Coleção de Frases e Pensamentos de Carlos Vieira de Castro


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Carlos Vieira de Castro
BREVE BIOGRAFIA

CARLOS VIEIRA DE CASTRO, viu pela primeira vez a luz do mundo, num dia frio de Janeiro, em Santa Maria da Feira, Aveiro, deste pequeno país de velhos pergaminhos, chamado Portugal.
Estudou de dia e já adulto, de noite. O serviço militar obrigatório veio amputar o curso que prosseguia. Ficou cedo sem mãe; ela tinha 41 anos de idade quando partiu. Faltavam-lhe dois meses para acabar a "tropa". Tão infausto acontecimento, marcou-o até hoje e afirma mesmo que até ao resto dos seus dias.
Na escola, redacionava como ninguém. Já em idade de juventude, colaborou em vários jornais regionais. Considera-se, orgulhosamente, um autodidata da vida. Todavia, foi o teatro amador, desde os 5 anos de idade, pela mão de seu bisavô que o apaixonaria de verdade. Dedicou quase 50 anos de sua existência, a esta Nobre Arte de Talma, na qualidade de ator, adaptador e encenador. Escreveu ainda meia dúzia de peças teatrais de somenos importância, embora todas representadas com êxito.
Reflete, pensa, textualiza e poetiza só quando bem lhe apetece e pode.
Tinha uma vastíssima obra manuscrita e datilografada sobre vários temas, mas circunstâncias várias da vida encarregaram-se de a sumir para todo o sempre.
Foi com se lhe matassem um filho...
Só após ter aderido às novas tecnologias, em 2016, é que ganhou novo fôlego e algum ânimo para prosseguir suas escrevinhações.
É, e continuará a ser até ao fim dos seus dias, apologista de "quem não deve, não teme.

Carlos Vieira de Castro
O TÚNEL
Quando dei por mim, uma força invisível, maligna, negra da cor do breu, mãos ásperas como uma lixa, já me estava a empurrar lentamente, com voz enganadora de sereia de encantar, para um negro túnel, sinuoso, de aspeto horroroso, onde morcegos pegajosos, enojadores, rodopiavam sem cessar sobre a minha cabeça, mais parecendo aves do inferno - se é que ele e elas existem -.
Andei às voltas como uma folha ao sabor do vento, sem ninguém que escutasse meu lamento; ouvindo só um tremor de voz aterrador que ao longe rugia num continuado rumor.
Cheguei a uma altura, já quase alucinado, frio e desanimado, que comecei a gritar a plenos pulmões por uma luz que de uma candeia fosse; que me iluminasse e daquele martírio me tirasse.
Nada. Apenas a ressonância do eco da minha voz angustiada, seca e esganiçada se ouvia lá ao fundo, quase morta.
Eis, de súbito e já com os olhos habituados à escuridão, vislumbro ao longe um pequenino raio de luz que, paulatinamente a mim se dirigia, aumentando de intensidade.
Em viver, ganhei nova vontade…
Quando aquele clarão chegou à minha beira, parou. Com os olhos feridos por tanto brilho, quase nem reparava num vulto que de branco andava e me dizia ser o Filho do Homem, ressuscitado.
Só me lembro que me disse: “Sai como eu saí. És agora um homem novo.”
Num ápice, olho à minha volta e já não vejo sinais do meu Salvador.
Depois, aproveitando aquela luz que Ele me deixou, saí daquele suplício.
Já cá fora, respirando o ar da mãe natureza, constatei que saber esperar é também uma das grandes virtudes do ser humano….

Carlos Vieira de Castro
Carlos Vieira de Castro

Membro desde: 19/06/2018

Biografia: Publico no Kd Frases, com os heterónimos Carlos De Castro e Carlos Vieira de Castro. São a mesma pessoa. Sou eu.

Frase do Dia

As mentiras mais detestáveis são as que mais se aproximam da verdade.

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