Frase de Valter Mustafé - Urbaneja

Frase adicionada por Newton-Jayme em 09/10/2016


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Mas que poeta sou eu 
Que ao invés 
de cantar pra lua 
Canto as coisas da rua 
O que vejo, o que me dói 
A sina triste do irmão 
Essa dor no coração 
Que o meu peito corrói 

Mas que poeta sou eu 
Que ao invés 
de cantar a flor 
Ou as doçuras do amor 
Falo da triste cidade 
Da frieza do concreto 
Da criança a céu aberto 
Sem pai nem mãe, sem idade 

Vou ter que fechar os olhos 
Imaginar maravilhas 
Pro meu canto ser alegre 
Natureza, mares e ilhas 
E então só cantar belezas 
O amor, a flor, o acalanto 
Não ser mais triste 
esse canto 
Nessa canção urbaneja 

Queria cantar bonito 
Falar de coisas assim: 
Do cheiro agreste do campo 
Dos rios que correm em mim 
Mas quem se cala consente 
E perde toda a certeza 
Por isso o canto é denúncia 
Nessa canção urbaneja 

Mas que poeta sou eu... (Valter Mustafé - Urbaneja)
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