Frase de Marcelo Monteiro

Frase adicionada por Marcelo1869 em 05/11/2025


Imagem da Frase:



A Escravidão da Aparência.
" Existem pessoas tão cheias de si que acabam completamente vazias. Parte II "
   Há no homem uma inquietude constante: ele não se basta. Busca no olhar do outro o reflexo que deveria encontrar em si mesmo. Assim, passa a existir por empréstimo como se a sua essência fosse coisa alheia, dependente de aprovação, de aplauso, de ruído.
Aquele que busca parecer é escravo da opinião, e nada é mais miserável do que essa servidão voluntária. Pois quem vive para ser visto já perdeu o direito de se ver.
É curioso como o espírito humano prefere a ilusão da estima pública à serenidade do juízo íntimo. Procuramos brilho onde deveríamos procurar silêncio. Queremos ser admirados, quando o mais nobre seria apenas ser compreendidos ou, talvez, nem isso.
A aparência é um espelho frágil: basta um sopro da crítica e ele se quebra. Mas a verdade interior não se quebra, apenas se cala e é nesse silêncio que habita a dignidade.
Feliz o homem que aprendeu a caminhar sem precisar ser notado, que não faz do olhar alheio o sol de sua existência. Ele é pobre de aplausos, mas rico de paz. (Marcelo Monteiro)
Mais frases de Marcelo Monteiro
Marcelo Monteiro
Quando o Toque se Faz Eternidade.

“O toque, quando autêntico, converte-se em epifania; e o efêmero, subitamente, adquire a dignidade do perene. Por isso, a alegria é o que desejo gravado em meu epitáfio.”

Há instantes, raros e quase inaudíveis, em que a vida se inclina sobre nós com uma doçura antiga. É o instante em que algo um olhar, um som, um gesto toca o centro invisível do ser. É nesse toque, breve como o sopro de uma harpa, que o efêmero deixa de ser apenas passagem: torna-se revelação.

Rilke dizia que “a beleza é o começo do terrível que ainda podemos suportar”.¹ Talvez por isso o artista, o amante, o poeta e o espírito sensível busquem incessantemente essa fronteira onde o instante se ilumina por dentro. É ali que a arte nasce não da vontade, mas da necessidade de transfigurar o transitório em eternidade.

A beleza não salva o mundo apenas por existir: ela o desperta. É uma lembrança de que há um pulso divino em cada forma, uma vibração silenciosa em cada cor, um apelo à transcendência em cada sombra. O toque autêntico, seja o de uma mão, de uma palavra, ou de uma nota musical é a súbita irrupção do eterno no coração do instante.

E quando esse toque acontece, a vida deixa de ser mera sucessão de dias: torna-se rito, poema, oferenda.
Assim, a vida não é mero contentamento, mas gratidão por ter sido tocada pelo indizível.
É no epitáfio da alma que soube sentir, que ousou criar, que amou o belo apesar das ruínas, deve estar escrita apenas uma palavra: Alegria.

¹ Rainer Maria Rilke. Elegias de Duíno, I Elegia. Tradução de Paulo Quintela. Lisboa: Relógio D’Água, 2001.

"A beleza é o instante em que o espírito reconhece, com espanto, que a vida também da dor pode florescer..

Marcelo Monteiro
MISTIFICACÕES e LENDAS.
Nos arredores da inauguração, histórias curiosas corriam pelas vielas de Paris. Alguns diziam que a torre atrairia relâmpagos e chuvas, outros acreditavam que sua sombra faria definhar as plantas. Camponeses se benziam ao vê-la de longe. O novo, como sempre, era envolto por névoas de superstições.
Certa vez, Maupassant, crítico voraz da torre, jantava todos os dias no restaurante da base da torre. Ao ser questionado, respondeu:
“É o único lugar de Paris onde não preciso vê-la.”
VI. O Triunfo nos Dias Atuais: Uma Torre, Um Símbolo, Um Amor.
Hoje, a Torre Eiffel é o monumento pago mais visitado do mundo, recebendo mais de 7 milhões de pessoas por ano. É impossível imaginar Paris sem ela. Um símbolo de amor, de arte, de resistência estética e científica. Nos filmes, nos sonhos, nas fotografias, ela virou alma de uma cidade.
Ao entardecer, quando o céu se veste de ouro, ela cintila como se tivesse engolido estrelas. E é nessa hora que compreendemos: o que outrora foi escárnio tornou-se o coração da cidade luz.
Conclusão: O Espetáculo da Coragem Criadora.
A Torre Eiffel triunfou porque desafiou os limites da mente e os preconceitos da alma. Seu ferro, fundido por mãos humanas, elevou-se como testemunho de um tempo em que a ciência ousou tomar o lugar dos deuses. Ela nos recorda que toda grande criação encontra resistência, e que a beleza, muitas vezes, só é reconhecida quando ultrapassa os olhos e toca o espírito.
De monstro mecânico a musa metálica, ela prova que o amor pela arte não é imediato — mas eterno.
“Na Torre Eiffel, o homem escreveu no céu o seu nome com letras de ferro..


Marcelo Monteiro
Marcelo Monteiro

Membro desde: 06/02/2023

Biografia: Autodidata, escritor, palestrante, musicista, historiador, livre Pensador. Fundador e participante de diversos pontos culturais de sua cidade. Manhumirim - MG.

Frase do Dia

A educação do caráter não se faz por meio dos livros.

Autores populares