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Frases e Pensamentos de João Morgado (214 frases)

“Queria deter este instante,
deixar cada segundo em suspenso
como o mundo que lá fora nos rodeia,
e ficar exilado em ti, condenado,
despudoradamente nu e apaixonado,
tendo o teu corpo por cadeia.”
[Para Ti (2014)]

― João Morgado

“Acabou, não discutas! Desejo neste instante,
guardar-te como uma joia louca, um diamante,
agora perdido entre o infinito e o fim de tudo!
?

sonhamos com a outra, não com a amada,
corremos para a partida sem nunca ter chegada.

Queremos o que não temos
e se o tivéssemos, teríamos menos que nada!”
[Para Ti (2014)]

― João Morgado

“Se não estivermos presos a uma pedra
que nos roube o sonhar...
mesmo sem vento na montanha
nós podemos voar!”
[Para Ti (2014)]

― João Morgado

“Passou a sombra de uma hora
nem sequer o corpo lhe vi
e com ela partiu, foi-se embora,
em meu peito já não mora,
a hora que não vivi!”
[Para Ti (2014)]

― João Morgado

“Só as aves adultas
sabem que a felicidade não está nos céus...
mas sim, numa gaiola de portas abertas,
em que se é prisioneira por vontade!”
[Para Ti (2014)]

― João Morgado

“Dentro dela havia um sol negro. Não tinha luz, mas sentia como queimava devagar, bem devagar.”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“É inacreditável até onde alguém pode chegar movido pelo desejo de possuir alguém.”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“A ausência de desejo faz do corpo um peso morto em que a alma se esconde.”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“Sentia as rajadas de água em guerra com as vidraças da janela. E quase podia imaginar o ondular das árvores e a água a escorrer no alcatrão da estrada, como escamas de um peixe negro. Em que pensas? - perguntou-me. Em como esta chuva inesperada deve ter apanhado de surpresa muita gente sem chapéu…respondi! Foi a coisa mais idiota que podia ter dito a uma mulher, no reencontro de uma paixão de vinte ano.”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“Estou certo de que te amo e temos tudo o que sonhámos para ser felizes, excepto o facto de sermos uns tristes!”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“Como dizer-te que era feliz ao teu lado? Acredita, era feliz, muito feliz. Mas quem é feliz, por vezes, também precisa de partir...”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“A tentação de eternizar é infernizar. Pelo contrário, o efémero pode-se tornar perene, desde que vivido no tempo justo. Até a Bíblia tem um número limitado de páginas e não deixa de ser um livro sagrado.”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“Não quero nada que me dê felicidade, nem que me faça infeliz.”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“Abomino a morte e o sofrimento, como se fosse a baba do demónio a cair-me no rosto. Gosto de pensar que sou mais que um corpo...”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“Tenho pena que o meu pudor me tenha impedido sempre de ter tirado uma fotografia ao meu corpo nu, quando este era jovem e, mesmo sem perfume, era perfumado.”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“Desejava-a com todo o ódio que lhe tinha. Um ódio tão profundo, tão intenso, que só chega onde chega um grande amor...”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“Ninguém sabe a que cheira a solidão mas é um cheiro húmido que se sente à distância. A solidão tem um cheiro, como o medo, como a morte.”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“São corpos acesos que transpiram vida como um bando infinito de pardais. Corpos jovens que nos atraem com os seus caprichos de sensualidade, nos amarram o olhar e nos aquecem as veias.”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“Contigo aprendi a ser feliz no deserto, pois eras um oásis, mas nunca deixei de me sentir num deserto e nunca deixei de ter sede...”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“Acredita, era feliz, muito feliz. Mas quem é feliz, por vezes, também precisa de partir. Existe felicidade numa porta aberta!”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“Só a eterna reconquista se eterniza...”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“Agora que durmo de novo abraçada a ti, que te dou um beijo no fim do dia, vejo de forma clara que não me amaste como te sonhei, nem te amei como me sonhaste. Mas que apesar de infelizes nos amámos.”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“Trai a Diana e ela traiu-me, na medida em que não a amei e ela não me amou. Amámo-nos a nós próprios.”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“Estava perdido e naquele momento só tinha para mim uma certeza - não havia paraísos longe da sua pele. Por isso queria muito estar ali, só ali e em mais nenhum lugar do mundo.”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“Sou agora um velho que conjuga o verbo amar no pretérito: eu amava. Será sempre um pretérito imperfeito. Pois o verbo amar só faz sentido quando conjugado no presente. É imperfeito o amor do passado pois nunca se revela como o vivemos realmente, mas apenas como o recordamos...”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

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Sobre o Autor:

João Morgado

João Morgado

Nascimento: 1965 (60 anos)

Ocupação: Escritor

Biografia: João Morgado é um escritor português. Poeta e romancista, é formado em Comunicação pela Universidade da Beira Interior e tem um mestrado em Estudos Europeus na Universidade de Salamanca, Espanha, e uma pós-graduação em Marketing Político pela Universidade Independente/Universidade de Madrid. Trabalhou como jornalista e, para além da imprensa regional, escreveu no diário “Público” e semanário “Sol”. É atualmente consultor de comunicação nos meios empresariais e políticos. Na literatura, afirmou-se com dois romances: «Diário dos Infiéis», 2010, e «Diário dos Imperfeitos», 2012. Estas duas obras foram posteriormente adaptadas ao teatro pela ASTA – Associação de Teatro e outras Artes.

Escritores de Portugal

Nascidos em 1965

Frase do Dia

“O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete.”

— Aristóteles

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