Frase de Newton Jayme
 | “ Ó, escutai! Ergo-me do amor que não termina, Da vigília profunda onde a saudade se arma, Do brado que vence serras e abismos E se estende além do território do medo. Sou da luz que o tempo não subjuga, Fogo primevo rompendo o breu; Do silêncio que detém montanhas, Da memória que desafia o firmamento E nele finca seu estandarte. Se o amanhã me vergue por um sopro, Se a hora mudar o pulso do mundo, A fé, velha guardiã das guerras íntimas, Ergue-se inteira — pronta a golpear — E reacende o ímpeto no peito. Se a dúvida, serpente fria, me cercar E a sombra erguer sua bandeira de gelo, Eu me alço — não por fado, mas por escolha — Tempestade em avanço, clarão rasgando campos, Vento que não negocia passagem. Quando a noite deixa o silêncio em fúria E a lua se curva sob seu próprio peso, A lembrança, essa sentinela incansável, desperta E convoca a coragem ao combate. E se deuses ou destinos rivais intentarem Alterar o céu, o mar, ou a cor do caminho, Levantarei meu canto — lâmina de voz — E o lançarei contra o escuro, Eu, trovador que atravessa eras sem dobrar o joelho. Que o rumo mude, que o vendaval ruja, Que a terra estremeça ao meu erguer: No peito arde um canto indômito, Herança de um fogo que não conhece fim. Avante, minh’alma de amor guerreiro; Mesmo entre sombras, sustém teu passo. O amor — fulgor que acende mundos — Não se retrai, não se dobra: É força que vinga o tempo.” |
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