse espiar, que se faz canto,
Onde o silêncio é um grito e o corpo é centelha;
Não há palavras, nem sussurros, apenas o encanto,
Que se revela na alma que se entrega e se espelha.”

― Newton Jayme

“Não há glória às custas de quem padece,
Nem luxo pelas correntes da escravidão.
Quem semeia, colhe o fruto que merece,
Uma lavoura de joio, só traz desilusão.”

― Newton Jayme

“Não há glória às custas
do sangue que padece,
Nem luxo que as correntes
da escravidão prendem!
Quem semeia a dor,
colherá a miséria que oferece,
Pois em lavoura de joio
só desilusões florescem!”

― Newton Jayme

“Sem a morte,
não há jardim que floresça.
Pois, na raiz, o caos,
impiedoso, se imiscuí.
Que, na sabedoria da dor,
a alma se afogue e cresça,
Na luta desesperada contra
o mal que aqui se insinua.

Não há glória sob os ossos
dos que agonizam,
Nem ouro, maldito,
comprado com o sangue
dos desventurados.
Quem planta, colhe.
Na terra, os bons se aniquilam,
Refletindo na semente a podridão
Da terra e a lâmina dos desalmados.

O sepulcro, fúnebre,
é o casulo do corpo
em decomposição,
Desfazendo, no tempo,
os estertores do pecado impuro,
Preparando, nas sombras,
o ser para a ignóbil ressurreição!

Hoje, à penumbra
de uma esperança
moribunda no leito,
Quero sentir nos lábios
o beijo da morte,
insensível e sem futuro,
Aquele sopro de vida, há muito,
esquecido no abismo do peito!”

― Newton Jayme

“Sem a morte, não há jardim que floresça.
Pois, na raiz, o caos se impõe e se exala.
Que, em sabedoria, a alma se perca e cresça,
Na luta incessante contra o mal que se infiltra.

Não há glória sob os ossos dos que sofrem,
Nem ouro comprado com o sangue dos perdidos.
Quem planta, colhe. Na terra, os bons padecem,
Refletindo na semente colhida e nos grãos ceifados.

O sepulcro é o casulo do corpo em germinação,
Desfazendo, no tempo, os males do pecado,
Preparando o ser para a luminosa ressurreição!

Hoje, à sombra de uma esperança esquecida no leito,
Quero receber nos lábios o beijo do além merecido,
Aquele sopro de vida, há muito, perdido no peito!”

― Newton Jayme

“O bem, com sua luz serena na alma,
Brilha no ser e ilumina o caminho.
Seu toque é suave, cura e acalma,
Desperta a esperança e o carinho.

O mal, por sua vez, espreita e seduz,
Com sombras que consomem o coração.
Reside na escuridão, mas nunca reluz,
Alimenta a dor, o choro, a desolação.

O bem é a paz que nasce da fé e do perdão;
Ele sempre constrói na solidez do amor.
O mal é a tempestade que arrasa a razão,
Ele é tormenta, ruína, agonia e desamor.

Mas ambos coexistem, sempre em luta.
O bem, com coragem, jamais desiste,
E o mal, com astúcia, no ódio se oculta.
Mas o bem, inflexível, reinará triunfante.

Na balança da vida, é preciso escolher
De que lado se quer andar, viver e sonhar.
Pois, no fim, embora o mal pareça vencer,
É o bem que despontará; pode acreditar.”

― Newton Jayme

“O conhecimento da natureza
não é um fim em si mesmo,
mas um meio de aproximar o ser humano
da compreensão de seu próprio eu,
de Deus e do infinito criado.”

― Newton Jayme

“Clamores que ressoam
na noite eterna,

Vozes que se erguem
nos ventos selvagens,

Sussurros que brotam
do fundo do abismo,

Ruídos que buscam
o que o tempo apagou.

Gritos que rompem
o silêncio sombrio,

Gemidos que não
se rendem ao calar...

E o poeta,
com alma desperta,
reconhece e sabe:

Que o mundo,
um dia,
se levantará,
E, em paz e em prece,
o amor recitará.”

― Newton Jayme

“Você se desesperou e gritou: 'Adeus!'
Quando, na verdade, a resposta
certa e esperada seria:
'À luta! Há Deus!'”

― Newton Jayme

“Todo "não" encerra um "sim" na trajetória,
A porta que se fecha, ao fim, se abre em vitória.
O mal, em seu curso, gera um bem a caminho,
E a morte anuncia a vida em seu ninho.

Toda derrota é um espelho da glória,
A guerra que inflama, na paz, é alegria.
A semente, perdida, ao solo se entrega,
E frutifica no coração que a rega.

Não há saber sem dor, sem luto profundo,
O céu clareia após o declínio do mundo.
E a água bravia, ao grão, dá impulso certo,
Para que o campo se refaça sempre aberto.

A dor que chora prepara o riso do ser,
O silêncio amargo é canto a florescer.
Só quem se apaga, na vastidão sem véu,
Torna-se estrela cintilante no mais alto céu.”

― Newton Jayme

“Todo "não" chega grávido de um "sim",
A porta que se fecha, se abre no fim!
O mal acaba transportando um bem,
E a morte só anuncia a vida que vem!

Toda derrota sempre revela a glória,
A guerra acende a paz na história.
A semente desprezada no chão
É a árvore que frutifica no coração.

Não há ciência sem despojos, sem luto,
O céu se abre em luz, depois da escuridão.
E a água bravia é impulso pro grão resoluto.

A dor que chora traz o riso no nascimento,
O silêncio que amarga celebra a amplidão,
Só quem se apaga vira estrela no firmamento!”

― Newton Jayme

“Todo "não" é a semente de um "sim",
E a porta que se fecha abre para o fim!
O mal, como o ferro, forja o bem,
E a morte é um anúncio do viver que vem!

Toda derrota é, no fundo, glória,
E a guerra acende a paz na história.
A semente, na terra, é desprezada,
Mas frutifica no peito, iluminada.

Não há saber sem o preço do pranto,
O céu se rasga em luz após o tormento.
A água, brava, é força que o grão exalta,
Que, resoluto, à terra se embala sem falta

A dor que geme traz o riso da vida,
O silêncio que fere é a alma erguida,
Só quem se apaga, no seu manto de estrelas,
Torna-se fogo na imensidão como centelhas!”

― Newton Jayme

“O amor é a chuva que,
nos campos da alma,
fecunda e gera a vida,
fazendo-a florescer
além do efêmero,
perpetuando-se
nas eternas
raízes da existência.”

― Newton Jayme

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Newton Jayme

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Membro desde: 12/03/2013

Frase do Dia

“Os homens inteligentes não podem ser bons maridos, pela simples razão de que não se casam.”

— Henry de Montherlant

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