Frase de Felipe Magister

Frase adicionada por FelipeMagister em 12/02/2019


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Noite de abril, céu anil. Seu vestido subiu, sua candura saiu. Minha mão espalhava por seu quadril como um carrasco se deleitava num ardil. Meu calor, sentiu. Minha pele, possuiu. Num enlaço febril, teu ar mulheril se descobriu. Eu a dilacerava por cada pedaço pueril de tuas curvas. Sedento e hostil, naquele pequeno covil, nosso tempo se dividiu e subtraiu - E então, fluiu. Ela usufruiu e deixou fruir. Ela entreviu no meu olhar que noite adentro a desvestiu. Ela sorriu. Abriu minha calça - Caiu a máscara. Era a minha cara tal perfil. 
Despiu minhas vestes e engoliu. Tomou de modo silvestre e extorquiu. Naquele ar desbravado, ninguém além de nós, viu. O ar que poluiu, a pureza que destruiu. Me vi como um senil devorando aquele corpo juvenil. Macio. No meio de tuas pernas, um rio. Penetrar naquele orifício era mais que um ofício - Meu feitio. De modo tão tardio, porém gentil, minha pele a defluiu. Invadia tuas entranhas como o frio penetrava no suor de nossas montanhas. O clímax surgiu. Estremecia tal como a histeria. Nem mesmo o clima impediu que naquele dia tão sombrio, cortaríamos os pavios, lograríamos por um fio. Alvoreceu. Seu vestido já obstruiu. O quarto, deixou vazio. Ela partiu numa noite de abril voltando pros braços de quem traiu. E nunca se despediu. (Felipe Magister)
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Biografia: Felipe Àzevedo é um blogueiro, visionário, escritor, compositor e artista visual brasileiro.

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