Frase de Diogo Mainardi
 | “ 26 de junho de 2002, Revista Veja, Parte II (...) A bandeira nacional foi projetada por Teixeira Mendes e Miguel Lemos. Eles eram positivistas. Daí o "Ordem e Progresso". Miguel Lemos chegou a fundar a Igreja Positivista do Brasil. Existe até hoje, com sede no Rio de Janeiro. O secretário-geral é Danton Voltaire Pereira de Souza. Seu nome é muito apropriado. O positivismo brasileiro sempre conservou suas raízes francesas, rejeitando a influência dos Estados Unidos. Para a Igreja Positivista do Brasil, Paris é a "cidade sagrada", onde morou o fundador do positivismo, Auguste Comte. O "apartamento sagrado" de Comte, situado à Rua Monsieur Le Prince, 10, 3° andar, é meta de peregrinação dos positivistas brasileiros. Os fiéis da Igreja Positivista do Brasil costumam reunir-se aos domingos, no Templo da Humanidade. Escutam prédicas e máximas positivistas, como "A mulher deve ser posta ao abrigo das necessidades materiais para que se possa dedicar às atividades próprias do lar". Antes disso, hasteiam a bandeira ao som do hino da bandeira e da Marselhesa, o hino francês. Pode parecer contraditório que a igreja fundada pelo idealizador de um dos maiores símbolos nacionais, a bandeira, cultue o hino de um país estrangeiro. Mas o Brasil é assim: todos os nossos movimentos nacionalistas tiveram origem no exterior, tanto na política quanto na cultura. O pior é que essas idéias sempre chegaram meio deturpadas, meio transviadas. Como o positivismo, que em nenhum lugar do mundo foi levado muito a sério, mas que no Brasil virou religião. É bom desconfiar de quem se diz patriota. Assim como é bom desconfiar de quem se diz democrático. Aliás, desconfie de tudo.” ― Diogo Mainardi |
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