Frase de Newton Jayme
 | “ I Essa guerra, crianças!... Não é minha, não! Minha arma é o Verbo, meu fuzil é o perdão! Não sigo o passo dos reis mercadores, Nem beijo o ouro dos templos senhores! Eu sou da paz! Daquela que sangra calada... Que geme em Gaza, em becos, na estrada... Sou filho do povo que o mundo esqueceu, Sou brado de fogo, sou sopro do céu! II Não! Não me curvo ao poder da matança, Ao altar do ódio que cega a esperança! Queimam-se livros! Erguem-se muralhas! E em nome de Deus, disparam batalhas! Mas o Deus que eu sigo é feito de amor, Não veste farda, não sonha terror! É o Deus que caminha nas ruas da gente, De mãos calejadas, de olhar transparente! III Sou da terra sem donos, sem reis e sem fardas! Onde o homem é homem, e as almas — irmãs! Onde a mulher se levanta, e em vozes aladas, Grita: “Liberdade!” nas manhãs de setembro cristãs! O mundo era Éden — jardim sem cercado! Mas Babel chegou... e o Verbo foi fado. Confundiu-se a língua, e o amor se calou... Mas eis que o ágape, glorioso, voltou! IV Em Cristo... oh sim! Não há grego, nem judeu! Há um só povo! Um só corpo! Um só Deus! Egoísmos? Morreram pregados na cruz... Ressurreição? É o amor que reluz! Erguei-vos, ó povos! Rasgai os padrões! A Terra não cabe em pequenas nações! Fora os grilhões da herança maldita! A fronteira que mata — o amor não acredita! V A flor compreendida, ao sol se desdobra, E canta a liberdade que ao mundo recobra! É tempo de almas... pretas e brancas! Que dançam unidas com vozes francas! É tempo de fé! Conversão verdadeira! Não de um só templo, mas da Terra inteira! Que as mãos se entrelacem, que o ódio se esconda... E que a paz, como o mar, nos envolva e inunda!” |
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