Frase de Gustavo Santos

Frase adicionada por gustavo55 em 10/07/2019


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Não avistamos outra vez o lusco- fusco
Aquela tarde foi talvez a última rosa 
E a última luz detendo a sombra.

É triste, não temos mais aquele súbito dia poeirento
Já não nos pertencem nem a paz e as corolas
Nem a campina e o vento, nem a noite e o canto.

Amor, já não nos espera o lusco- fusco
Já não nos divisa o negro rio de tua cabeleira
Em abismo e sal caíram a estrela e o critério
como uma verde planta rebentada pela onda.

Oh escura tumba dos meus beijos,
Oh solitude de um pássaro desmembrado,
Minha alma recorda teus profundos olhos
como uma lembrança de raíz amarga.

E já não nos pertence o sol do bosque,
Acima de nós o céu arde sem a lua
Em minha mão o mel abandona as palavras
Já noutro tempo meus versos emergiam
Com outra luz, outra voz e outra música. (Gustavo Santos)
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