Frase de Carlos De Castro
 | “ O CÃO QUE CANTAVA ÓPERA Eu já tive um cão Baixinho como eu que o sou No destino e na pernada, Que cantava ópera farsada Sempre que eu dizia ao serão Versos de dor a uma fada. A ópera do meu cão, uivava Numa voz tão pura de fina Como alguma jamais encontrada Em cantares de gente canina. Tinha um não sei quê de magia Saída pelos foles da garganta, Sim, porque um cão triste canta E encanta No silêncio da noite vazia. Um dia de sábado pela manhã fria O meu cão de ópera já não operou... Estava rígido, teso, na alcofa Que ele tinha, meu Deus, tão fofa!... Nem se despediu de mim O companheiro amado... Ele acabou o seu fado E eu, sozinho assim Não voltarei a dizer poemas Porque dão azar e penas! (Carlos De Castro, in Igreja de Argoncilhe, 22-06-2022)” ― Carlos De Castro |
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