Frase de Newton Jayme

Frase adicionada por Newton-Jayme em 03/09/2025


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Ó força oculta, embate sem descanso,
Que arde na alma, em noites caladas —
O grito que rompe a dor do cansaço
E anuncia, entre cinzas, um novo começo.

Como o bambu que ao vento se curva
Sem ceder ao golpe que o dilacera,
Suporta o peso que aos poucos corrói,
E explode em vida: a própria primavera.

És o rio, encurralado entre pedras,
Que encontra passagem mesmo sem ver.
Ainda que o céu lhe negue bonança,
Segue abrindo caminho ao que quer florescer.

És a prece sussurrada em desespero,
A alma que se ergue do solo, ferida,
Mas que, entre lágrimas, descobre no escuro
O poder de emergir depois desta vida.

És o corpo abatido e sofrido que insiste,
Enfrenta o abismo com as mãos em oração.
Ao romper os grilhões do medo antigo,
Renasce em luz, qual sol da manhã, em gratidão.

Resiliência — és batalha que nunca desiste
Contra as marés do luto e da opressão.
Transformas o fardo em semente viva,
E a dor... em músicas de libertação.

Ó coragem, tua face é transparente:
Alma que, mesmo cativa, não se corrompe.
Na sombra, gesta a própria esperança
E do silêncio, um hino que responde.

Resiliência — és ímpeto que não se apaga
Na noite da perda, na ausência de chão.
Quando o corpo emudece em sua entrega,
É a alma que canta mais alto, em redenção.

Gesto invisível que tudo desafia,
Alento que persiste na agonia,
Sangue pujante que traça poesia
Nas trincheiras plenas de ressurreição. (Newton Jayme)
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