Frases de Memória (adicionadas pelos usuários)


KABRAL ARAUJO
Minha MÃE nunca gostou que meus irmãos e, principalmente, eu (franzino) entrássemos em quaisquer tipos dos confrontos físicos, até nas rixas-brigas orais
(hoje, bulling).
E, se "voltássemos chorando/queixando-nos", ela, nos corrigia (o tamanco "assoviava" nas nádegas), fora o que nós já tinhamos "apanhado".
Depois, dos curativos necessários, as orientAÇÕES "diplomáticas" doravantes.
"Eu não gerei galos de brigas" - Dizia ela no seu brevíssimo discurso antecedente às "correções".
E, meus irmãos e eu, aprendemos DELA:
1) "leve dois sacos; pois, se vai levar UM, também, UM outro você irá trazer.
2) "a educAÇÃO demove qualque intenção".
3) "ser "macho" é, uma representAÇÃO muito grotesca, para o gênero (SER) humano e, animal racional".
4) "a força é uma unidade física e, NUNCA uma carga/quantidade emocional."
5) "quando as palavras falham, são porque as (5x) ignorâncias já se instalaram."
6) "ser imbecil, não é responsabilidade de quem ensina; mas, talvez, da conduta irregular de quem aprende."
7) "quem vive para BRIGAR, é porque NUNCA aprendeu\soube ou quis conversar."
8) "enquanto eu viver, quero me orgulhar de dar-lhes a educAÇÃO; na escola busquem a cultura e, conjuntas formem-se como seres evoluídos. Minh'alma e a "fama materna" agradecem."
(...)

Essa era a DªQUITÉRIA
(IN MEMORIAM)
Poucos "estudos", todavia, MUITÍSSIMOS aprendizados\legados aos nossos conhecimentos.

"NÃO BATA, converse/dialogue e, se necessário CORRIJA!"
Inúmeras vezes "um esquentada no couro" nos fará lembrar para o resto das nossas vidas que, "uma marca" nos aguça na "ligação da memória" às causas/cousas corretas da VIDA.
No passado, choramos um pouco para realmente (caso queiramos) APRENDER; do que num presente próximo ou num futuro presente, venhamos a ter muito que SOFRER e, sem tempo para nos arrepender.

Newton Jayme
Tempo, mestre estranho e severo,
Ensinas, mas desfiguras o meu ser.
Trazes o canto,
Mas a voz se perde em vão;
Dás-me o desejo, mas temo,
Pois o epílogo é o fim do coração.

Fazes-me vigoroso
Pela manhã e ao meio-dia,
Mas à tarde, à noite,
Me arrastas, sem alegria.

Recebes-me na infância,
Viva e bela,
Mas devolves-me,
Na velhice, uma janela
De memórias trincadas,
Quebrada de dor.
E, no desfecho da festa,
Meu corpo é só temor.

Caminho por um beco
Onde a luz se esvai,
O ar me falta,
O tempo cresce,
E o que atrai?

Em cada passo,
Mais forte
É o meu lamento,
Pois o tempo, cruel,
Não cede um momento.

Tempo, não quero
Ser teu fiel discípulo,
Não sou teu prisioneiro,
Nem teu cúmplice.
Corres para
O meu ocaso,
Não há redenção,
Não és amigo,
És só quimera e solidão.
Temperas a saudade
Com dor sem calma,
Fazendo-me perder
Até a própria alma.

És caminho sem retorno,
Cruel ostentação,
Um suborno sem término,
Sem sonhos e libertação.
Não tenho a mágica porção,
Não sei como vencer,
Sou só aprendiz,
A sofrer e a guardar lições.
Busco a mim mesmo,
Mas, em meu olhar,
Há só incertezas
Sobre o que é o meu desatar,
Meu destino, meu futuro lugar!

Não quero o sono
Que me arrasta e fere,
Quero o despertar,
A vida que me incendeia,
Quero a chama
Que na alma me devora
Sem me consumir,
Quero a arte de amar,
Com amor que nunca tarde.

Não desejo a apoteose
Que me traz o abismo;
Busco o contínuo despertar,
O eterno criar, o otimismo.
Quero viver, enquanto
O tempo me for dado,
Porque, a cada instante,
Sou por ele
Devorado e vencido,
Mas jamais me dou
Totalmente por derrotado.
Sou determinação –
Incansável prodígio!