Frase de Newton Jayme
 | “ Quantas canções no vento ecoarão ainda, quantos versos florirão na alma ardente, quantos beijos — perfumes da vida! — hão de marcar-nos o peito incandescente?! Quantos lugares, quantos gestos eternos, quanta alma vestida de lembrança e dor... Ah! quantas cenas nos céus mais internos ainda bailarão nos salões do amor?! Quantos delírios! Quantas febres acesas em noites vazias de corpos ausentes! E quantas lágrimas, oh, tristes belezas, serão derramadas por sonhos ferventes?! Quantas lembranças sagradas e puras irão nos unir em silêncio e calor?! Quantos planos, saudades futuras, ainda hão de viver no jardim do amor?! Por quanto tempo, oh vida! oh destino cruel! Suportaremos o abismo entre os corpos? Se o amor é olhar que reluz como um véu, se é chama que une, mesmo entre os mortos?! Ontem... Éramos dois, distantes, calados, hoje, somos nós — fusão verdadeira! Te habitas em mim! Teu ser é meu fado! E o meu peito é tua morada inteira! E mesmo que o tempo — esse algoz impiedoso — nos separe com sombras, distâncias ou morte, no laço sagrado do amor luminoso teremos, nas almas, o mesmo suporte! Pois no amor ninguém é metade esquecida! Somos um só — carne, espírito e dor. Um só destino, uma só despedida, um só altar... consagrando o amor! E ainda que o mundo nos queira afastar, e o toque se perca, e o corpo se esconda, seremos sopro, seremos o Sacrário, onde a essência de um “nós” se aprofunda! Oh, laço bendito! Oh, elo divino! Eu e tu, selados por chama imortal! No amor, ser um é destino e destino: UM ÚNICO PAR, no beijo sem final!” |
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