Frase de Mário Pereira Gomes

Frase adicionada por Marius em 17/10/2021

Mário Pereira Gomes
Ao fim das guerras púnicas (264-146 AEC) e das guerras romano-macedônicas (214–148 AEC), Roma tornou-se na superpotência do Mediterrâneo. Esse novo status trouxe consigo o gérmen da derrocada da república romana. A riqueza abundante turvou a fronteira entre as ordens que compunham a sociedade romana: a ascensão social tornou-se algo mais fácil de ocorrer ocasionando numa superprodução de elites. O aumento na quantidade de escravos utilizados nas propriedades rurais da aristocracia resultou num acréscimo do número de romanos pobres, enquanto que as guerras e pilhagens aumentaram o poder e status da classe dos equestres que agora buscaria traduzir seu poder militar em poder político; o que significava sobrepujar a classe senatorial. É neste contexto que ocorrem as reformas militares de Caio Mário que muito contribuíram para o solapamento da república romana. Dentre as reformas marianas destaca-se a adoção da águia como símbolo do Senado e Povo Romanos (SPQR), o recrutamento de soldados entre os cidadãos romanos sem terra, a formação de um exército permanente, a concessão de cidadania romana plena aos aliados italianos, a disponibilização de armas de boa qualidade pelo Estado aos soldados independente da origem socioeconômica destes, a padronização do equipamento militar, o pagamento de soldo regular aos soldados, a reorganização da legião romana na forma de coortes e a introdução de legislação que oferecia benefícios de aposentadoria na forma de concessões de terras. Com isto a lealdade dos soldados passou a ser para com seus generais e não mais o Senado. Não tardou para que tais mudanças, tão profundas e rápidas, provocassem um racha na elite romana: ela se dividiu entre a facção optimates e a facção populares que lutaram encarniçadamente até destruírem a república.

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Ao fim das guerras púnicas (264-146 AEC) e das guerras romano-macedônicas (214–148 AEC), Roma tornou-se na superpotência do Mediterrâneo. Esse novo status trouxe consigo o gérmen da derrocada da república romana. A riqueza abundante turvou a fronteira entre as ordens que compunham a sociedade romana: a ascensão social tornou-se algo mais fácil de ocorrer ocasionando numa superprodução de elites. O aumento na quantidade de escravos utilizados nas propriedades rurais da aristocracia resultou num acréscimo do número de romanos pobres, enquanto que as guerras e pilhagens aumentaram o poder e status da classe dos equestres que agora buscaria traduzir seu poder militar em poder político; o que significava sobrepujar a classe senatorial. É neste contexto que ocorrem as reformas militares de Caio Mário que muito contribuíram para o solapamento da república romana. Dentre as reformas marianas destaca-se a adoção da águia como símbolo do Senado e Povo Romanos (SPQR), o recrutamento de soldados entre os cidadãos romanos sem terra, a formação de um exército permanente, a concessão de cidadania romana plena aos aliados italianos, a disponibilização de armas de boa qualidade pelo Estado aos soldados independente da origem socioeconômica destes, a padronização do equipamento militar, o pagamento de soldo regular aos soldados, a reorganização da legião romana na forma de coortes e a introdução de legislação que oferecia benefícios de aposentadoria na forma de concessões de terras. Com isto a lealdade dos soldados passou a ser para com seus generais e não mais o Senado. Não tardou para que tais mudanças, tão profundas e rápidas, provocassem um racha na elite romana: ela se dividiu entre a facção optimates e a facção populares que lutaram encarniçadamente até destruírem a república. (Mário Pereira Gomes)
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