Frase de Felipe Magister

Frase adicionada por FelipeMagister em 29/05/2014

Felipe Magister
Ainda não encontrei tuas fontes. Ainda não encontrei as provas ou aquele arquivo morto deixado nas últimas pastas do armário. Ainda não me senti suficiente. Ainda me mantenho numa colina nublada, sem enxergar se irá chover ou se nascerá ensolarado. Ainda continuo andando sobre linhas, me equilibrando, sem saber qual ponto irei cair ou qual momento serei posto sobre uma cama elástica. Hoje não haverá questionamentos, amanhã não haverá retrucadas. Mas ontem houve garfadas. Ontem dilaceramos o que fora amargo, deglutimos o que achávamos outrora ser doce e hoje expelimos tudo, alegando estar estragado. Você não cultiva. Você não planta sementes. Você as ingere sem esperar florir. Sem esperar nascer teus frutos tão almejados que hoje procura mastigá-los. Mas mastigá-los sem degustar, triturar sem sorvê-los. Ainda não me sinto jovial. Ainda não me senti abrigado em tua morada e nem a ti como um grande hóspede em minha casa nobre. Não lhe peço que fique. Talvez tenha batido na porta errada. Talvez minha recepção tenha-lhe sido afável, mas tua vontade era entrar num hotel sem ter de pagar a camareira, pagar com gorjetas sem estima. Meus atos são insuficientes, a água do rio que corta teu tálamo numa noite febril, o mar que cobre a ponte numa alta maré. Tudo lhe transborda, tudo é sublime quanto teu copo que é pequeno demais diante do jarro que carrego frente ao peito. Ainda não estou convencido. Ainda vivo de “infelizmentes” e poucos “provavelmentes”. Ainda vivo sob temperaturas. Meus olhos não marcam cores, meus ouvidos não marcam falas, mas meu corpo sente o clima. Ainda não encontrei tuas fontes. Ainda não encontrei as provas deixadas em cima da minha mesa de gabinete... Ainda não fotografei o criminoso. Até agora apenas um mero depoimento deixado para acreditar. Ainda assim, hoje não haverá mais promessas de ontem. Hoje não me entregarei para amanhã, não deixarei para amanhã. Ainda hoje, não mais.

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Ainda não encontrei tuas fontes. Ainda não encontrei as provas ou aquele arquivo morto deixado nas últimas pastas do armário. Ainda não me senti suficiente. Ainda me mantenho numa colina nublada, sem enxergar se irá chover ou se nascerá ensolarado. Ainda continuo andando sobre linhas, me equilibrando, sem saber qual ponto irei cair ou qual momento serei posto sobre uma cama elástica. Hoje não haverá questionamentos, amanhã não haverá retrucadas. Mas ontem houve garfadas. Ontem dilaceramos o que fora amargo, deglutimos o que achávamos outrora ser doce e hoje expelimos tudo, alegando estar estragado. Você não cultiva. Você não planta sementes. Você as ingere sem esperar florir. Sem esperar nascer teus frutos tão almejados que hoje procura mastigá-los. Mas mastigá-los sem degustar, triturar sem sorvê-los. Ainda não me sinto jovial. Ainda não me senti abrigado em tua morada e nem a ti como um grande hóspede em minha casa nobre. Não lhe peço que fique. Talvez tenha batido na porta errada. Talvez minha recepção tenha-lhe sido afável, mas tua vontade era entrar num hotel sem ter de pagar a camareira, pagar com gorjetas sem estima. Meus atos são insuficientes, a água do rio que corta teu tálamo numa noite febril, o mar que cobre a ponte numa alta maré. Tudo lhe transborda, tudo é sublime quanto teu copo que é pequeno demais diante do jarro que carrego frente ao peito. Ainda não estou convencido. Ainda vivo de “infelizmentes” e poucos “provavelmentes”. Ainda vivo sob temperaturas. Meus olhos não marcam cores, meus ouvidos não marcam falas, mas meu corpo sente o clima. Ainda não encontrei tuas fontes. Ainda não encontrei as provas deixadas em cima da minha mesa de gabinete... Ainda não fotografei o criminoso. Até agora apenas um mero depoimento deixado para acreditar. Ainda assim, hoje não haverá mais promessas de ontem. Hoje não me entregarei para amanhã, não deixarei para amanhã. Ainda hoje, não mais. (Felipe Magister)
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Biografia: Felipe Àzevedo é um blogueiro, visionário, escritor, compositor e artista visual brasileiro.

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