 | “ Chega uma altura da nossa vida em que olhamos para trás, mesmo muitas vezes não o desejando, mas acontece que o fazemos, e eu faço isso algumas vezes… Ontem olhei para trás e revivi nossos encontros, nossos momentos de lazer e alegria que passei contigo, nossas trocas de ideias, nossas conversas, nossos risos abafados, nossas gargalhadas, nossos desabafos, e até mesmo nossos cochichos sem maldade… Era tão bom, era um tempo único, e nesse momento eu dei-me conta mais uma vez o tanto que te amei, amei mesmo muito e com todo o coração, chorei contigo, ri contigo, depois um hiato deu-se entre nós e eu insisti nesse amor forte que eu sentia, lutei, fui honesta na doação, mas um estrago de vida contaminou a relação, e apesar de te continuar a amar, eu queria matar esse sentimento… Mas nada o matava, pelo contrário ele no meu coração continuava e crescia, e dei-me conta de que eu vou-te amar infinitamente, amar muito, só tive de aprender a amar por dois …
E até que sabe bem, não há dor, equívocos e confusão, só doação inteira …
Às vezes olhar para trás é crescer e aprender a resolver o que nos impediu um dia de continuarmos a ser felizes! …
12/08/1986” |
