 | “ (...) Desde que assumiu o cargo, o ministro da Educação, Cristovam Buarque, repete que o importante não é medir a quantidade de alunos nas escolas, mas a qualidade do ensino. Ele sempre pede mais recursos para atingir o objetivo. Chega até a incitar passeatas de estudantes contra seu próprio governo. Quando é hora de agir, porém, Cristovam Buarque esquece tudo isso e promete erradicar o analfabetismo oferecendo cursos de seis meses a 20 milhões de iletrados. Quantidade, não qualidade. Basta ler um jornal para perceber que se trata de mais um embuste eleitoreiro. A SORTE DOS NOSSOS GOVERNANTES É QUE OS BRASILEIROS SÃO ANALFABETOS E NÃO CONSEGUEM ENTENDER UM ARTIGO DE JORNAL. Para melhorar a qualidade de ensino, o Ministério da Educação criou um provão para professores. O provão é voluntário. O professor pode ou não se submeter a ele. Difícil entender a lógica dessa medida. Se um professor não sabe sua matéria, é melhor demiti-lo. Se uma escola não ensina, é melhor fechá-la. O salário dos professores demitidos deveria ir para o bolso dos professores competentes. O dinheiro das escolas fechadas deveria ir para as escolas que sabem ensinar. Se faltarem professores competentes para atender a todos os alunos do país, a solução é o telecurso. Uma televisão em cada sala de aula. Os professores incompetentes podem ser convertidos em bedéis.'' (...) Revista VEJA, setembro de 2003” |