Frase de Florbela Espanca


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Sem remédio 
 
 Aqueles que me têm muito amor 
 Não sabem o que sinto e o que sou... 
 Não sabem que passou, um dia, a Dor 
 À minha porta e, nesse dia, entrou. 
 
 E é desde então que eu sinto este pavor, 
 Este frio que anda em mim, e que gelou 
 O que de bom me deu Nosso Senhor! 
 Se eu nem sei por onde ando e onde vou!! 
 
 Sinto os passos de Dor, essa cadência 
 Que é já tortura infinda, que é demência! 
 Que é já vontade doida de gritar! 
 
 E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio, 
 A mesma angústia funda, sem remédio, 
 Andando atrás de mim, sem me largar! (Florbela Espanca)
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Sobre o Autor:
Florbela Espanca
Florbela Espanca


Nascimento: 8 de dezembro de 1894

Morte: 8 de dezembro de 1930 (36 anos)

Ocupação: Poeta

Biografia: Florbela Espanca, batizada como Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, foi uma poetisa portuguesa. A sua vida, de apenas trinta e seis anos, foi plena, embora tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotização, feminilidade e panteísmo.

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