Frase de Gabriel De Arruda

Frase adicionada por GabrieldeArruda em 16/06/2025

Gabriel De Arruda
VII. As Cinco Provas do Deserto
No quinquagésimo dia, quando o sol escaldante revelava ilusões como miragens, o Pragmoteu enfrentou cinco tentações que testaram sua fé prática:
O Ídolo de Pedra (dogmatismo)
Um fariseu e um incrédulo apareceram, cada um com tábuas de pedra gravadas com suas certezas.
— Curve-se e adore nossas verdades! — exigiam.
O Pragmoteu ergueu seu cajado de amendoeira florida:
— Prefiro a vara que floresce na dúvida fiel (Nm 17,8) a estas pedras mortas. Como diz São Paulo: "O conhecimento ensoberbece, o amor constrói" (1Cor 8,1).
O Atoleiro dos 'E Se' (dúvida)
O chão transformou-se em areia movediça de “e se...” e “mas talvez...”.
Ele tomou o cálice eucarístico:
— Não sei tudo, mas posso agir. Como Maria: “Faça-se em mim segundo tua palavra” (Lc 1,38).
E a areia solidificou-se sob seus pés.
A Feira das Virtudes (ritualismo)
Um pregador com rolos sagrados em cada mão demonstrava quão longe os outros estavam da verdade.
O Pragmoteu vestiu seu manto de serviço:
— “Este povo honra-Me com os lábios, mas seu coração está longe” (Mc 7,6).
E começou a lavar os pés de um peregrino faminto à margem da assembleia.
Os Medidores de Misericórdia (ética)
Dois doutores discutiam a Lei:
— Ele é um herege — será meu próximo?
Enquanto um ferido agonizava no caminho.
O Pragmoteu ajoelhou-se no sangue:
— O amor não pergunta “quem”, mas “como”.
O Oásis das Mentiras Consoladoras (sofrimento)
Um tolo insistia:
— Beba este frasco e sua dor sumirá!
O Pragmoteu calou-se, e com a pedra silenciosa começou a cavar um poço para os sedentos de respostas:
— Cristo não justificou a cruz, mas a abraçou. “Não se faça a minha vontade, mas a Tua” (Lc 22,42).


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VII. As Cinco Provas do Deserto
No quinquagésimo dia, quando o sol escaldante revelava ilusões como miragens, o Pragmoteu enfrentou cinco tentações que testaram sua fé prática:
O Ídolo de Pedra (dogmatismo)
 Um fariseu e um incrédulo apareceram, cada um com tábuas de pedra gravadas com suas certezas.
 — Curve-se e adore nossas verdades! — exigiam.
 O Pragmoteu ergueu seu cajado de amendoeira florida:
 — Prefiro a vara que floresce na dúvida fiel (Nm 17,8) a estas pedras mortas. Como diz São Paulo: "O conhecimento ensoberbece, o amor constrói" (1Cor 8,1).
O Atoleiro dos 'E Se' (dúvida)
 O chão transformou-se em areia movediça de “e se...” e “mas talvez...”.
 Ele tomou o cálice eucarístico:
 — Não sei tudo, mas posso agir. Como Maria: “Faça-se em mim segundo tua palavra” (Lc 1,38).
 E a areia solidificou-se sob seus pés.
A Feira das Virtudes (ritualismo)
 Um pregador com rolos sagrados em cada mão demonstrava quão longe os outros estavam da verdade.
 O Pragmoteu vestiu seu manto de serviço:
 — “Este povo honra-Me com os lábios, mas seu coração está longe” (Mc 7,6).
 E começou a lavar os pés de um peregrino faminto à margem da assembleia.
Os Medidores de Misericórdia (ética)
 Dois doutores discutiam a Lei:
 — Ele é um herege — será meu próximo?
 Enquanto um ferido agonizava no caminho.
 O Pragmoteu ajoelhou-se no sangue:
 — O amor não pergunta “quem”, mas “como”.
O Oásis das Mentiras Consoladoras (sofrimento)
 Um tolo insistia:
 — Beba este frasco e sua dor sumirá!
 O Pragmoteu calou-se, e com a pedra silenciosa começou a cavar um poço para os sedentos de respostas:
 — Cristo não justificou a cruz, mas a abraçou. “Não se faça a minha vontade, mas a Tua” (Lc 22,42). (Gabriel De Arruda)
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