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Mário Pereira Gomes
Coleção de Frases e Pensamentos de
Mário Pereira Gomes
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4.047 frases
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Antes de de Harari falar em ficções consensuais, o historiador e cientista político Benedict Anderson falava de comunidades imaginadas. Para Anderson, as nações são socialmente construídas e mantidas por meio de símbolos como a bandeira, a religião, a comida, o idioma e a narrativa oficial da história do país. Então mesmo que eu não conheça pessoalmente cada um de vocês eu ei que, pelo fato de morarmos na mesma nação, compartilhamos certos aspectos de nossa identidade. O que ideologias extremistas, geralmente em pares, fazem é criar comunidades imaginárias hostis dentro dessa comunidade imaginária maior que chamamos de Estado-nação. À medida que essas comunidades violentas crescem elas instalam o medo e a desconfiança nas pessoas. Vizinhos, amigos e familiares passam a se ver como estranhos perigosos que devem ser evitados ou eliminados em casos mais graves. Se nada for feito as ideologias irão corroer as instituições democráticas, as relações sociais dar-se-ão somente por atos violentos e em última instância uma guerra civil eclodirá trazendo muito sofrimento para milhões de pessoas.
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Mostrar cenas de famintos e pessoas procurando comida no lixo como se isto representasse o fracasso do capitalismo é um erro. O objetivo do sistema capitalista é única e exclusivamente a expansão do Capital.
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É difícil agredir fisicamente, mais ainda matar, uma pessoa que vive perto de você. Praticar atos violentos com estranhos é mais fácil; se você puder cometer tais atos de longe mais fácil ainda. As redes sociais junto com os drones são a mais recente tecnologia que causam sofrimento à distância.
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Se Lula disputar a eleição de 2022 e o centro ficar dividido entre muitos candidatos, então é provável que o PT volte ao poder já no primeiro turno. Se os votos do centro e dos bolsonaristas arrependidos concentrarem-se em Moro, então veremos um segundo turno entre Lula e o ex-juiz.
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A variante ômicron mostra que não adianta vacinar-se 70% da população de um país se em outro não se vacinou nem 25%. Ameaças globais demandam soluções globais.
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Os cristãos dos primeiros séculos da Era Comum perguntavam-se como seria o corpo delas ao ressuscitar. Seria o de quando elas morreram, de quando elas eram adultas ou crianças? Teria os defeitos de nascença ou seria perfeito? Para responder tais perguntas o apóstolo Paulo argumentou que os justos voltariam à vida não com o corpo que tinham ao serem enterrados, mas com um “corpo glorificado” feito de uma substância mais refinada do que a dos corpos humanos. Por isto que ele usa σᾰ́ρξ (sárx/carne) para falar do corpo mortal que temos e σώμα (sóma/corpo) quando é esse corpo imortal que os justos terão ao serem ressuscitados para a vida eterna.
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Imagine que você pediu para o Facebook um arquivo que tem todas as informações que coletaram de você. O que você fará com as informações contidas em tal arquivo? Provavelmente não muito, pois é um tipo de informação que só se torna útil/legível em massa por instituições centralizadas que possuem o poder computacional necessário para coletar, processar e analisar uma quantidade tão grande de dados. É neste ponto em que democracias ocidentais, Big Techs e regimes autoritários se encontram. Não adianta querer voltar para uma época sem internet, então o que devemos fazer é criar tecnologias sociais para que a internet no futuro seja um instrumento de prosperidade humana.
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O que o caso da "novinha de Aristides" mostra é que o compromisso da esquerda com a verdade é mera conveniência, que ela não vê problema algum em zoar Bolsonaro como homossexual já que ele é do grupo adversário e de que as pessoas às vezes mentem mesmo sabendo a verdade para não aumentar a coesão do grupo e não serem vistas como dissidentes. Obviamente isto também serve para a direita que é tão capaz de cair em falácias lógicas e vieses cognitivos quanto a esquerda. O problema é que cada grupo é completamente cego para seu comportamento, mas muito bom em dissecar o comportamento do outro grupo.
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A nova variante é chamada de ômicron por ser a 15ª letra do alfabeto grego. A OMS pulou duas letras nu (ν) e xi (ξ) porque a primeira letra ao ser pronunciada assemelha-se bastante a palavra "new", enquanto que a segunda tem a mesma pronúncia do sobrenome do atual presidente da China.
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O cartaz e o trailer de um filme brasileiro que estreará no final do corrente mês causou celeuma nas redes sociais. O motivo foi o fato do curupira ser representado como o demônio da floresta. Acusaram o filme de O que isto mostrou para mim é o quão pouco as pessoas sabem sobre o folclore do país em que vivem. Essa raiva vem do fato das pessoas terem consumido apenas as versões infantis do folclore mundial. Elas esquecem que antes dos contos e lendas serem compilados por autores, muitos deles brancos, e publicados em livros infantis para um público urbano, as narrativas eram marcadas por vários tipos de violência como estupro e canibalismo. Como essas versões foram produzidas no contexto histórico da formação das identidades nacionais, não era de bom tom ter um folclore repleto de violência, moralidade ambígua e relações sexuais rejeitadas pelas normas sociais. É irônico perceber que grupos étnico-religiosos vêem como ofensivo as narrativas dos seus antepassados, enquanto defendem com unhas e dentes as versões de e para um outro tipo de sociedade.
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Um dos mitos da Segunda Guerra Mundial é de que a derrota alemã ocorreu por Hitler ter comandado pessoalmente as forças armadas, ao invés de deixar a tarefa para os militares. Como era de se esperar, tal mito foi criado pelos generais para salvar a própria reputação e jogar toda a culpa do desastre militar sobre Hitler. O fato é que a Alemanha nunca teve chances de vencer uma longa guerra de desgaste contra os poderes combinados de EUA, Império Britânico e URSS. Uma vez que essas três nações entraram no conflito como aliados, a questão não era mais se a Alemanha perderia a guerra, mas de quando ela seria derrotada.
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Por fim, vale destacar que a Grã-Bretanha seguiu um caminho distinto do da França por não ter vivenciado uma patrimonialização do Estado. Sem este empecilho as elites britânicas puderam formar coalizões, barganhar com a coroa e criar um Estado moderno.
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Com a dívida sendo administrada por um banco público e o Estado sob controle das elites, a Grã-Bretanha pôde aumentar sua dívida para níveis estratosféricos à taxas de juros muito baixas. Assim, o crédito abundante permitiu que a coroa britânica não só vencesse a França na Guerra dos Sete Anos e nas Guerras Napoleônicas como a Alemanha nas duas guerras mundiais.
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Por falar em Grã-Bretanha, esta criou no final do século XVII um Estado moderno com governo responsivo no qual as elites formaram uma coalizão que resultou na limitação do poder monárquico e na monopolização dos impostos nas mãos das elites através do Parlamento. Assim, as elites britânicas aceitaram serem taxadas e com isto a arrecadação de impostos cresceu vertiginosamente. Além disso, o país passou a dispor de mecanismos de financiamento público dentre os quais se destaca o Banco da Inglaterra (1694) que monopolizou a dívida pública até que todo o financiamento da coroa britânica fosse canalizado através dele; deste modo o banco poderia usar as receitas públicas para o pagamento da dívida nacional.
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Constantemente o rei usava seu poder para aumentar, diminuir ou mesmo isentar um grupo de um determinado imposto com o intuito claro de jogar um grupo contra o outro. Desse modo aumentou-se a desconfiança mútua nos estamentos, impediu a formação de coalizões capazes de limitar o poder monárquico e impor um uso mais racional do dinheiro público e deixou os monarcas franceses livres para seguir com suas infindáveis guerras que eram a normalidade para a Europa da época, exceto a Grã-Bretanha.
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A estratégia de dividir e conquistar as elites tornou-se ainda mais enraizada na coroa francesa depois da Fronda (1648-1653) em que a nobreza e o Parlamento lutaram contra o poder real para limitar seus poderes, principalmente o de tributação. Esse conflito intra-elite terminou com a vitória do rei, mas falhou em subjugar totalmente a aristocracia. O fato de que um ano depois da Fronda começar, do outro lado do Canal da Mancha, o rei Carlos I tenha sido executado pelo Parlamento deve ter assombrado Luís XIV.
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Uma das consequências dessa busca insaciável por dinheiro a partir de fontes privadas, para financiar suas guerras, era os constantes defaults da coroa francesa para com seus credores. A má fama da coroa francesa resultou em juros cada vez mais altos e parcelas com data de vencimento cada vez menores. Isto significava que uma parte crescente do PIB francês era para pagar os juros e amortizações da dívida criada e alimentada com muito carinho pelo rei.
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Contando com tais fontes vultuosas de renda no curto e médio prazo, o monarca não precisava mais negociar com os Estados Gerais; o que poderia resultar numa limitação de seus poderes absolutistas. Tanto é que antes de 1789, a última vez em que foram convocados foi no ano de 1614. A partir de então, e mais do que nunca, os privilégios seriam negociados não mais na arena pública dos Estados gerais em que grupos poderiam formar coalizões e trocar aumento dos impostos por maior poder político como se deu no século XVII na Inglaterra, mas sim entre indivíduos diretamente com o rei.
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Essa característica descentralizada das elites francesas permitiu ao monarca financiar seus gastos, mormente os militares, por meio de fontes privadas como a venda de cargos e o tax-farming. Esta técnica de gestão financeira se dava da seguinte maneira: o rei cedia o direito de coletar impostos para indivíduos que ficavam com parte do montante para si. Com o tempo o cargo se tornou hereditário e grandes financistas, mesmo de fora da França, assumiram a coleta de impostos em províncias inteiras.
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Para se ter uma noção da fragmentação da França, o Parlamento de Paris não era o único existente e o país encontrava-se dividido em généralités (divisões administrativas da França sob o Ancien Régime) distintas. Existia os Pays d'états, os Pays d'élection e os Pays d'imposition. Os primeiros consistiam em províncias que conservaram a assembléia representativa das três ordens - clero, nobreza e terceiro estado - cujo papel era de negociar o aumento de impostos com os funcionários do rei (intendentes), dividir a carga tributária por diocese e paróquia e controlar a arrecadação de impostos. Já os segundos tratavam-se de províncias sob jurisdição dos eleitos dos Estados Gerais até que foram substituídos a partir de 1614 pelos intendentes. Já os últimos consistiam em territórios recém-conquistados nos quais estava ausente formas autônomas de governança, e que se encontravam sujeitos à administração direta do rei por meio de seus intendentes.
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Somente após o fim da Guerra dos Cem Anos (1337–1453) é que o monarca se viu capaz de exercer um controle mais direto sobre a França, mas dado o desenvolvimento político independente das províncias foi necessário acomodar as elites locais ao novo status quo. Isto significou a manutenção de privilégios feudais e sistemas distintos de legislação e tributação resultando numa burguesia, mas principalmente numa nobreza que diferia muito em seus interesses de um lugar para o outro.
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A França durante o Medievo (987-1498) foi marcada pela fragmentação política e pelo fato das instituições régias nunca exerceram controle de facto para muito longe de Île-de-France. À medida que foi subordinando novos territórios ao poder central, o monarca francês deparou-se com entidades políticas já com um histórico de governo autônomo.
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Se você tem filhos ou irmãos já deve ter se deparado com a situação de ter que, no primeiro caso, comprar um mesmo presente para ambos ou no segundo caso ter que dividir um pedaço de bolo em partes iguais. Esse igualitarismo, uma marca presente nas sociedades caçadoras-coletoras tanto do passado quanto do presente, é uma estratégia para impedir que o outro ganhe mais do que você. Não que todas as sociedades do Paleolítico fossem igualitárias como se pode ver pelos esqueletos descobertos em Sungir na Rússia; apenas que existia uma pressão muito forte para que nenhum membro do grupo se destacasse muito dos demais. Então, a Revolução Neolítica proporcionou as condições para que alguns grandes homens não só livrassem do igualitarismo imposto pelos seus pares como obtivessem poder e status sem precedentes na História.
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Ao fim das guerras púnicas (264-146 AEC) e das guerras romano-macedônicas (214–148 AEC), Roma tornou-se na superpotência do Mediterrâneo. Esse novo status trouxe consigo o gérmen da derrocada da república romana. A riqueza abundante turvou a fronteira entre as ordens que compunham a sociedade romana: a ascensão social tornou-se algo mais fácil de ocorrer ocasionando numa superprodução de elites. O aumento na quantidade de escravos utilizados nas propriedades rurais da aristocracia resultou num acréscimo do número de romanos pobres, enquanto que as guerras e pilhagens aumentaram o poder e status da classe dos equestres que agora buscaria traduzir seu poder militar em poder político; o que significava sobrepujar a classe senatorial. É neste contexto que ocorrem as reformas militares de Caio Mário que muito contribuíram para o solapamento da república romana. Dentre as reformas marianas destaca-se a adoção da águia como símbolo do Senado e Povo Romanos (SPQR), o recrutamento de soldados entre os cidadãos romanos sem terra, a formação de um exército permanente, a concessão de cidadania romana plena aos aliados italianos, a disponibilização de armas de boa qualidade pelo Estado aos soldados independente da origem socioeconômica destes, a padronização do equipamento militar, o pagamento de soldo regular aos soldados, a reorganização da legião romana na forma de coortes e a introdução de legislação que oferecia benefícios de aposentadoria na forma de concessões de terras. Com isto a lealdade dos soldados passou a ser para com seus generais e não mais o Senado. Não tardou para que tais mudanças, tão profundas e rápidas, provocassem um racha na elite romana: ela se dividiu entre a facção optimates e a facção populares que lutaram encarniçadamente até destruírem a república.
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Em julho de 1941, prisioneiros e membros da SS usavam o pesticida Zyklon B numa das instalações do campo de concentração de Auschwitz para matar ratos; algo comum visto que os corpos ainda eram enterrados em valas que ficavam cheias e transbordavam devido ao processo de putrefação. Um dos indivíduos percebeu que um gato morreu pouco tempo após entrar no recinto. Ao olhar o felino morto, os membros da SS tiveram a ideia de usar o pesticida para exterminar indivíduos ao invés de monóxido de carbono ou a fumaça do escapamento dos veículos. Himmler e Eichmann foram comunicados e aprovaram o uso; logo o pesticida Zyklon B passou a ser utilizado em larga escala para matar aqueles considerados como pragas pelos nazistas.
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Mário Pereira Gomes
Membro desde:
25/06/2014
Biografia:
H+
Frase do Dia
“
A mente é como um pára-quedas. Só funciona se abri-lo.
”
—
Frank Zappa
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