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Frase de Vanessa Brunt

Frase adicionada por vanessabrunt em 07/04/2018

“(...)É que pensei que ali não teria freio
Não teria tabuleiro
Não teria par de ás
Pensei que ali
Não havia estaleiro
Não seria celeiro
Remo sem ter cais

Só que lá então nos vejo
Sem conhecer a reta.
Eu deixei a casa pronta
Para nos receber
Se você arrombasse a porta
E fizesse a hora certa
Porque maturidade
Meu bem,
É descaber.
Disseram, certa vez
Que se tratava de ir com mais calma
De não tanto se irritar
De não tanto entantecer.
Maturidade não é nada disso
Quando trata de dupla palma
É sobre saber ir rápido
Sobre enlouquecer.

Maturidade é viver fora de padrões
Que não seguem o que gostaríamos de receber
Maturidade é gritar no meio mar
É pular de um carro para não empedrar
É não jogar, não emudecer.
Maturidade é saber ir às pressas
Não ter medo da queda
Não ter nada a vencer.
Maturidade é a mão que trafega
No outro olho:
E, coitado
Se ele não merecer.

Maturidade é saber ré e tentar
Saber quando parar
Saber, então - então! -, se segurar.
Mas não é ir pausando
Ir quase parando
Ir quase matando
Ir quase.
Maturidade é à porta
A porta
Aporta
Ela fica louca
Até perder a crase.

E mais importa minha poesia
Minha sala cheia vazia
Outros ângulos da floresta.
Eu basto me bastar
Escrevo sobre acalcar
Sobre o que mata e o que presta.
Mais vale minha unha, minha
Minha alma inteira e sozinha
Minha mão na minha testa.
Mas só até
Outro amor chegar
Porque não tenho medo
De engolir mar
Meu medo
É ser cadáver
Na festa.”

― Vanessa Brunt

Imagem da Frase:

(...)É que pensei que ali não teria freio
Não teria tabuleiro
Não teria par de ás
Pensei que ali
Não havia estaleiro
Não seria celeiro
Remo sem ter cais

Só que lá então nos vejo
Sem conhecer a reta.
Eu deixei a casa pronta
Para nos receber
Se você arrombasse a porta
E fizesse a hora certa
Porque maturidade
Meu bem,
É descaber.
Disseram, certa vez
Que se tratava de ir com mais calma
De não tanto se irritar
De não tanto entantecer.
Maturidade não é nada disso
Quando trata de dupla palma
É sobre saber ir rápido
Sobre enlouquecer.

Maturidade é viver fora de padrões
Que não seguem o que gostaríamos de receber
Maturidade é gritar no meio mar
É pular de um carro para não empedrar
É não jogar, não emudecer.
Maturidade é saber ir às pressas
Não ter medo da queda
Não ter nada a vencer.
Maturidade é a mão que trafega
No outro olho:
E, coitado
Se ele não merecer.

Maturidade é saber ré e tentar
Saber quando parar
Saber, então - então! -, se segurar.
Mas não é ir pausando
Ir quase parando
Ir quase matando
Ir quase.
Maturidade é à porta
A porta
Aporta
Ela fica louca
Até perder a crase.

E mais importa minha poesia
Minha sala cheia vazia
Outros ângulos da floresta.
Eu basto me bastar
Escrevo sobre acalcar
Sobre o que mata e o que presta.
Mais vale minha unha, minha
Minha alma inteira e sozinha
Minha mão na minha testa.
Mas só até
Outro amor chegar
Porque não tenho medo
De engolir mar
Meu medo
É ser cadáver
Na festa. (Vanessa Brunt)

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“O amor, para ser amor, precisa de amizade. A amizade precisa de intimidade. A intimidade precisa de conexão. A conexão precisa de confiança. A confiança precisa de verdade. A verdade precisa de caráter. O caráter não precisa de nada, ou ele é ou não é.”

― Vanessa Brunt

“Um sábio grosseiro vira burro.(...)
A gentileza dá beleza ao feio
E inteligência ao inteligente!
A estupidez deixa o esperto, inepto
E faz do lindo, um feio demente.”

― Vanessa Brunt

“Respira fundo:
Ainda há muito
Respira fundo:
Ainda há muito ar
Respira fundo!
Ainda há muito ar novo para respirar (ufa!)”

― Vanessa Brunt

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Vanessa Brunt

Vanessa Brunt

Nascimento: 17 de Julho de 1995 (28 anos)

Membro desde: 30/01/2014

Biografia: Vanessa Brunt é poetisa, contista, cronista e ficou conhecida na web pelas suas frases irreverentes, que trazem diversas brincadeiras com palavras. Ressignificando termos, a autora (de mais de oito livros) costuma partir palavras e fazer jogos de sentidos em trechos variados.

Frase do Dia

“As coisas, os acontecimentos, a felicidade, o amor e o sofrimento restariam frustrados, se se conservassem mudos e a gente se limitasse a saboreá-los e experimentá-los.”

— Thomas Mann

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