Frase de Juciane Afonso

Frase adicionada por Juciane em 16/11/2020


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Eu clandestina,
Entre minhas palavras,
Dobrada ao vício
Do seu amor
Como uma folha
Ao sabor do vento.
Eu clandestina,
Na minha presunção
De ser poeta,
Escrevo sobre você
Como se fosse meu.
Sou consciente de que
Só sou poeta e amo,
Em seus braços.
Eles não rimam, 
Mas transportam-me ao infinito.
Eu clandestina,
Entre os meus versos,
Mentirosa e consciente
Que um poema
Só se escreve
Depois de viver,
Ou enquanto você ama,
E eu te amo.
Você é necessidade da palavra
Insubstituível cumplicidade,
Condição, arquétipo.
Sublimação do tempo
Que me digitaliza as cores
De um pôr do sol,
De todos os meus agir e pensar.
Eu clandestina,
Uma louca e iludida 
Porque te amo,
Me permito acreditar 
No sonho que tenho todas as noites,
Ou na insônia que me faz sorrir,
Enquanto a noite avança,
E a cada batida da hora
Em cada folha rasgada,
Sentirei sua ausência
Enquanto doer a dobra da minha alma. (Juciane Afonso)
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