Frase de Newton Jayme
 | “ Ó força oculta, embate sem descanso, Que arde na alma, em noites caladas — O grito que rompe a dor do cansaço E anuncia, entre cinzas, um novo começo. Como o bambu que ao vento se curva Sem ceder ao golpe que o dilacera, Suporta o peso que aos poucos corrói, E explode em vida: a própria primavera. És o rio, encurralado entre pedras, Que encontra passagem mesmo sem ver. Ainda que o céu lhe negue bonança, Segue abrindo caminho ao que quer florescer. És a prece sussurrada em desespero, A alma que se ergue do solo, ferida, Mas que, entre lágrimas, descobre no escuro O poder de emergir depois desta vida. És o corpo abatido e sofrido que insiste, Enfrenta o abismo com as mãos em oração. Ao romper os grilhões do medo antigo, Renasce em luz, qual sol da manhã, em gratidão. Resiliência — és batalha que nunca desiste Contra as marés do luto e da opressão. Transformas o fardo em semente viva, E a dor... em músicas de libertação. Ó coragem, tua face é transparente: Alma que, mesmo cativa, não se corrompe. Na sombra, gesta a própria esperança E do silêncio, um hino que responde. Resiliência — és ímpeto que não se apaga Na noite da perda, na ausência de chão. Quando o corpo emudece em sua entrega, É a alma que canta mais alto, em redenção. Gesto invisível que tudo desafia, Alento que persiste na agonia, Sangue pujante que traça poesia Nas trincheiras plenas de ressurreição.” |
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