Coleção de Frases e Pensamentos de Juciane Afonso

347 frases

“Cada palavra tem seu pecado...
Minhas inquietações escalam
Como estrelas cadentes
Uma lua nunca muito brilhante.
Cada letra tem seu destino...
Os pontos também têm um começo e um fim.
Algum dia saberei o motivo do infinito?
Talvez não,
Talvez nunca, ou sim.
Enquanto o tempo passa,
Enquanto acarreta minha alma
Como uma demão de tinta errada,
Desbotada como uma memória que
Eu nunca quis,
Ele roubou minha respiração.
Cada palavra tem seu pecado...
Original, venial, emocional,
Como o mais doce dos crimes,
Como um encontro desapegado
Na expectativa falsa de uma felicidade aparente.
Cada palavra tem seu pecado...
Mas apenas em três há pureza e verdade:
“Eu te amo”.
Três palavras, nenhuma mais.”

― Juciane Afonso

“Momentos felizes são para uma vida toda,
para os momentos perdidos, não há recompensa.”

― Juciane Afonso

“Um amor...
Uma estrela para observar
Onde eu nunca me perdi na noite
Uma essência capaz de me deixar escapar
A dureza da distância
Em nome de uma voz,
de uma memória,
De um fôlego.
Um amor...
Cúmplice no silêncio
Enquanto o coração se assusta,
Parando de bater
E depois luta,
Canta ao vento,
Abre-se para a universalidade da alma
Desnudando horizontes e tremendo,
Alternando sonhos e possibilidades.
Um amor...
Carrega um mundo de coisas.
Até as palavras entre tempos verbais infinitos
E imperfeitos presentes.
Vítima com frequência
De mares inatingíveis,
Luar sem lua e só porque
Ele, o amor, é assim mesmo.
Um mosaico para completar
Com junções de lábios e sonhos acordados,
Porque ele é isso mesmo.
Muitos o conhecem, mas nenhum
Com a capacidade e cumplicidade de um poeta.”

― Juciane Afonso

“Como falar de mim mesma...
Como expor minhas verdades e não me trair?
Como ouvir a voz que das minhas entranhas fala comigo,
Quando a vida lá fora deixa meu ouvido surdo?
Como evitar as grandes palavras
Sem perder toda a grandeza que nelas está?
Como ignorar o quanto de beleza existe
Se eu quisesse escrever com todos os meus sentidos,
O encanto do verbo seria o mesmo do corpo?
Como procurar em mim o que resta
Se é o esquecimento a chave do meu jardim perdido?
Como evitar que ele ceda o verso ao espanto
Sem que a chama misteriosa perca seu brilho?
Quero fazer com que tudo em mim estremece agora
Trema em você que me lê.
E por fim, tudo se transforme finalmente em poesia.”

― Juciane Afonso

“Vou escrever...
E vou continuar fazendo isso
Para me afastar da indefinível inquietação
E alívio que me toma sempre que eu voltar aqui.
Eu vou escrever para impedir o dia-dia de estragar o mar
Em que meus sonhos se escondem.
Eu vou escrever para arranhar a alma e marcar seu nome
Em paredes brancas que não sabem dizer isso.
Vou escrever para alguém que me explique o que é o bem.
Eu vou escrever para pintar a cara das suas cores.
E pensar que o arco-íris é apenas síntese
De um preto e branco que não sabe sorrir.
Eu vou escrever e fazê-lo gritando
Enquanto fora, a umidade das lágrimas
Desenha dores no rosto
De quem esqueceu o sorriso na gaveta da indiferença.
Eu vou escrever e vou fazê-lo porque
Minhas mãos,
Tateiam buscando encontrar seus traços,
Não apenas implantes
De um infinito que
Eu não vou querer descrever.”

― Juciane Afonso

“Me acendo em seu abraço.
Eu fico agitada, a paixão explode,
O toque de mãos que revelam emoções.
Um arrepio e um grito:
" Ah, como te esperei..."
Eu vivo na sintaxe amorosa
Enquanto você pedia às estrelas
Para que estivéssemos juntos
Ao menos uma noite.
Você bebeu da minha alma,
Me vasculhou toda,
Roubou minhas forças, me dominou.
Tomou posse, você sabe
Entreguei a você a mais preciosa flor,
E hoje ela não vive sem você.”

― Juciane Afonso

“Eu quero escrever
Ciente que seja você
O único amor do meu poema
Agora que habitas meu coração.
Sem perder um só instante da nossa calma distraída,
Rasgo palavras da folha que arde.
Sob um manto de estrelas,
A água vai fundindo cores.
Minhas mãos procurando seu rosto,
Retrato a lembrança de uma tatuagem na alma.
Cantiga na janela, salmo,
Oro agradecida, sei que é amor
Pois meu peito queima
Sempre que ouço seu nome.
Do ventre da noite
Você pode tirar os sonhos,
Hermetismo do infinito eu ousava chamá-lo.
Aquele olhar procurando,
O mar na falsa linha de um pôr do sol,
Buscando no horizonte por alguém, alguma coisa...
Mas navegando no profundo dos teus olhos, vejo vida,
Aperta o coração
Desta poeta que versa cores
Dando vida a esmaecida aquarela.”

― Juciane Afonso

“Observo o som da vida,
As coisas do mundo,
Me perguntando sobre o tempo
Que não faz barulho.
No meu senso de não definir
A feira vaidosa da solidão,
Uma coisa é certa, eu amo.
Sinto necessidade disto.
Vou corrigindo meus erros em cada olhar,
Nessa ação sem proteção
A qual não paro de chamar “poesia”.
Sigo escrevendo o som da vida
Ou de uma vida em versos,
Você decide.
Eu pinto sentimentos
Como quadros textuais
Entre rasgar a loucura,
E alguns rasgos de imaginação.
Inspirada, fazendo o som da vida,
Versando em linhas o amor
As vezes incontido;
Pois o amor é um sentimento valioso
Para que fique somente comigo.”

― Juciane Afonso

“Me ame com seus dedos.
Venha escrever seus poemas
Nesta pele cheia de saudade.
Seu mais belo verso,
A rima perfeita,
Só acontece quando está em meu abraço.”

― Juciane Afonso

“Eu vivo dois relacionamentos entusiasmantes:
O primeiro é com as minhas palavras
Com espanto que elas me causam.
O segundo, o que eu prefiro mesmo que de longe,
É entre a minha boca e a sua pele.
Que eu imagino como uma folha de sonhos
Onde escrevo seu nome
E digo que te amo com todas as formas gráficas.”

― Juciane Afonso

“Apresento minha vida,
Neste diagrama não resolvido
De duas almas distantes,
Errantes talvez,
Porém nunca falsas.
Em nosso ser duas metades lógicas
Que refutam um ao outro
Sabendo sempre que são um só ser.
Apresento-me,
Doo-me,
Por amor a você.
Sobre esses riscos de tinta preta,
No decálogo de fundo
da minha existência,
Esperando um relâmpago despertar,
Eletrocutada pela sua luz,
No mal escondido desejo
Para uma mudança de existência neste diagrama
Onde eu só existo por você.”

― Juciane Afonso

“Ninguém é mais só do que quem tem uma solidão que não pode compartilhar.”

― Juciane Afonso

“Nos preocupamos muito com o amanhã.
E quando ele chega, vem diferente, transformado, diluído.
Por isso precisamos acreditar que vem coisa boa logo mais,
Logo adiante, perto do entardecer.
Lá, naquele tempo que ainda não chegou, que está por vir,
Haverá excelentes e não tão bons dias,
Mas também haverá sempre uma mão pra nos sustentar
Vitórias e muitos risos pra comemorar.
Certamente teremos muitos dias de sol e de chuva,
Teremos dias de plantio e de colheita, de chegadas e de partidas.
Confiemos em Deus,
Ele sempre será a margem do rio,
A ponte que nos livra do abismo,
Nosso alicerce, a voz que traz calmaria,
Ele é nosso refúgio
Onde encontramos abrigo nas tempestades,
A lâmpada para nossos caminhos em dias de escuridão
E um abraço que será nossa morada a vida inteira.”

― Juciane Afonso

“Procuro alguém que durma meus sonhos.
Alguém que esteja ao meu lado,
Mesmo podendo estar em outro lugar.
Alguém que segure minha mão,
E insista em caminhar comigo
Mesmo o caminho sendo espinhoso.
Alguém que acompanhe os meus passos,
E que me ampare em meus tropeços.
Que seus os olhos sejam luz.
Luz que clareie meus dias,
Quando o céu escurecer e a tempestade anunciar.
Procuro alguém que se demore em meu regaço,
E que esteja sempre em meus abraços.
Me viva intensamente.
Alguém que se compadeça com minha dor.
Se alegre com minhas alegrias,
Brinde as minhas vitórias,
Que me ame até nas entrelinhas.”

― Juciane Afonso

“Meu Peito

Eu abri meu peito
Um lugar sem métrica nem rima,
Um lugar onde quem entra
Sabe que tudo pode o amor.
Um quarto sem poltronas nem colchões,
Mas com mil palavras procurando
Um sentido para existir.
Um lugar onde nada se compra,
Mas onde tudo tem valor.
Meu peito.
Não há nome mais adequado
Para quem não sabe se vender nem se oferecer.
Para quem,
Como eu,
E como você
Que só sabemos que a vida só vale
Se vivermos por amor.”

― Juciane Afonso

“Espero conseguir me curar de você um dia destes.
Preciso parar de pensar em ti. É possível.
Seguindo as prescrições da moral de plantão.
Prescrevo tempo, abstinência, solidão.
Não te importas que eu te ame só uma semana?
Não é muito nem pouco, é o suficiente.
Uma semana para juntar todas as palavras de amor,
Todas que foram ditas na terra e incendiar.
Vou aquecer você naquela fogueira de amor queimado.
E o silêncio também.
Porque as palavras de amor mais bonitas
Se encontram entre as pessoas que não se dizem nada.
É preciso queimar aquela outra linguagem.
Linguagem lateral e subversiva de quem ama.
Mais uma semana para juntar todo o amor deste tempo
Para te dar, para que você faça o que quiser.
Guarde-o, acaricie-o, jogue-o no lixo.
Não é preciso, é verdade.
Só quero uma semana para entender as coisas.
Porque tudo isso é muito parecido,
É como sair de um hospício para entrar em um cemitério.”

― Juciane Afonso

“Para um amor,
Todo começo é sem voz.
Presente insuperável
De uma pronúncia defeituosa.
Nenhuma sombra acontece sem luz.
E eu assim amo,
Na pequena gestação
Da qual eu me aproprio,
Na densidade
Do que posso expressar.
Amo sem impor, sem machucar
Sem espalhar,
Mas nunca me subtraindo.”

― Juciane Afonso

“O amor que eu trago,
Me impõe o privilégio
De ser a autora.
Autora de uma peça maravilhosa e única que,
Por trás da cortina das minhas inquietações,
Poderia tramar o seu oposto exato,
Fazendo-me parecer repórter e não mais atriz.
Ninguém sob um céu de estrelas
É livre para pensar no seu próprio enredo.
O destino é cego e irracional
Como a metamorfose de uma nuvem.”

― Juciane Afonso

“Só Para Você

Conte-me tudo que eu não sei.
Sente-se e me olhe nos olhos,
Tome minha voz.
Conte os momentos do meu desejo
Só para você, isso é tudo.
- Só para mim?
- Isso é tudo?
- Sim só pra você!
Porque só por você saberei acontecer e existir.
Só por você não terei mais dor
Aonde quer que eu tenha sentido.
Eu irei mantê-lo como o mais precioso de tudo que gosto.
E só para você terei apenas verão na minha pele.
Só para você vou apertar o tempo
Na imunidade da alma,
Na dança das respirações,
Esperando por uma noite
E por todas aquelas que a vida vai me dar.
Só por você me sacrificarei ao material da nostalgia,
No abraço inverso do mar que tudo contém,
Enquanto o vento sopra em teus cabelos,
Enquanto sua boca
Fica molhada naquele beijo infinito.
O meu amor que o protege e guarda,
Anseia por uma tentativa de chegar a um acordo
Com a arquitetura de sua beleza absoluta,
No encanto que se torna forma e música
Em suas cores.
Aqui, este é o meu "só para você".
Eu não sei o que mais dizer,
Peço apenas me viva.
Viva em meu coração,
Isto é suficiente.”

― Juciane Afonso

“Eu quero que minhas palavras
Possam cercar seu corpo
Como o mais amoroso dos abraços.
E que minhas palavras
Saibam guardar
O segredo dos seus olhos
Que olham para mim,
Naquele desejo de sentir
Através da coincidência
Dos nossos pulsos,
Sua música do coração.
Eu quero que minhas palavras
Baguncem seus dias,
Habitem suas certezas,
Em um alfabeto só nosso,
Feito de uma só palavra,
Necessidade
De mim que te amo.
Diga que me ama
Para extirpar a dor da sua ausência
Em nome de uma promessa.
Minha lua jurando pela sua
A devoção absoluta,
A alegria,
A compreensão e cumplicidade
Dos amantes.
Quero que minhas palavras sejam suficiente,
Que te atinjam como flecha,
Arrebentando por dentro,
Dissipando toda sua dúvida,
Todo medo de se entregar.
E, enquanto você olha para mim,
Meus olhos marejados falem
Mais que todas as minhas palavras.”

― Juciane Afonso

“Na minha vida,
O amor desabrochou
Como água que transborda no dilúvio,
Água que irriga, mas nunca se dispersa.
Assim é o destino de um casal que se ama.
Ser a onda, que a cada tempestade
A empurra para o mar.”

― Juciane Afonso

“Amo transgredir
no universo reverso
dos seus olhos.”

― Juciane Afonso

“Insolente

Ela chuta,
Machuca com arrogância,
Ela se faz sentir.
Se esgueira nas dobras da alma,
Determinada abre espaço
Apunhala meu coração,
Quase perco o fôlego, suspiro...
Fecho olhos,
E a encontro nas fissuras das feridas
Que nunca cicatrizam.
Como personagem rejeitado
E nunca concluído por um autor
Que teme e estremece
Na tentativa de narrar sua trajetória.
Ela me pergunta se pode nascer,
Voltar à vida,
Na integridade de novas palavras,
Desisto!
Mesmo refutada
Eu a escuto
Em seu barulho silencioso,
Inquietante
E insolente dor!
Ela vive fluindo,
Altiva na poesia,
Em versos e prosas
Não tem compaixão
Machuca e maltrata o coração
Desta poetisa.”

― Juciane Afonso

“Há um encontro marcado,
Para nossas almas sedentas.
Ainda sem hora, sem data,
Nem local para nos encontrarmos.
Eu estarei lá, pontual,
Quanto a você, não sei...”

― Juciane Afonso

“Entre um homem e uma mulher
Não pode existir somente amor.
Tem que ser tudo,
Tudo que for possível.”

― Juciane Afonso

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Juciane Afonso

Membro desde: 29/11/2018

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“Nunca vire as costas a um amigo.”

— Alfred Hitchcock

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