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Frases e Pensamentos de João Morgado (214 frases)

“Tenho saudades da tua boca.

Não dos beijos. Ou melhor, não só dos beijos.
Saudades da tua boca que é mais que beijos.”
[Para Ti (2014)]

― João Morgado

“O amor é apenas um estado febril mais ou menos transitório, mas o desejo existe, resiste, é bravio, apega-se ao corpo. É inacreditável até onde alguém pode chegar movido pelo desejo de possuir alguém.”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“Acreditei que o beijo, enquanto linguagem universal, deveria conter todas as palavras que precisavam ser ditas. Beijei-o para não ter que falar.”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“O silêncio é um suspiro da vida à procura de paz. É no silêncio que respiram as palavras, que podemos meditar e ouvir os outros. É no silêncio que conversamos.”
[In: Diário dos Imperfeitos]

― João Morgado

“Viver a rotina é pintar o sol de branco num céu sem cor, e morrer no tédio de uma tela pálida.”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“Por vezes vemos uma gaivota e cremos que nos abeirámos da praia. Começamos a acreditar no mar. E por vezes é apenas uma gaivota perdida. E perdemo-nos com ela.”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“A saudade de alguém que se ama é um polígono de muitos lados, em que o nosso corpo se magoa constantemente nas arestas, e vive marcado de nódoas negras a que chamamos sombras da tristeza.”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“A lingerie tapa sempre demasiado e mostra sempre em demasia. E entre extremos levanta o véu da imaginação masculina, o que torna as mulheres mais desejáveis. Excitar, não é excitante?”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“O amor não tem corpo e o fulgor não envelhece no tempo. A boa fruta torna-se madura e passa a fazer delícias em compota.”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“Não há um céu pleno de almas, como um baú cheio de moedas. Ninguém guarda as almas, nem Deus - as almas são eternas, quando repartidas em luz por todos os que recordam com afecto os que partiram - as suas almas permanecem em nós; existem. Por vezes, até mais fortes, porque mais límpidas, depuradas do corpo, daquela matéria perecível a que se agarra toda a imundice da vida terrena”
[In: Diário dos Imperfeitos]

― João Morgado

“O OUTONO, só tem três cores, diz o Santiago. Três, é uma forma de dizer, há muitas mais, mas para ele aquelas três cores são o Outono. É o que diz à Laura quando vai passear com ela no jardim. Diz-lhe que as cores são o amarelo quente, cor de açafrão, o castanho doce, cor de mel, o vermelho nobre, cor de ameixa. Estas são as três cores de um quadro chamado Outono, e o pintor é o vento, que as mistura, que as mescla sem ordem. O Outono é um quadro sem moldura, pode-se viver dentro dele, diz o Santiago…”
[In: Diário dos Imperfeitos]

― João Morgado

“O sorriso é uma cor. Podemos pintar uma cara com a cor de um sorriso, pintar os olhos dessa cor; pintar de sorriso o amor de quem nos ama.”
[In: Diário dos Imperfeitos]

― João Morgado

“Sentir vergonha é querer apagar o sol, é desejar que a noite nos esconda. Mas a noite aumenta a vergonha, fica do tamanho do breu. A vergonha só passa com a luz, quando assumimos o que julgamos ser as nossas imperfeições, quando mostramos o rosto que temos do ser que somos. Quando dizemos ao mundo: sou assim, e agora? Nesse momento, só nesse momento, perdemos toda a vergonha!”
[In: Diário dos Imperfeitos]

― João Morgado

“A distância mais curta entre dois pontos é o desejo de se encontrarem!”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“A minha boca respirava da sua boca e os meus dentes, nos seus lábios, mordiam-lhe um beijo até sangrar.”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“Um beijo doce é um poema que se recorda, é uma canção que nos acompanha, é a folha de uma árvore que resiste a todos os invernos, a toda a chuva, a todo o vento...”
[In: Diário dos Imperfeitos]

― João Morgado

“Precisava de um abraço dela, pensou ele; precisava de um abraço dele, pensou ela; e, silenciosos, dormiram desabraçados na cama fria, podiam morrer ali, próximos e distantes, incapazes de estender a mão. Desabraçados…”
[In: Diário dos Imperfeitos]

― João Morgado

“No jardim podemos cheirar a luz das flores e colher um ramo de sol – os jardins são como os poros da pele, por onde uma cidade respira. Beber o aroma da terra, trincar a beleza das cores, afagar o invisível das brisas, retarda as rugas do tempo e o entardecer dos dias. É como inspirar vida”
[In: Diário dos Imperfeitos]

― João Morgado

“Quem se dá com gente baixa, fica corcunda…!”
[In: Diário dos Imperfeitos]

― João Morgado

“A dimensão de um homem, é inversamente proporcional, ao medo que tem da opinião dos outros homens.”
[In: Diário dos Imperfeitos]

― João Morgado

“Acreditamos que o silêncio nos deixa invisíveis, mas pelo contrário, dá-nos visibilidade no ruído da vida. O mundo fica de olhos em nós a praguejar, à espera de um som.”
[In: Diário dos Imperfeitos]

― João Morgado

“Respondeu-lhe com um beijo, como se o beijo fosse um registo notarial; tinha a língua como assinatura, e mordeu-lhe o lábio que sangrou como lacre derretido.”
[In: Diário dos Imperfeitos]

― João Morgado

“Newton descobriu a Lei da Gravidade quando um corpo de mulher lhe caiu em cima. A maçã foi a desculpa bíblica para o seu pecado original da atracção mútua dos corpos.”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

“E ali andava eu na roda das horas, a roubar tempo ao que me dava prazer, para trabalhar sem prazer no que me exigia tempo.”
[In: Diário dos Imperfeitos]

― João Morgado

“A lingerie o prazer de eleger a pele da nossa pele até ao encontro de outra pele”
[In: Diário dos Infiéis]

― João Morgado

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Sobre o Autor:

João Morgado

João Morgado

Nascimento: 1965 (59 anos)

Ocupação: Escritor

Biografia: João Morgado é um escritor português. Poeta e romancista, é formado em Comunicação pela Universidade da Beira Interior e tem um mestrado em Estudos Europeus na Universidade de Salamanca, Espanha, e uma pós-graduação em Marketing Político pela Universidade Independente/Universidade de Madrid. Trabalhou como jornalista e, para além da imprensa regional, escreveu no diário “Público” e semanário “Sol”. É atualmente consultor de comunicação nos meios empresariais e políticos. Na literatura, afirmou-se com dois romances: «Diário dos Infiéis», 2010, e «Diário dos Imperfeitos», 2012. Estas duas obras foram posteriormente adaptadas ao teatro pela ASTA – Associação de Teatro e outras Artes.

Escritores de Portugal

Nascidos em 1965

Frase do Dia

“Tem gente que está do mesmo lado que você, mas deveria estar do lado de lá. Tem gente que machuca os outros. Tem gente que não sabe amar...”

— Renato Russo

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