Frase de Mário Pereira Gomes

Frase adicionada por Marius em 10/05/2020

Mário Pereira Gomes
A religião nasceu politeísta e assim permaneceu até o século I EC quando do surgimento do Cristianismo e a transformação do Judaísmo em monoteísta após a destruição do Templo e a vitória dos fariseus sobre as outras seitas. Daquele momento em diante o politeísmo se viu represado até que no século XIX o louco de Nietzsche proferiu Gott ist tot ("Deus está morto"). Todavia, ao mesmo tempo que anunciava a morte de Deus, Nietzsche prenunciava o sucessor divino na figura do Übermensch (literalmente além-do-homem), mas é melhor conhecido como super-homem. Com a represa monoteísta rompida a água politeísta voltou a correr e preencheu o curso moldado pela cultura moderna parindo novas formas de religiosidade. O trabalho de Nietzsche não representou o fim da religião no século XX, mas a liberação daquela força que desde o século I EC se via represada. Uma das novas religiões é a dos super-heróis. Não há culto, mas apreciamos suas estórias por meio da versão secular e moderna do teatro grego: as salas de cinema. Como no politeísmo há várias versões de um mesmo mito e nenhuma é alçada ao status de única verdade. Por este motivo não há livro sagrado, mas épicos com suas aventuras narradas pelos bardos de nosso tempo: os quadrinistas. De vez em quando os super-heróis morrem, mas sabemos que na próxima edição eles voltarão a vida. Obviamente, por se tratar de uma religião laica, os super-heróis não são cultuados e não são tidos como deuses. Eles são criações da mente de homens e mulheres que podem servir de exemplo em momentos que precisamos de ajuda ou tomar uma decisão. Os super-heróis são a manifestação mais recente dos arquétipos.

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A religião nasceu politeísta e assim permaneceu até o século I EC quando do surgimento do Cristianismo e a transformação do Judaísmo em monoteísta após a destruição do Templo e a vitória dos fariseus sobre as outras seitas. Daquele momento em diante o politeísmo se viu represado até que no século XIX o louco de Nietzsche proferiu Gott ist tot ("Deus está morto"). Todavia, ao mesmo tempo que anunciava a morte de Deus, Nietzsche prenunciava o sucessor divino na figura do Übermensch (literalmente além-do-homem), mas é melhor conhecido como super-homem. Com a represa monoteísta rompida a água politeísta voltou a correr e preencheu o curso moldado pela cultura moderna parindo novas formas de religiosidade. O trabalho de Nietzsche não representou o fim da religião no século XX, mas a liberação daquela força que desde o século I EC se via represada. Uma das novas religiões é a dos super-heróis. Não há culto, mas apreciamos suas estórias por meio da versão secular e moderna do teatro grego: as salas de cinema. Como no politeísmo há várias versões de um mesmo mito e nenhuma é alçada ao status de única verdade. Por este motivo não há livro sagrado, mas épicos com suas aventuras narradas pelos bardos de nosso tempo: os quadrinistas. De vez em quando os super-heróis morrem, mas sabemos que na próxima edição eles voltarão a vida. Obviamente, por se tratar de uma religião laica, os super-heróis não são cultuados e não são tidos como deuses. Eles são criações da mente de homens e mulheres que podem servir de exemplo em momentos que precisamos de ajuda ou tomar uma decisão. Os super-heróis são a manifestação mais recente dos arquétipos. (Mário Pereira Gomes)
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