Frases de Memória (adicionadas pelos usuários)


Mário Pereira Gomes
Flatland: a romance of many dimensions é uma novela satírica de Edwin A. Abbott sobre a cultura vitoriana. A primeira parte ambienta o leitor com o mundo e a cultura de Flatland, um mundo bidimensional, enquanto que a segunda aborda como o Quadrado (protagonista) toma contato com outras dimensões. Ele é visitado por uma esfera que visita Flatland em cada virada de milênio em busca de alguém capaz de compreender e aceitar a existência de um mundo 3D. O Quadrado não acredita na Esfera, até que esta realiza algumas vezes o movimento de atravessar o mundo 2D. Mesmo assim o Quadrado reluta em aceitar que tudo que ele sabe não é exatamente tudo o que existe. Então a Esfera o pega e leva-o para seu próprio mundo. Os outros habitantes ao verem a cena começam a se questionar e os líderes de Flatland, em segredo reconhecem a existência do mundo 3D, mas manda matar e prender as testemunhas de acordo com a casta. Depois de aceitar a verdade o Quadrado tenta em vão convencer a Esfera da existência de um mundo 4D, mas ela é irredutível e leva o Quadrado de volta para Flatland. O final do livro é triste: o Quadrado não consegue convencer ninguém, nem mesmo o irmão, da existência do mundo 3D e termina preso por defender tal ideia. Anos depois ele escreve um livro de memórias, que reconta suas aventuras e descobertas, com o intuito de ser lido pelas gerações futuras que ele espera que sejam menos intolerante e mais abertas. É um livro que nos ensina uma importante lição: humildade. Perceber que não sabemos tudo e o que chamamos de mundo real pode ser só uma pequena parte de uma realidade maior.
Maria Luz
Um dia eu irei ser avó se Deus quiser e mo permitir e peço a Deus que me ajude a ser uma avó de afectos, pois foi assim que fui criada com a minha avó paterna...
Se hoje sou uma pessoa de afectos, devo-o ao meu pai, mas principalmente a sua mãe, minha avó paterna, que me ensinou muito, e a quem devo em grande parte o que sou hoje!
Que saudades sinto da minha avó...
Era muito linda a minha avó... Não era rica, era uma mulher de campo, de lavar a roupa na ribeira à chuva, à neve, ao frio e ao calor... Mas nunca houve falta de pão com manteiga e a bela sopa feita no pote à lareira que tão bem sabia, meu Deus...
Eu passava férias com ela porque vivia no Porto, cidade Linda e ela vivia numa pequena aldeia, que por acaso também é o meu berço Natal... Lá eu não saía de casa durante o dia, parecia que a casa e o cheirinho dela tinham mel com canela... Ela era a flor e eu a abelha, sempre a zumbir de um lado para o outro... Para onde ela ia , aí estava eu a seu lado, agarrada ao seu avental ou abraçada à sua cintura...
Lá nem televisão, nem telefone, nem os livros me faziam falta... Só ela era o meu centro das atenções, o meu mundo...
Vivi momentos e historias lindas com ela, que ainda hoje as revejo e revivo vezes sem conta... Vivi tantas coisas mágicas que só podiam ter acontecido na casa e na companhia da minha avó Alda...
Ela já partiu a alguns anos, mas mesmo no céu continuo a senti-la perto de mim!
A minha avó foi o que de melhor tive na minha infância, e o que aprendi e vivi com ela foi a melhor herança que me pôde deixar... Adorava que o tempo voltasse para trás, para a ter de novo comigo e a cobrir de amor.
Minha avó deixou- me memorias e marcas no coração eternas... Felizes são aqueles que têm memórias, e eu sou muito, muito feliz, pois tenho memórias sem fim para recordar e viver!
Sua memória enche-me o coração e conforta-me a alma!

Maria Luz
Era o meu melhor, maior e mais sincero Amigo, o que me pegou ao colo, me embalou, limpou as minhas lágrimas, me deu os abraços mais verdadeiros e sentidos até hoje, o homem que foi e é meu pai, que me amou, sempre e incondicionalmente, completará 75 anos, distante da minha visão, mas dentro do meu coração, das minhas memórias vivas e sentidas...
Mesmo meu pai estando noutro plano eu consigo senti-lo, o que para mim é um presente de Deus isso acontecer, pois de contrário seria ainda mais difícil aceitar esta perda...
Partiu, vai fazer 30 anos e com ele levou parte da minha alegria de viver... Sem ele aqui, o que era verdadeiro deixou de ser, os afectos ficaram superficiais, e por incrível que pareça, durante anos acreditei que o pilar da minha família seria a minha mãe, e foi na sua partida que poucos dias depois vi o quanto ele fazia falta na minha família, o quanto a essência dele era precisa, e que afinal o pilar de nós sermos uma família de afectos era ele...
Ele era o amor verdadeiro, o ombro de confortar, o olhar meigo, doce e emocionado, o abraço forte, seguro e pleno, o beijo sonoro e dado com vontade na face de suas filhas, as palavras duras que rapidamente se transformavam carinhosas e de esperança... ´
Meu pai afinal era amor, a vida da minha casa e eu na altura não reparei, não valorizei... Quanta cegueira, bem -feita agora sofrer assim...
Disse-lhe muitas vezes, que o amava mas outras falhei...
Não o demonstrei, amuei e guardei para mim...
Hoje desde sua partida, digo-lhe todos os dias que o amo e que me perdoe meus erros e minhas falhas... Não ouço a sua resposta, mas sinto no meu coração que ele me perdoou e que me ama incondicionalmente...
Todos os dias à noite olho o céu, e observo as estrelas e sei que aquela estrela que está mais cintilante no céu, que "pisca" sem parar, essa é a que me ilumina...
É o meu PAI.
Fazes-me muita falta paizinho...

Maria Luz
Disseram-me que sou como uma estrela, linda e que brilho e ilumino o que me rodeia... Gostava de acreditar, mas não creio nisso, minha presunção não chega a tanto, porque eu não aguentaria a luz que a estrela contém, é demasiada para mim... Sou minúscula, como um grão de areia neste universo, e em mim desponta uma mínima luz que vem do alto… Mínima, porque preciso de aprender ainda mais, evoluir ainda mais, sou uma peregrina nesta ciranda da vida… Linda? bem isso, é a opinião deles, a mim, importa-me mais que lindas sejam as minhas atitudes para com meu próximo, aí sim, sei que tenho bom coração, sou generosa, solidária e prestativa … desde que possa estou lá!...
Sou um ser em constante busca do que é simples e bonito, daquilo que tem mais valor para mim, como a saudação ao cruzar com o vizinho, um aperto de mão, um abraço, um beijo, uma palavra de carinho…Gosto de sentir e relembrar o “perfume” das boas memórias, de pessoas idas, das coisas que perdi… Gosto do meu interior “limpo”, e liberto de sentimentos negativos,
onde só vive o amor, a harmonia, a alegria e a fé no alto… Aprendi, a não deixar que a dor ou a mágoa endureçam meu coração, e que minha alma se sinta afectada por isso…Eu CREIO, que tanto a minha essência, como o meu carácter, não são definidos por palavras, mas podem ser definidos pelos meus actos e gestos, pelos pequenos detalhes impregnados na minha vida… É como o principezinho disse” é somente com o coração que podemos ver correctamente; o essencial é invisível aos olhos..