![Antônio Coquito](/img/1.png) | “ O HOMEM LIMITE Não vejo, já me cegaram. O mundo pequeno ... de sombras, Não enxergo seus mistérios, Não entendo como se articula. Fixo-me no explícito... Oculta é a verdade que me arde, que envenena meu espírito, Talvez seja melhor não vê-la, Para não ter a dor de sentí-la, Confiná-la seja mais saudável, Neste meu mundo agredido. Procuro caminhar o meu caminho, Ninguém por mim o pode fazer, Seí que sou do mundo, do submundo, do mundo sub subnutrido, subtraido, sub humano. Mas também, da fantasia, do sonho, do desejo, do que ainda está a descobrir, neste nosso: Mundo limitado pelo que não Vemos. E, ainda bem que posso brincar , aventurar-me Fazer poesia, ressucitar-me nelas, Voando na permissão do meu mundo, Sem censura, dar asas à liberdade do mundo ao qual acredito.” |