Coleção de Frases e Pensamentos de Flavio Rabello


686 frases




Flavio Rabello
Tempo ao Tempo.
Sem pressa.

Em resumo, com a devida vênia dos historiadores, antropologistas e estudiosos da evolução dos humanos, a seguir estão relacionadas as espécimes de nove ancestrais do Homo sapiens:

– Sahelanthropus tchadensis (6 – 7 milhões de anos atrás - a.a);
– Kenyanthropus platyops (3,5 milhões de a.a);
– Australopithecus afarensis (3 – 3,9 milhões de a.a);
– Paranthropus boisei (1,4 – 2,3 milhões de a.a);
– Homo habilis (1,6 – 2,5 milhões de a.a);
– Homo ergaster (1,5 – 1,8 milhões de a.a);
– Homo erectus (0,4 – 1,8 milhões de a. a);
– Homo heidelbergensis (0,2 – 0,6 milhões de a.a);
– Homo neanderthalensis (0,03 – 0,3 milhões de a. a); e
– Homo sapiens (0,2 milhões de anos atrás até o presente).

(fonte: https/hypescience.com)

O descrito anteriormente busca fazer uma cronologia da evolução humana, com base no que foi possível concluir, a partir dos fósseis estudados até hoje. Ainda faltam muitas peças no quebra cabeça da evolução humana, por exemplo, o tão procurado "elo perdido", a espécime com características de primatas e de humanos, que explicaria um importante passo da humanidade em sua fascinante aventura sobre o planeta Terra.

Pois bem, nesse emaranhado e intrigante contexto da evolução humana chegamos em 2021 d.c. vagando em ponto azul do Universo, girando em torno do Sol, uma dentre outras bilhões de estrelas da Via Láctea, dentre outros dois trilhões de galáxias do Universo observável, em evolução há 13,8 bilhões de anos, sem falarmos no Multiverso.

Como vemos...o tempo não tem pressa.

Flavio Rabello
Tempo ao Tempo.
Vista cansada.
Otto Lara Resende.

Revendo meus guardados deparei-me com a crônica escrita em 23/02/1992, por Otto Lara Resende, abaixo transcrita, suprimindo a introdução do texto por questão de espaço.

"Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não-vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.
Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.
Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.”

Otto Lara Resende.

Flavio Rabello
Flavio Rabello

Membro desde: 04/08/2018

Biografia: Sob o título "Tempo ao Tempo", por meio de crônicas e textos, busco levar reflexão aos leitores, com base em fatos corriqueiros da vida e em experiências vivenciadas por mim.

Frase do Dia

A guerra é um massacre de homens que não se conhecem em benefício de outros que se conhecem mas não se massacram.

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