Frase de Newton Jayme
 | “ Adormeci! Atravessei sonhos, pesadelos, o breu da noite... E sobrevivi! Em plena manhã, na clareza do dia, amanheci! O sol incandescente clareia, incendeia meu corpo tão só, esparramado na areia, feito miragem entregue ao caos. Quer o ar pleno em gotas, quer respirar... quer luz, ação e muito paladar! Meu ser não quer só expiar, quer também experimentar o sal, a chuva, o vendaval. Ah, quem me dera um beijo, a experiência de um místico levitar, meu corpo envolto num desejo mais que satisfeito, abraçando o simples, o rústico, o natural perfeito. Meu ser também quer se aventurar, dominar a tempestade, nas águas bravias sem ocaso, caminhar. Quem me dera, atraído, encantado pelos mistérios do alto-mar, nos lábios de uma mulher, num canto suave, perder-se no espaço de tanta água a lhe banhar. Deixar-se seduzir, afogar-se, à guisa da lira — perdição dos navegantes. Ou, quiçá, salvar-se, puxado por uma mão. Sair do mar, libertar-se, saciar a sede de muito amar, inverter a magia do encanto, coberto por um manto, nu, num recanto azul de tanto mar. Chega de solidão, de viver como refém. É tempo de descobrir que é preciso ir além do além, para desvendar o prazer de se deitar e amar nas brancas areias do mar.” |
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