Frases de Porém (adicionadas pelos usuários)


KABRAL ARAUJO
Eu ouço pasmo, algumas pessoas criticando ou reclamando sobre os vínculos as quais participam ou participaram, tais como: os relacionamentos pessoais e virtuais; à exemplo, apropriemo-nos, das redes sociais. Credibilizam culpas às outras pessoas, pelas inversões dos valores, pelas interpretações errôneas, interpelações deselegantes, postagens duvidosas, compartilhamentos maldosos, comentários desleais, curtições verossímeis, etc.; mas, os instrumentos e\ou as ferramentas que nos são concedidas para usufruto, nos caberá utilizá-las nas mais favoráveis e benignas disposições para as quais foram criadas, sejam quaisquer áreas arroladas. Transformar as maldições, nas bênçãos; contagiando e não nos contaminando.
Diz a palavra do Apóstolo Paulo: "Todas as coisas me são permitidas, mas nem todas são saudáveis. Tudo me é lícito realizar, mas eu não permitirei que nada me domine" 1Co 6:12-KJA.
Assim são todos os nossos envolvimentos.
Porventura, deixaríamos de viver, porque "o mundo é mau\mal"?
Ou ainda, isolarmo-nos de todas as atividades sociais, porque estamos cercados das pessoas insanas?
Afastarmo-nos dos "consumos" porque há interesses escusos?
Se as ferramentas são de cunho "suspeitos" e procedências malignas, então, deste mote, devemos evitá-las; do contrário, somos nós que as forjamos, nos usos convenientes.
Não existem as sementes neutras, porém, caberá, sempre, ao semeador, selecioná-las.
Não criticar é, melhor do que não transformar.

Mário Pereira Gomes
No texto Sobre a linguagem em geral e Sobre a linguagem do homem de Walter Benjamin, nos é dito que no Paraíso o casal primevo se comunicava através da linguagem dos nomes. Esta se dava através da nomeação das coisas até que ocorreu o Pecado Original; que na perspectiva de Benjamin foi o evento em que se perdeu a correspondência entre a coisa em si e o nome tornando-o possuidor de muitos sentidos.

Porém, tal pensamento é equivocado visto que o erro não está na pluralidade de sentidos que os nomes ganham e sim no ato de nomear. Quando nomeio algo ganho poder sobre este e o coisifico. Obtenho poder, pois ao evocar um nome e logo depois pronunciar um adjetivo estarei qualificando tal ser/coisa como bom; mau; perigoso; sagrado, etc.

E dependendo do adjetivo que eu diga após falar seu nome você se sentirá feliz; encolerizado; triste ou enaltecido. Através da manipulação das palavras eu posso manipular seus sentimentos; ações; pensamentos e emoções. Coisifico-o visto que ao nomear algo (perceba que não usei a palavra alguém que se refere a ser e sim uma que faz referência a coisas) eu estou na verdade dizendo que o que foi nomeado não é capaz de nomear a si mesmo e, portanto, não possui experiência consciente. Assim, não é um ser mas uma coisa (um instrumento) e como tal pode ser usada como lhe aprouver.

Uma curiosidade sobre este tema é que em toda a Bíblia há somente um personagem que nomeia a si próprio: Deus. E isto serve para transmitir a mensagem de que Deus, na visão dos que redigiram o Antigo e o Novo Testamento, é o único totalmente autoconsciente e, portanto, santo já que esta palavra no hebraico (kaddosh) significa separação total como modo de enfatizar o imenso fosso que de repente se interpusera entre o homem e o mundo divino.