Frase de Carlos De Castro
 | “ BEIJOS DO DESERTO Ele, só lhe pedia: - Dá-me um beijo, se não morro à sede... E ia desfalecendo... Aos poucos, morrendo. E ela, ao lado dele, atirava: - Quem vai morrer, não precisa de beijo! Ele então tropeçou, Aninhou, Levantou, E caminhou E cada vez mais dela se afastou... Afastou... Mais à frente ele encontrou Um cato no deserto, Que depois de aberto, A sede dele matou. E então correu, como proscrito, Correu pelo deserto infinito... Já não quis o beijo que lhe matava a sede. Depois chegou ela e viu o cato. O cato, já estava seco, De facto, Mirrado, Como um cão esfaimado. Mas ela para matar a sede Beijou o cato, Pensando beijar os lábios dele E morreu... Do beijo. (Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 24-11-2022)” ― Carlos De Castro |
Imagem da Frase:

Frases Populares de outros autores

Carlos De Castro