Frase de Gabriel De Arruda
 | “ X. Ontologia Pragmoteísta – O Ser como Mistério em Relação 1. O ser não é objeto, mas mistério compartilhado O Pragmoteísmo rejeita a visão do real como simples dado objetivo. O ser é mistério, não no sentido do obscuro ou irracional, mas do que ultrapassa a posse e o controle. O ser não se esgota na análise, mas se revela por relação e presença. 2. Deus como fundamento do ser e não como ente entre entes Inspirado por Tomás de Aquino, o Pragmoteísmo afirma que Deus não é um ente entre outros, mas o ipsum esse subsistens, o Ser mesmo em sua plenitude. Isso preserva sua transcendência sem excluir a analogia: Deus é acessível na medida em que o mundo porta sinais e reflexos de sua fonte. 3. O ser humano como ser-em-abertura O humano, na ontologia pragmoteísta, é um ser-em-abertura: voltado ao outro, ao cosmos, ao mistério. Ele é um ser-de-fé — sua própria estrutura existencial aponta para além de si. Existe nele uma inquietação original, uma centelha de busca, uma disposição a ser tocado pelo sentido. 4. Ontologia como ética implícita Conceber o ser como dom recebido, e não como posse, exige uma resposta ética: cuidado, reverência, compaixão. O comportamento do Pragmoteu no mundo expressa sua ontologia: relação, escuta e resposta. Sua vida é um gesto contínuo de abertura ao mistério que o chama.” |
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 | “ IX. Epistemologia Pragmoteísta – Conhecimento como Caminho 1. Fé como prática cognitiva Se a fé é prática, o conhecimento não pode ser reduzido à abstração teórica. No Pragmoteísmo, conhecer é tornar-se. A verdade não é apenas algo que se entende, mas algo que se encarna. A fé é uma forma de conhecimento existencial: não pela evidência absoluta, mas pela experiência transformadora. Como diria Santo Agostinho: “Compreende para crer, crê para compreender.” 2. O papel da experiência A experiência é o primeiro solo da fé. No Pragmoteísmo, não se trata de misticismo desordenado, mas de uma confiança prática fundamentada em vivências que revelam sentido, presença e valor. A fé nasce na carne do mundo: no sofrimento, no silêncio, no amor vivido, na beleza contemplada. Não se opõe à razão, mas a ultrapassa — reconhecendo que certos aspectos do real se revelam apenas no viver. 3. Conhecer é responder Conhecer, para o Pragmoteísmo, é responder ao chamado do mistério. Não se trata de dominar a verdade, mas de ser interpelado por ela. Não se encerra um debate, mas se entra numa relação. Essa epistemologia é relacional, existencial e ética: conhece-se a Deus na medida em que se ama o próximo, se perdoa o inimigo, se cultiva o silêncio e se busca a justiça.” |

Gabriel De Arruda