| “ Não temo a morte, porque haveria de a temer? Não somos eternos tudo tem um fim, e não Será diferente para mim… Não temo a morte… Porquê? Talvez pela certeza ter, de que só fisicamente Irei desaparecer, porque meu espírito noutro Plano irá continuar a viver… Não temo a morte, respeito-a… Ou talvez tema a causa dela, Porque nem todas os meios de morrer, são Curtos e rápidos, há outros que nos levam As dores intensas padecer… Demora-se tempo demais a os olhos fechar, Os sentidos a adormecerem, para na eternidade Se pudermos e a isso direito termos descansar… Não temo a morte, sinceramente há que aceitar O destino que nos está traçado, e seja a causa que for, Ela há-de vir-me buscar, e eu de boa vontade irei, Livre do corpo/da matéria, da mente, só o espírito Ansioso e preparado para as portas do céu passar E aos pés da Luz do meu Criador eu ajoelhar, e perdão pedir… Ah, não temo a morte, e como não há como lhe fugir, A única coisa que lhe pedirei antes de com ela me levar, É que me deixe dos que eu amo despedir, Que me dê tempo de rosas brancas no canteiro do meu jardim plantar, Para quando a primavera chegar, elas possam florir, E o coração, a saudade de quem me ama eternamente acalentarem… Não temo a morte, e só tenho a agradecer, por mais uma vida O Criador me ter dado para poder evoluir e a Ele poder ascender…” |