Frase de Gustavo Santos
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| “ Eles seguem desesperados em cantos de oração. Como se apenas agora a terra precisasse de ajuda, Como se por séculos o mundo já não vivesse doente, Cegos de egoísmo, embriagados de soberba e orgulho. Porque depois de tanto eles pedem por clemência? De era em era, a cada tocar de sino ou soprar de bandeira Nascem repetidas tragédias pelas ruas da morte. Bocas sem alimento, homens e mulheres sem residência, Pés descalços, mãos frias, vazias de esperança. Não de agora as calamidades batalham nações. Antes de nós milhões faleceram em guerras pandêmicas, Cotidianamente a miséria entrega à terra os defuntos Mas só agora, não ontem e nem antes de ontem, Só agora eles ordenam juntos a prece crua e vã, Eles seguem em janelas rezando e eu sigo recluso.” |
Gustavo Santos