Frase de Carlos De Castro
 | “ EU TINHA MONTES DE NOZES E tinha gente e vozes, comigo, Mas nunca soube a graça delas: Se eram graças, de nomes de gente Ou de bichas-cadelas, Ou se elas em antonomásia, Eram fantasmas de coitos Bailando nos meus sentidos De merda, Que me atacam pela madrugada Em defecação de terramotos, Arrotos, Marotos, Quase sarjetas sem esgotos, Só com vaselina rolantes Rijos e provocantes, Duros de expelir. Como uma mãe Que pela vez primeira dá Um filho ao mundo, Pela meia-lua alcoviteira Que a natureza esculpiu Antes de alguém que pariu. E assim sou eu, um estupor, Sempre rijo ao mole, Lutando no mundo Para defecar as vozes E ficar com as nozes, Embora infrator. (Carlos De Castro, in Poesia Num País Sem Censura, em 03-09-2022)” ― Carlos De Castro |
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