Frase de Carlos De Castro
 | “ CEREJAS Degustava eu um ramo delas, Quase assim. Uma mais vermelhas Ainda de formas fedelhas De polpa ruim. Outras, matizadas de branco, Amarelado, E eu sou franco, Deixei as amarelas de lado. Algumas, de bordeaux vincado, Mas só cor Sem sabor Adocicado. Poucas mais encontrei Doces Ainda que maduras Apesar de duras Como o mel melado. Ia a meter a última à boca E parei. Era mais redondinha que as outras Mas muito vermelhinha E tinha Uma outra cerejinha Pegada à sua barriguinha Como uma mãe que acabou De dar à luz, E quer mostrar a filhinha Que reluz. Tive pena de as comer E num rebate de consciência, Com exemplar paciência, Fui metê-las em terra fresquinha: A cereja mãe e a filha, À espera que um dia destes Irão nascer mais cerejas Assim, Por mim. (Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 05-06-2023)” ― Carlos De Castro |
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