Frase de Adriano Peralta Moraes

Frase adicionada por Peralta71 em 11/11/2019


Imagem da Frase:



“JOÃO E SEUS PÉS DE FEIJÃO.  Na pequena propriedade, e com certa dificuldade, vendia na cidade o fruto da produção. Ouviu de um alcoviteiro, que isso não ia vingar, porque não dava dinheiro e que num tempo  venturo, no banco devia emprestar.  Com a escritura na mão, pro banco seguiu o João e de lá saiu animado, deixando consignado o seu pedaço de chão. Porém,  na safra seguinte,  a chuva não foi parceira e deixou o pobre coitado, perdido e abandonado -  sem dinheiro na gibeira.  Com o fim da parceria, mudou pra periferia, de favor na casa da tia.  Foi pro bico de boia fria, e de tanto pensar na desgraça, João se entregou à cachaça e migrou-se pro banco da praça.  Hoje vive no submundo, maltrapilho e sujismundo e ainda lhe deram a pecha de preguiçoso e vagabundo. Seu sítio foi a leilão e quem comprou foi um “João” , que é dono de uma empreiteira e de uma família bacana e que da mesma desfruta em algum final de semana. De uma mesma terra brotou dois “João”:  o que faliu trabalhando e o que lucrou descansando.” (Adriano Peralta Moraes)
Mais frases de Adriano Peralta Moraes

Adriano Peralta Moraes
Adriano Peralta Moraes

Membro desde: 01/11/2019

Biografia: Delegado, Pensador e Escritor Latino-americano.

Frase do Dia

A escolha é possível, em certo sentido, porém o que não é possível é não escolher. Eu posso sempre escolher, mas devo estar ciente de que, se não escolher, assim mesmo estarei escolhendo.
Sartre

Autores populares