Frase de Newton Jayme
| “ A saudade pesa no peito, Alma minha, em dor! Há uma lágrima ressecada, parada na face, dura como o aço do tempo... Os dias, inimigos do ser, romperam, como torrentes, os elos que nos uniam. Fiquei sem teus braços, minha amada, que falta me faz! O suave laço do afeto se perdeu na curva da estrada do destino... O jazigo dos meus sonhos se fez noite eterna... Como eram teus olhos, radiosos! Aqueles luzeiros que me cegavam, cruel como açoite de dor, se apagaram para sempre... E, como névoa densa, cerrou o clarão das estrelas, e a vastidão se fez o abismo dos meus horizontes... Caiu o templo do amor, e já não existe paz! O beijo, que antes incendiava, já não tem sabor, não tem vida... Sedento de tudo, só resta em meu peito uma chama, uma última esperança: aguardo o amanhecer, a eternidade em sendas de luz que brilham! Hoje, meu ser, em tempestade constante, caminha, errante, no presente... Contudo, minh’alma, sofrida nos labirintos da vida, escrava da saudade, virou estátua, estática e fria. E, sem tua metade, para sempre ficou inerte, perdida no passado... Sim, minha alma, é um mar revolto, que chora inconsolável, teu corpo ausente... Meu amor, na quietude do tempo, meu ser, atormentado, espera o futuro, o minuto próximo ou distante, em que ressurja no mundo a quentura do teu amor, em plena aurora de ressurreição. E que a glória, enfim, seja nossa!” |
Imagem da Frase:
Mais frases de Newton Jayme
Newton Jayme