Frase de Carlos De Castro
| “ A MENINA E A ÁRVORE Desprevenido, plantei-te! Sem escavar sequer um palmo De terra do fundo germinador. Quando brotaste o tronco esguio E os ramitos Pequenitos Numa manhã chuvosa, Custosa e fanhosa De um Março marçagão, Colei a minha trémula mão À tua tão pequenina, Magrinha, Comprida, de pianista. Parece impossível! Haverá alguém que resista... Deste-me na minha um esticão, Como a querer fugir de mim. Tomei isso como premonição Negra, Amarga E fúnebre. Continuas com a tua mãozita pequena Da tua árvore a envelhecer De madura, No tronco e nos ramos Mas com as maçãs tão verdes, Ácidas, Intragáveis. Tão inutilmente No perto, Longe De mim. (Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 06-05-2023)” ― Carlos De Castro |
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