Coleção de Frases e Pensamentos de ALESSANDRO DE ALMEIDA


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Alessandro Teodoro
Com tanto humano latindo, muito em breve, dialogar será privilégio dos cães.

Há uma medonha cacofonia tomando conta do mundo.

Fala-se muito — mas ouve-se quase nada.

As palavras, outrora pontes entre consciências, hoje se erguem como muros de pura vaidade.

Infelizmente, o verbo já está perdendo o dom de unir.

Transformando-se em arma, em ruído, em reflexo de uma humanidade que insiste em confundir - por descuido ou capricho - tom e volume com a razão.

Cada um late a própria certeza, a própria verdade,
defendendo-a como quem protege um osso invisível.

Nos palcos digitais, nas praças e nas conversas de esquina,
o diálogo virou duelo,
a escuta, fraqueza,
e o silêncio — que quase sempre foi sabedoria —
agora é interpretado como rendição.

Latimos para provar que existimos,
mas quanto mais alto gritamos,
menos presença há em nossas vozes.

Perdemos o dom de conversar
porque deixamos de querer compreender.

Estamos quase sempre empenhados em ouvir só para responder.


Talvez, por ironia divina,
os cães — que nunca precisaram de palavras —
sejam hoje os últimos guardiões do diálogo.

Eles não falam, mas entendem.
Não argumentam, mas acolhem.
Escutam o tom, o gesto, o invisível...

Enquanto o homem se afoga em certezas,
o cão permanece fiel à simplicidade da escuta.

E quando o mundo estiver exausto de tanto barulho,
talvez apenas eles saibam o que significa realmente conversar:
olhar nos olhos, respirar junto,
e compreender o que o outro sente —
antes mesmo de dizer.

Porque, no fim das contas,
o diálogo nunca foi sobre ter razão,
mas sobre ter alma suficiente para ouvir.

E talvez, enquanto o humano retroalimenta o medo do cão chupar manga,
o maior — e único — medo do cão
seja o humano latindo.

Alessandro Teodoro
Alessandro Teodoro
Sempre houve, há, e infelizmente sempre haverá pessoas inidôneas em todas as searas profissionais.

Especialmente nas que são intrínsecas às nossas necessidades mais básicas.

Quer seja na Saúde, na Educação, na Segurança…

Ou até na seara Religiosa.

Esta última, infelizmente, é a que abriga os mais apaixonados.

Nela, se não fossem os inidôneos, talvez o próprio Cristo não tivesse experimentado a mais medonha sinergia das fúrias humanas: perseguição, entreguismo e crucificação.

E para sustentar a premissa de que o crime jamais se sustentaria sem a coparticipação de parte do Estado — e de uma esmagadora parcela do povo —, há a retroalimentação do fanatismo.

Apaixonados que passam pano para desvios de conduta das suas paixões.

Ninguém do povo, com ao menos dois dos oitenta e seis bilhões de neurônios ativos,
deveria acreditar cegamente
que líderes religiosos e profissionais da segurança
são sinônimos de idoneidade.

Isso é mau-caratismo, capricho, fanatismo — ou ambos.

Foi-se o tempo das vocações…

Elas ainda existem, é verdade!

Mas os verdadeiros vocacionados são muito raros.

Nos bons e velhos tempos, poucos se vendiam.

Líderes religiosos eram quase sinônimo de santidade,
e policiais — de honestidade.

Infelizmente, a vocação levou uma rasteira da vaidade —
e muita coisa mudou.

E, infelizmente, para pior.

Hoje, o que se vê
é quase pura vaidade pela carreira, pelo status quo.

Só temo pela molecada…

E, pasmem, chamá-la de Nutella é bem mais fácil que ao menos tentar ser exemplo!

Ela segue cada vez mais sem norte, sem ter no que — e em quem — se espelhar.

Nos bons e velhos tempos em que muitos Moleques queriam ser Homens, não havia tantos homens fazendo papel de moleques.

Alessandro Teodoro
ALESSANDRO DE ALMEIDA
ALESSANDRO DE ALMEIDA

Membro desde: 22/06/2023

Biografia: Prefiro me preservar no Direito de não me Descrever para não tropeçar no infortúnio de me Enaltecer ou me Limitar.

Frase do Dia

E acho que eu simplesmente amo as pessoas demais, tanto que chego a me sentir mal.

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