Frase de Newton Jayme
 | “ Quantas músicas, quantas flores, Quantas palavras ainda a alma marcarão? Quantos cheiros e quantos odores, Nos restos da vida, se perderão? Quantos planos, quantas lembranças, Sentimentos que ao vento se desfazem, Nos túmulos da vida, nas sombras da esperança, O amor se fará, mas os ossos arrefecem. Quantos delírios, quantas febres, Quantas dores em amores irão vir? Na busca da eternidade, nas garras das trevas, Qual o preço a se pagar para existir? Quanto tempo suportaremos a ausência, Sabendo que a dor, inexorável, nos devora? Cumplicidade em olhares, em total silêncio, Nos restando a carne, que o tempo devora. Lembro bem: ontem éramos dois, Hoje somos um, se é que somos algo ainda. Habitando os túmulos, sem voz, sem heróis, Grudados pela morte, nossa única vida. Agora sei, mesmo sem teu corpo, Nunca mais estaremos sós, é certo. Pois no amor, o que resta é o vazio roto, Somos um só, em eternos fragmentos, dispersos. E se a morte ou a distância nos separar, O amor será apenas o que restou, sem cor. No silêncio da alma, sempre a se distanciar, Nos unindo na podridão do eterno horror. Eu e você, em nós o amor vive, Mas mais forte que a morte, mais forte que o fim, A carne se vai, mas a alma persiste, E o amor, no abismo, nunca se extinguirá assim.” |
Imagem da Frase:

Mais frases de Newton Jayme

Newton Jayme