Frase de Gabriel De Arruda
 | “ O lobo Já a alguns anos o lobo caminha por espinhos, as margens da alcateia, sem um lugar o qual pertença. A única companhia do lobo se faz presente ao anoitecer, ele uiva diante a brilhosa face de sua acompanhante, um clamor de ajuda incompreendido. Caminhando pelo vasto bosque, desolado, o lobo encontra uma pequena rosa, a mais bela rosa. Todas as manhãs o lobo visita a rosa, encantando com sua natureza meiga, porém ciente de que, jamais poderá tê-la, pois esta já está enraizada, pertence ao solo e suas garras podem sufocá-la. Apesar de amá-la, o lobo sabe que deve partir, sua natureza feroz fere a rosa. Restou ao lobo apenas recordações, recordações de seu perfume e delicadas pétalas.” |
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 | “ X. Ontologia Pragmoteísta – O Ser como Mistério em Relação 1. O ser não é objeto, mas mistério compartilhado O Pragmoteísmo rejeita a visão do real como simples dado objetivo. O ser é mistério, não no sentido do obscuro ou irracional, mas do que ultrapassa a posse e o controle. O ser não se esgota na análise, mas se revela por relação e presença. 2. Deus como fundamento do ser e não como ente entre entes Inspirado por Tomás de Aquino, o Pragmoteísmo afirma que Deus não é um ente entre outros, mas o ipsum esse subsistens, o Ser mesmo em sua plenitude. Isso preserva sua transcendência sem excluir a analogia: Deus é acessível na medida em que o mundo porta sinais e reflexos de sua fonte. 3. O ser humano como ser-em-abertura O humano, na ontologia pragmoteísta, é um ser-em-abertura: voltado ao outro, ao cosmos, ao mistério. Ele é um ser-de-fé — sua própria estrutura existencial aponta para além de si. Existe nele uma inquietação original, uma centelha de busca, uma disposição a ser tocado pelo sentido. 4. Ontologia como ética implícita Conceber o ser como dom recebido, e não como posse, exige uma resposta ética: cuidado, reverência, compaixão. O comportamento do Pragmoteu no mundo expressa sua ontologia: relação, escuta e resposta. Sua vida é um gesto contínuo de abertura ao mistério que o chama.” |

Gabriel De Arruda