Frase de Gustavo Santos

Frase adicionada por gustavo55 em 24/03/2020


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Eles seguem desesperados em cantos de oração. 
Como se apenas agora a terra precisasse de ajuda, 
Como se por séculos o mundo já não vivesse doente, 
Cegos de egoísmo, embriagados de soberba e orgulho. 
Porque depois de tanto eles pedem por clemência? 
De era em era, a cada tocar de sino ou soprar de bandeira
Nascem repetidas tragédias pelas ruas da morte. 
Bocas sem alimento, homens e mulheres sem residência, 
Pés descalços, mãos frias, vazias de esperança. 
Não de agora as calamidades batalham nações. 
Antes de nós milhões faleceram em guerras pandêmicas, 
Cotidianamente a miséria entrega à terra os defuntos
Mas só agora, não ontem e nem antes de ontem, 
Só agora eles ordenam juntos a prece crua e vã, 
Eles seguem em janelas rezando e eu sigo recluso. (Gustavo Santos)
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