Frase de Adriano Peralta Moraes

Frase adicionada por Peralta71 em 25/11/2019


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“Joel, marido da Janete, comprou uma lanchonete que virou um restaurante, ao lado do  Rio Brilhante.  Por conta da diabete e do joelho lesado, largou o serviço pesado. Nessa mudança de vida, passou a servir comida, de domingo e feriado. O movimento é bastante, mas o lucro é faltante, pelo excesso do fiado. Pra não fechar a empresa, Joel reduziu a despesa, e a carne que era de boi, com a carestia se foi. Agora a receita caseira é  galinha passada da idade, que perdeu a utilidade na granja do fim da cidade. A carne é um tanto dura, mas Joel acrescenta à mistura, espremido de laranja pura - que amolece a musculatura e facilita a fervura. Um freguês quebrou a dentadura e outro engasgou com a nervura. O risco compensa no preço e movimenta o endereço. O prato não é enxugado e o pano que limpa a mesa, com pouca delicadeza, é sujo e todo rasgado.   E tem o cheiro do toalete, que não incomoda a Janete,  que usa o garfo da pia pra coçar a joanete. E assim o negócio vai indo. Uma hora vai aluindo e em outra vai fluindo. Tem gente que se revolta e volta, tem cliente que come e some. Aquilo que não mata o `home`  e serve pra espantar a fome, não compromete o renome e a natureza descome. “ (Adriano Peralta Moraes)
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Adriano Peralta Moraes
Adriano Peralta Moraes

Membro desde: 01/11/2019

Biografia: Delegado, Pensador e Escritor Latino-americano.

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A escolha é possível, em certo sentido, porém o que não é possível é não escolher. Eu posso sempre escolher, mas devo estar ciente de que, se não escolher, assim mesmo estarei escolhendo.
Sartre

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